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Mostrando postagens de maio 6, 2010

A outra face da Lua

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Porque é que a Lua nos mostra sempre a mesma face? Qualquer observador da Lua repara rapidamente que esta nos mostra sempre a mesma cara. Para os mais distraídos isto até pode parecer natural, pois afinal de contas a Lua só é Lua quando tem a cara conhecida e por isso mesmo outra cara seria impensável! No entanto, se pensarmos um pouco mais na sua natureza física e pusermos de parte o nosso senso comum, vemos que a Lua é um planeta como qualquer outro e, como tal, deve possuir uma rotação própria. Na realidade é exactamente isso que acontece, a Lua roda tal como a Terra em torno de um eixo imaginário. Mas assim sendo, porque razão não vemos nós o disco da Lua variar? A resposta a esta pergunta não é complicada, devendo-se ao facto de o tempo que esta demora a completar uma rotação sobre si própria - período de rotação - coincidir exactamente com o tempo que esta leva a completar uma volta em torno do nosso planeta - período de translação. Sempre que se observa na Natureza uma tamanh

À descoberta de exoplanetas

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Decorre até fins de Maio o Projecto Exoplanetas coordenado pelo professor João Vieira da escola D. Maria II. Apesar de se tratar de um projecto de escola, a detecção da estrela variável a Estrela Variável FX Dra, no dia 19 de Abril de 2010, teve direito a publicação internacional edição nº 37 do B.R.N.O. e também nos prestigiados jornais para profissionais da IBVS – Information Bulletin on Variable Stars e ainda no OEJV – Open European Journal on Variable Stars. Desta equipa fazem parte 4 alunos que foram responsáveis directos pela esta detecção: o José Pedro Lopes (nº 16 12º D) o Lino Fernandes (nº 17 12º D), a Ana Raquel Machado (nº30 11ºA) e a Ana Catarina Carvalho (nº30 11ºC). Os dados foram enviados pelo professor João Vieira para o B.R.N.O no passado dia 10 de Abril. A Escola Secundária D. Maria II – Braga e a ORION – Sociedade Científica de Astronomia do Minho estão em estreita colaboração a desenvolver um projecto na área da detecção de Exoplanetas. O projecto a concurso pela

ESO libera imagem de campo profundo que mostra o aglomerado Abell 315 e um mar de galáxias

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Imagem de campo profundo liberada pelo ESO mostra o aglomerado Abell 315 e um exame de galáxias. Clique na imagem para ver as versões em alta resolução no site do ESO. Crédito: ESO/J. Dietrich Abell 315 ESO divulgou nova imagem de largo campo que revela milhares de galáxias longínquas, entre as quais se encontra um grande grupo pertencente a um aglomerado de galáxias de grande massa Abell 315. Embora nos pareça bem denso em sua composição de objetos, este aglomerado de galáxias é apenas uma “ponta de iceberg”, por que Abell 315 é dominado pela matéria escura. Assim, a gigantesca quantidade de massa de Abell 315 desvia a luz emitida pelas galáxias de fundo, distorcendo ligeiramente seus formatos, aos nossos olhos. Quando nós observamos o céu sem instrumentos, a olho nu, vemos basicamente algumas estrelas mais próximas da nossa Via Láctea e eventualmente algumas pertencentes às galáxias anãs vizinhas. As galáxias mais distantes são bem pouco luminosas para puderem ser vistas sem tele

Telescópio europeu Herschel revela descobertas no universo profundo

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Informações mudam a compreensão que astrônomos tinham da origem das estrelas e a evolução das galáxias BRUXELAS - Herschel, o telescópio maior já lançado ao espaço, começou a fornecer dados surpreendentes sobre o universo profundo, que estão mudando a compreensão que os astrônomos tinham até agora da origem das estrelas e a evolução das galáxias.   Herschel revela o lado oculto de uma estrela em nascimento (Imagem: ESA)     Engenheiros e cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) apresentaram nesta quinta-feira, 6, em Noordwijk, na Holanda, os primeiros resultados obtidos da análise de seus dados, quando está prestes a completar um ano do lançamento deste observatório, fruto da cooperação de mais de 20 países europeus. As gêneses de uma estrela "impossível", a descoberta de distâncias inimagináveis de vapor de água ionizado - o chamado "quarto estado" -, ou a constatação que o ritmo de formação de estrelas se arrefeceu, são alguns dos resultados debatidos nesta s

