O Hubble espia profundamente na Nebulosa da Águia.

                                                Nebulosa da Águia. Crédito: Hubble / ESA e NASA
O Telescópio Espacial Hubble mais uma vez voltou sua atenção e seus poderosos instrumentos para a magnífica Nebulosa da Águia (Messier 16). Essa imagem mostra a parte noroeste dessa região, bem longe do centro e mostra algumas estrelas jovens e bem brilhantes que se formaram na mesma nuvem de material. Esse casulo energético é parte de um aglomerado aberto e emite radiação ultravioleta que causa o brilho da nebulosa ao redor. O aglomerado estelar é muito brilhante e foi descoberto na metade do século dezoito. A nebulosa, contudo, é mais elusiva e precisou de quase duas décadas a mais para ser observada pela primeira vez por Charles Messier em 1764. Embora ela seja normalmente conhecida como Nebulosa da Águia, sua designação oficial é Messier 16 e o aglomerado é também chamado de NGC 6611. Uma área espetacular da nebulosa (fora do campo de visão) foi denominada de “Os Pilares da Criação”, desde que o Hubble capturou uma imagem icônica dos maravilhosos pilares de gás e poeira de formação de estrelas. O aglomerado e a nebulosa são alvos fascinantes para telescópios pequenos e médios, particularmente em regiões escuras longe da poluição luminosa. O Messier 16 pode ser encontrado dentro da constelação da Serpens Cauda ( a Cauda da Serpente), que está exprimida entre as constelações da Aquila, Sagitarius e Ophiuchus no coração de uma das partes mais brilhantes da Via Láctea. Pequenos telescópios com pouco poder de resolução são uteis para observar a região como um todo, mas os detalhes mais apagados da nebulosa aparecerão bem em telescópios com 30 cm de diâmetro ou maiores e podem até revelar os pilares negros em boas condições de observação. Mas um telescópio em órbita da Terra como o Hubble e com os seus 2.4 metros de diâmetro além de utilizar o estado da arte dos mais modernos instrumentos de observação já desenvolvidos pelo homem consegue sim fazer essas imagens fantásticas. A imagem final foi criada a partir de imagens feitas com o Wide Field Channel da Advanced Camera for Surveys do Hubble. As imagens foram obtidas através de um filtro do infravermelho próximo (F775W) colorido em vermelho na imagem e através de um filtro azul (F475W) colorido em azul na imagem. Os tempos de exposição utilizados foram de 54 minutos para cada filtro e o campo de visão é de aproximadamente 3.3 minutos de arco.

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