As Maiores Explosões

A galáxia que originou a explosão de raios gama 971214 aparece como uma modesta mancha (próxima à seta)

As explosões de raios gama (GRBs, do inglês gamma ray bursts) são curtos disparos de raios gama que duram de poucos milissegundos a dezenas de minutos. Existem duas classes distintas de GRB, dependendo de sua duração ser superior ou inferior a dois segundos. As longas produzem fótons com menor energia que as curtas. Dados do Observatório Compton de Raios Gama, do satélite de raios X BeppoSAX e de observatórios em terra indicam que os disparos de longa duração resultam do colapso do núcleo de estrelas com massa grande e vida relativamente curta - em outras palavras, de um tipo de supernova. Sendo assim, seria preciso explicar por que apenas uma pequena fração das supernovas produzem GRBs. O Hubble descobriu que apesar das supernovas ocorrerem em todas as re-giões galácticas com formação estelar, as GRBs de longa duração se concentram em poucas regiões muito brilhantes, onde as estrelas maiores se localizam. Além disso, comparadas com as galáxias que abrigam supernovas, as hospedeiras de GRBs longas são consideravelmente menos brilhantes, mais irregulares e pobres em elementos pesados. Isso é importante porque estrelas grandes deficientes em elementos pesados geram ventos estelares mais fracos do que suas equivalentes abundantes nesses elementos. No curso de sua vida, elas retêm uma proporção maior de sua massa; ao morrer, são relativamente mais pesadas. O colapso de seu núcleo tende a produzir não uma estrela de nêutrons, mas um buraco negro. De fato, os astrônomos atribuem as GRBs longas a jatos colimados gerados por buracos negros em rotação. Os fatores que determinam se um núcleo estelar emitirá uma GRBs parecem ser a massa e velocidade de rotação de uma estrela no momento de sua morte. Identificar disparos de curta duração se mostrou mais difícil. Apenas no ano passado alguns foram finalmente detectados pelos satélites HETE 2 e Swift. O Hubble e o Observatório Chandra de Raios X revelaram que a energia total liberada por esses disparos é menor do que a das GRB de longa duração, apesar de seus fótons serem mais energéticos. As GRBs curtas também ocorrem em uma variedade maior de galáxias, incluindo as elípticas, onde a formação de estrelas cessou. Aparentemente, elas surgem da fusão entre duas estrelas de nêutrons ou entre uma estrela de nêutrons e um buraco negro.
Fonte:Scientific American

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