Telescópio europeu flagra incubação de estrela

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     Imagem do telescópio europeu Herschel mostra a bolha galáctica RCW 120 (azul); embaixo na bolha, uma estrela em      gestação. O telescópio espacial europeu Herschel flagrou a rara imagem de uma "pérola" galáctica: uma estrela oito vezes mais maciça do que o Sol sendo incubada no interior de uma "concha" de matéria. A tal concha atende pelo nome pouco simpático de RCW 120. Trata-se de uma bolha de poeira e gás, produzida pelo brilho de uma estrela embrionária gigante, que se desenvolve há 2,5 milhões de anos. Essa estrela não pode ser vista na imagem, captada em raios-X. Mas ela tem empurrado tanta matéria para fora que a casca dessa concha gigantesca, em azul na imagem, já começa a agregar material suficiente para formar outras estrelas. Na parte de baixo da casca já é possível observar uma delas, o ponto brilhante no meio do azul -- a "pérola" espacial. Ela já tem pelo menos oito vezes a massa do Sol, mas continua crescendo. Afinal, as observações

Os Canais de Marte

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As sondas espaciais enviadas em direcção ao planeta Marte, mostram-nos paisagens que apesar de serem muito belas, são de facto desertas e áridas. Nossa imagem em relação ao planeta Marte foi mudando ao longo do tempo, pois ainda há algumas décadas atrás, imaginávamos que poderíamos encontrar uma civilização neste nosso planeta vizinho. Vamos recuar no tempo, até 1877, quando o astrónomo italiano Giovanni Schiaparelli observou o planeta Marte aproveitando a aproximação deste ao planeta Terra, sendo que o planeta vermelho chegou a estar a “apenas” 56 milhões de km de distância. Este astrónomo foi desenhando à medida que observava a superfície de Marte criando um mapa deste planeta. Giovanni Schiaparelli desenhou uma complicada rede de linhas que cruzavam a superfície. A essas linhas este astrónomo chamou de canalis que em italiano significa "canais", "leitos de rios” ou “sulcos”, ou seja, seriam estruturas de origem natural. Porém, a palavra “canalis” foi mal traduzi

IC 2944

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Crédito: Hubble Heritage Team (STScI/AURA) Ricos campos de estrelas e hidrogénio brilhante formam densas e opacas nuvens de gás interestelar, vistos aqui neste grande plano de IC 2944, pelo Telescópio Espacial Hubble. É uma brilhante região de formação estelar em Centauro, a 5,900 anos-luz de distância. O maior destes glóbulos escuros, vistos pela primeira vez pelo astrónomo da África do Sul A. D. Thackeray em 1950, deve ser na realidade duas nuvens sobrepostas, cada uma com mais de um ano-luz de comprimento. Combinadas, as nuvens contêm material equivalente a 15 vezes a massa do Sol, mas irão elas colapsar e formar estrelas massivas? Em conjunto com outros dados, as detalhadas imagens do Hubble indicam que os glóbulos de Thackeray são fracturados e são resultado de intensa radiação ultravioleta proveniente de jovens e quentes estrelas já energizando e aquecendo a brilhante nebulosa de emissão. Estes e outros glóbulos escuros similares associados com outras regiões de formação estelar

Estrela de Neutrões

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Quando uma estrela com uma massa cerca de oito vezes maior que a do Sol atinge o fim da sua vida, esgotando o combustível usado na reacção termonuclear de fusão, a transformação de matéria em energia cessa abruptamente. O astro deixa de poder manter o precário equilíbrio entre a força expansiva dos fotões e a acção gravidade. A estrela entra subitamente em colapso e, durante esse processo, a energia cinética de biliões de átomos é transformada em energia térmica, provocando uma imensa explosão. Durante algumas semanas, o brilho ofuscante de uma supernova pode ser tão intenso quanto o de mil milhões de estrelas. Neste estertor de morte, grande parte da massa original é expulsa para o espaço, originando uma nebulosa; a matéria remanescente aglomera-se num núcleo com uma massa equivalente a uma vez e meia a do nosso Sol, e que se contrai pela força gravítica, suficientemente forte para que o colapso não seja detido pela pressão de degenerescência dos electrões. Os átomos deixam de ter nu

Bolha Cósmica

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© Keith B. Quattrocchi (Bolha de Cisne) Dois grupos de astrônomos , trabalhando de forma independente, "co-descobriram" um corpo celeste inusitado e sem precedentes. O novo objeto, que se parece com uma gigantesca bolha de sabão cósmica, foi catalogado como uma nebulosa planetária. Apesar do nome, nebulosas planetárias são formadas quando uma estrela com uma massa equivalente a até oito vezes a massa do Sol ejeta suas camadas externas na forma de um gás luminoso. O novo objeto foi batizada de PN G75.5+1.7, mas já está sendo chamado de Bolha de Cisne, em referência à constelação onde ela se encontra, a 11 anos-luz da Terra. A bolha de sabão cósmica pode ser um cilindro, do qual estaríamos vendo apenas uma das extremidades. Existem nebulosas de diversos formatos, sendo que a maioria é elíptica. Quando a estrela ejeta seus gases a partir dos pólos, a nebulosa formada pode ter um aspecto cilíndrico. Contudo, a Bolha de Cisne tem uma simetria muito grande, o que aumenta a