Tipos de Nebulosas

A nebulosa de Orion é uma nebulosa emissora. Ela é iluminada e aquecida por quatro estrelas maciças conhecidas como Trapézio, que estão posicionadas perto do centro da imagem. Cortesia da NASA e STScI

Nebulosas são nuvens de poeira e gás interestelar que se localizam, na maioria das vezes, no interior das galáxias. Ela só se torna visível se o gás brilha, se uma nuvem reflete a luz das estrelas ou se ela própria encobre a luz dos objetos distantes. A maioria das nebulosas estão em intensa atividade de formação estelar.

Os diferentes tipos de nebulosas existentes são:

Nebulosas brilhantes por emissão - São nuvens de gás que brilham pela reemissão da energia absorvida de estrelas quentes existentes no meio da nuvem, após alterações no nível de energia interno de seus átomos, tendo assim, um espectro brilhante, diferente do espectro das estrelas que as excita. O brilho avermelhado indica a presença de hidrogénio, enquanto o oxigénio emite radiação esverdeada. Um exemplo típico é a Grande Nebulosa de Orion, M 42, onde as mais jovens estrelas conhecidas estão sendo formadas.
Nebulosas brilhantes por reflexão - São nuvens de gás e poeira, apenas iluminadas pela luz de estrelas vizinhas. São muito menos brilhantes e têm o mesmo espectro da estrela que gera a luz. Um exemplo é a nebulosidade que envolve as Plêiades, M 45, na constelação de Taurus. Esta nebulosidade só aparece em fotografias de longa exposição.
Nebulosas planetárias - São assim chamadas por serem geralmente arredondadas e de pequena luminosidade, como um planeta visto pelo telescópio. Normalmente têm no seu centro uma pequena anã branca que lhe deu origem, ejectando a nuvem de gás numa explosão que marca o fim da vida da estrela. Um bom exemplo deste tipo é a Nebulosa do Anel, M 57, na constelação da Lira.
Nebulosas escuras - São concentrações de matéria interestrelar que obscurecem as estrelas ao fundo. Acredita-se que a maior parte da massa de todo o universo esteja concentrada nestas nuvens escuras de poeira. O Saco de Carvão a sudeste do Cruzeiro do Sul é típico desta classe. As poucas estrelas que são vistas nesta região estão mais próximas de nós que a nuvem escura. Outro exemplo interessante é a Cabeça de Cavalo, NGC-2024, ao sul de zeta Orionis, destacada contra uma nebulosa brilhante, mas de difícil visualização, já que exige um telescópio de grande abertura.
Nebulosa solar: é uma nuvem de gás e poeira do cosmos que está relacionada diretamente com a origem do Sistema Solar. A hipótese nebular foi proposta em 1755 por Immanuel Kant em que defendia que as nebulosas giravam lentamente em torno da sua origem.
Restos de Supernovas: como o próprio nome sugere, este tipo de nuvem é gerado pela explosão de uma estrela, fenômeno esse chamado de supernova. Quando isso ocorre, os gases existentes na estrela são expulsos violentamente, para todas as direções, de forma irregular, tal como uma bomba aqui na Terra. O resultado é uma nuvem esparsa, amorfa e brilhante, devido à alta energia expelida na explosão. Três exemplos ilustram o modelo: a nebulosa do Caranguejo, em Touro, cuja explosão foi avistada pelos chineses em 1054, durante o dia; a nebulosa do "Véu de Noiva" em Cisne; e a nebulosa da Vela.

Tempo de Vida:

 Os gases das nebulosas planetárias afastam-se da estrela central a uma velocidade aproximada de alguns quilômetros por hora. Simultaneamente à expansão dos gases, a estrela central arrefece à medida que irradia a sua energia - as reações de fusão pararam porque a estela não tem a massa necessária para gerar no seu núcleo as temperaturas requeridas para se dar a fusão de carbono e oxigênio. Eventualmente, a temperatura estelar irá arrefecer de tal maneira que não poderá ser libertada suficiente radiação ultravioleta para ionizar a nuvem gasosa cada vez mais distante. A estrela transforma-se numa anã branca e o gás adjacente recombina-se, tornando-se invisível. Para uma nebulosa planetária tipica deverão passar 10.000 anos entre a sua formação e a recombinação dos gases.
A nebulosa da Cabeça de Cavalo é uma nebulosa escura localizada em Orion. Só é visível porque está posicionada diante de um fundo mais claro. Cortesia da NASA e STScI

Charles Messier, um astrônomo francês, começou a catalogar objetos celestes não estelares, no século 18. Em lugar de usar nomes, ele optou por números. O primeiro objeto que ele registrou foi a nebulosa do Caranguejo, em Touro, à qual ele aplicou a designação Messier-1, ou M-1. Ele deu à nebulosa do Anel a designação M-57.Galáxias também vieram a fazer parte de sua lista. A galáxia de Andrômeda, a 31ª que ele registrou, ganhou a designação M-31. No século 19, astrônomos amadores deram nomes comuns a quase todos os objetos de Messier, com base em sua aparência. É por isso que nomes como nebulosa do Sino, nebulosa da Cabeça de Cavalo e nebulosa da Coruja foram adotados. Algumas nebulosas, como a de Orion, receberam o nome da constelação da qual pareciam fazer parte. Poucos dos nomes, porém, indicam o papel vital que as nebulosas desempenham no cosmos.
Fonte: http://www.cdcc.usp.br/

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