Maior planeta extra-solar não deveria existir

Mais recente achado da astronomia é tão estranho que não se encaixa na teoria. Planeta é 70% maior que Júpiter e menos denso do que uma rolha.

Ilustração mostra como seria o improvável planeta. Na imagem, é possível ver a "cauda" formada por sua atmosfera (Foto: Jeffrey Hall/Lowell Observatory. )

O maior planeta fora do nosso Sistema Solar já detectado é também o menos denso. Essa combinação de fatores surpreendeu os cientistas que divulgaram o achado nesta segunda-feira (6), porque, na teoria, um planeta assim não deveria existir. Chamado apenas de TrES-4, o planeta tem uma densidade tão baixa que não consegue manter o controle sobre sua própria atmosfera, que escapa como uma espécie de cauda de cometa. 

A 1.400 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Hércules, ele é 70% maior que Júpiter (o "grandalhão" de nosso Sistema Solar). Sua densidade média, no entanto, é de apenas 0,2 gramas por centímetro cúbico -- menos do que uma rolha. Uma improbabilidade teórica, o TrES-4 também está com os dias contados, pois sua estrela já gastou todo o hidrogênio de seu núcleo e está prestes a se tornar uma gigante vermelha. 

Em menos de um bilhão de anos, ele será engolido.Os cientistas observaram o planeta conforme ele passava em frente à sua estrela e bloqueava parte de sua luz. Para isso, usaram telescópios nas Ilhas Canárias, no Arizona e na Califórnia -- e depois confirmaram a descoberta com outros aparelhos, do Havaí e de novo do Arizona. A equipe do Observatório Lowell publicará seus resultados na revista especializada "Astrophysical Journal".

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