Astrônomos encontram superbolha cósmica

As estrelas jovens quentes do aglomerado estelar NGC 1929 estão emitindo radiação ultravioleta extremamente intensa, o que faz com que o gás em sua volta brilhe.[Imagem: ESO/Manu Mejias]

Superbolha no espaço

O Very Large Telescope do ESO capturou esta imagem extraordinária da nebulosa que envolve o aglomerado estelar NGC 1929, situado na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha da Via Láctea. Esta maternidade estelar é dominada pelo que os astrônomos chamam de uma superbolha. Este objeto está sendo esculpido tanto pelos ventos ejetados pelas estrelas brilhantes jovens como pelas ondas de choque originárias das explosões de supernovas. Em 2010, o Telescópio Espacial Hubble fotografou uma bolha espacial ainda mais inusitada, mesmo sendo 10 vezes menor.

Nuvens de estrelas

A Grande Nuvem de Magalhães é uma pequena galáxia vizinha da Via Láctea, havendo especulações de que ela seja uma vizinha passageira. Ela possui muitas regiões onde nuvens de gás e poeira estão formando novas estrelas. Esta nova imagem mostra em grande plano uma dessas regiões, situada em torno do aglomerado estelar NGC 1929. Esta nebulosa é oficialmente conhecida por LHA 120-N 44, ou apenas pelo diminutivo N 44. As estrelas jovens quentes do NGC 1929 estão emitindo radiação ultravioleta extremamente intensa, o que faz com que o gás em sua volta brilhe. Este efeito põe em evidência a superbolha, uma vasta concha de matéria com um tamanho de cerca de 325 por 250 anos-luz. Em termos de comparação, basta dizer que a estrela mais próxima do Sol se encontra a uma distância de pouco mais de quatro anos-luz.

Superbolha cósmica

A superbolha N 44 formou-se devido à combinação de dois processos. Primeiro, ventos estelares - correntes de partículas carregadas emitidas por estrelas muito quentes de grande massa situadas no centro do aglomerado - limparam a região central. Em seguida, estrelas de grande massa do aglomerado explodiram como supernovas, criando ondas de choque e empurrando o gás para fora, formando-se assim uma bolha brilhante. Embora a superbolha seja formada por forças destrutivas, estrelas novas estão se formando em torno dos limites onde o gás está sendo comprimido. Frutos de uma espécie de reciclagem em escala cósmica, esta próxima geração de estrelas trará vida nova ao NGC 1929. A imagem foi criada pelo ESO a partir de dados observacionais identificados por Manu Meijas, da Argentina, que participou no concurso de astrofotografia Tesouros Escondidos do ESO 2010. A competição foi organizada pelo ESO em Outubro e Novembro de 2010, e foi dirigida a qualquer pessoa com gosto em produzir imagens bonitas do céu nocturno utilizando dados astronómicos obtidos com telescópios profissionais.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

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