Sonda Dawn Envia Imagens a Partir de Órbita de Vesta

Sonda Dawn da NASA obteve esta imagem a 17 de Julho de 2011. Foi obtida a uma distância de 15.000 quilómetros. Cada pixel na imagem corresponde aproximadamente a 1,4 km.Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA
A sonda Dawn da NASA enviou as primeiras imagens de órbita do gigante asteróide Vesta. No sábado, dia 16, a NASA tornou-se na primeira sonda a entrar em órbita de um objecto na cintura principal de asteróides entre Marte e Júpiter. A imagem capturada para propósitos de navegação mostra Vesta no seu melhor detalhe até agora. Quando Vesta capturou a Dawn para órbita, estava aproximadamente a 16.000 quilómetros do asteróide. Os engenheiros estimam que a captura orbital tenha tido lugar por volta das 6 da manhã de dia 16. Vesta mede 530 km em diâmetro e é o segundo objecto mais massivo na cintura de asteróides. Telescópios terrestres e espaciais há já quase dois séculos que obtêm imagens de Vesta, mas a sua superfície nunca tinha sido observada com tanto detalhe.  "Estamos a começar o estudo, sem dúvida, da superfície mais primitiva do Sistema Solar," afirma Christopher Russell, investigador principal da Dawn da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, EUA. "Esta região do espaço há muito que é ignorada. As imagens recebidas até à data revelam uma superfície complexa que parece ter preservado alguns dos eventos mais antigos da história de Vesta, bem como catalogado o ataque devastador que tem sofrido ao longo da história do Sistema Solar."
Composição que mostra a comparação dos tamanhos de oito asteróides. Até agora, o Lutetia, com um diâmetro de 130 km, era o maior asteróide já visitado por uma sonda, que ocorreu durante uma passagem rasante. Vesta, que também é considerado um protoplaneta devido ao seu tamanho, ofusca todos os outros pequenos corpos da imagem, com um diâmetro de aproximadamente 530 km.Crédito: NASA/JPL-Caltech/JAXA/ESA
Pensa-se que Vesta seja a fonte de um grande número de meteoritos que caem na Terra. Vesta e o seu novo vizinho, Dawn, estão aproximadamente a 188 milhões de quilómetros da Terra. A equipa da Dawn vai começar a recolher dados científicos em Agosto. As observações irão providenciar dados sem precedentes para ajudar os cientistas a melhor compreenderem os primeiros capítulos do nosso Sistema Solar. Os dados também vão ajudar a delinear futuras missões espaciais. Após viajar quase quatro anos e 2,8 mil milhões de quilómetros, a Dawn também alcançou a maior aceleração propulsiva de qualquer outra sonda, com uma mudança em velocidade de mais de 6,7 km/s, graças aos seus motores iónicos. Os motores expelem iões para criar impulsos e providenciar maiores velocidades do que quaisquer outras tecnologias disponíveis.  "A Dawn alcançou órbita com a mesma delicadeza que mostrou ao longo dos seus anos de viagem pelo espaço interplanetário," afirma Marc Rayman, engenheiro chefe da Dawn e gestor da missão no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia. "É excitante começarmos a providenciar as primeiras imagens detalhadas dos últimos mundos inexplorados no Sistema Solar interior."  Embora a captura orbital já tenha terminado, a fase de aproximação vai continuar durante cerca de três semanas. Durante a aproximação, a equipa da Dawn vai continuar a pesquisar por possíveis luas em torno do asteróide, a obter imagens para navegação, a observar as características físicas de Vesta e a obter dados para calibração. Em adição, os navegadores vão também medir a força do puxo gravitacional de Vesta na sonda para determinar a massa do asteróide com a mais alta precisão disponível. Isto permitirá refinar a hora da inserção orbital. A Dawn vai passar um ano em órbita de Vesta, e depois irá viajar para um segundo destino, o planeta anão Ceres, aí chegando em Fevereiro de 2015.

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