O Nascimento das Estrelas

As estrelas nascem de grandes nebulosas proto-estelares - nuvens de gás e poeira gigantescas.

Ao longo de milhões de anos, estas nuvens colapsam lentamente em núcleos individuais (proto-estrelas), a partir das quais se formam estrelas.
O espaço interestelar é rico em nuvens de gás e poeira - misturas dos elementos primordiais, hidrogénio e hélío, e de outros mais pesados formados nas primeiras gerações de estrelas. Quando estas estrelas antigas chegavam ao fim da vida, espalhavam os seus restos pelo espaço. normalmente, estas nuvens escuras e frias são invisíveis, excepto quando estão em silhueta num fundo mais claro. Por vezes, contudo, são perturbadas e, por serem relativamente densas começam a contrair-se sob a força da sua própria gravidade. Os ciclos de formação de estrelas em nuvens interestrelares podem ser causados por ondas de choque de uma explosão próxima de supernova, pela passagem de uma estrela errante ou pelas ondas de compressão que regularmente circulam dentro das galáxias espirais. Há dois tipos de nuvens proto-estelares escuras - grandes e irregulares - Objectos de Barnard, com dezenas de anos-luz de diâmetro, ou mais pequenos e esféricos- Glóbulos de Bok. Quando qualquer destes tipos de nuvens começa a colapsar, fragmentam-se em aglomerados mais pequenos. Estes aglomerados, várias vezes maiores que o Sistema Solar, são as sementes de estrelas individuais. A massa do material contido nestas proto-estrelas varia bastante, podendo dar origem desde uma simples anã até a uma maciça gigante. À medida que a proto-estrela se contrai lentamente, a sua temperatura e pressão internas aumentam. Ao tornar-se mais quente e mais denso, o seu interior liberta grandes quantidades de energia, mas por ser tão vasto mantém-se relativamente frio e emite somente luz vermelha e infravermelha. Na realidade. as proto-estrelas raramente são vistas à luz normal pois estão escondidas pela sua escura nebulosa. Somente as radiações infravermelhas (e de rádio) conseguem levantar este véu e revelar as estrelas que se encontram lá dentro. A velocidade de contracção da proto-estrela depende da sua gravidade e massa, e o colapso só para quando a temperatura no núcleo da estrela é suficiente para desencadear reacções nucleares. As poucas proto-estrelas de massa 100 vezes superior à do Sol, atingem essas temperaturas e pressões tão rapidamente que explodem sem nunca entrar na sequência principal. As estrelas gigantes normais levam uns 20 000 anos para começarem a brilhar, enquanto outras, tais como o Sol, demoram milhões de anos a atingir o mesmo estado.
Fonte: http://www.seleccoes.pt/o-nascimento-das-estrelas

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