Rússia enviará nave espacial para Marte em novembro

Viagem inicial, marcada para 2009, foi adiada para reduzir os riscos da missão
Nave partiria de Baikonur, no Cazaquistão, e levaria 11 meses para chegar à órbita marciana
A Rússia enviará em novembro para Marte a nave Fobos-Grunt, que deve instalar uma estação automática em um satélite do planeta vermelho, segundo anunciou nesta segunda-feira Víctor Jartov, desenvolvedor chefe da Associação de Produção Científica Lavochkin. A Fobos-Grunt será transportada para a base de Baikonur em setembro para iniciar os preparativos do voo e deve ser lançada entre os dias 3 e 5 de novembro. O lançamento espacial foi adiado em setembro de 2009 para reduzir riscos e aumentar a confiabilidade da missão interplanetária. Segundo o plano inicial, o aparelho devia partir desde Baikonur propulsado por um foguete Zenit-2SB e alcançar a órbita marciana 11 meses depois. Depois, um módulo da nave aterrissaria em Fobos, a lua marciana - que, segundo alguns cientistas, foi um asteroide capturado pela força de gravidade de Marte -, e retornaria à Terra um ano mais tarde. Enquanto permanecer na lua marciana, o dispositivo funcionaria durante longo tempo como uma estação automática que averiguaria o espaço contíguo e o clima do planeta. Além disso, os testes deveriam servir para compreender a formação dos planetas do sistema solar. O projeto permitiria também estudar a radiação que afeta a vida no planeta vermelho e verificar as principais tecnologias de futuras expedições a Marte, como os testes de terreno em condições de falta de gravidade, principalmente a operação de aterrissagem. A agência espacial russa, Roscosmos, e a Agência Espacial Europeia assinaram um acordo para utilizar os centros europeus de acompanhamento para guiar a Fobos-Grunt. A URSS foi a primeira potência a posar um módulo em solo marciano em 1971.  "Este é o primeiro projeto, no qual substâncias vivas (50 classes de microrganismos) serão levados a Marte, permanecerão ali algum tempo e retornarão à Terra", declarou Anatoli Grigoriev, vice-presidente da Academia de Ciências da Rússia.

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