Planck revela segredos do nascimento do Universo

Esta faixa representa a radiação de fundo de microondas observada pela sonda PLANCK (a curva multicolorida) que está superposta em uma imagem na luz visível do céu, dominado pelo disco da Via Láctea (Imagem: ESA/LFI/HFI Consortia/Axel Mellinger). Esta é a primeira amostra que a PLANCK nos oferece sobre o brilho do Big Bang com detalhes inéditos. O mapa completo do céu será produzido em cerca de 6 meses.
A espaçonave PLANCK da ESA (European Space Agency) foi lançada no espaço em 14 de maio de 2009. Seu destino é observar o brilho do gás cósmico cerca de 380.000 anos após o Big Bang (13,73±0,12 bilhões de anos atrás), a radiação de microondas cósmica de fundo (CMB – Cosmic Microwave Background radiation). As propriedades desta radiação de fundo poderão conter informações sobre dimensões extras ou universos múltiplos, assim como fornecer pistas sobre o que causou uma curta e incrivelmente rápida expansão universal, a Inflação Cósmica. PLANCK começou a sua rotina de pesquisa da radiação de microondas em 13 de agosto de 2009, algumas semanas depois de ter atingido a distância de 1,5 milhões de quilômetros da Terra, no ponto orbital de Lagrange chamado L2. A operação começou quando a nave criogênica concluiu o processo de ultra resfriamento e conseguiu atingir a extrema temperatura de 0,1°K acima do zero absoluto (-273,15°C). Como resultado do mapeamento até agora processado, o time de cientistas da sonda PLANCK liberou uma primeira imagem cobrindo a fatia de 5% do céu.

O melhor da radiação de fundo, até agora!
Minúsculas variações na temperatura do Universo primordial dão suavidade a imagem. “Com um pequeno percentual dos dados coletados, você pode ver que a sonda está operando bem e entregando um bom material”, disse George Efstathiou da Universidade de Cambridge, que trabalha na equipe do PLANCK. Ao PLANCK caberá a missão de fornecer o mais detalhado mapa celeste da CMB até hoje, incrementando o mapa atual, produzido pela sonda da NASA, a Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP), lançada em 2001 e que continua em pleno funcionamento. Os detectores do observatório espacial PLANCK têm sensibilidade mais de 10 vezes superior ao da sonda WMAP, além de obter 2,5 vezes a sua resolução angular. “Para cada faixa do céu que PLANCK varre, nós conseguimos obter dados com informações muito mais sensíveis que os da WMAP”, disse Efstathiou à revista New Scientist. Embora o projeto da PLANCK tenha estabelecido o prazo operacional de duração da missão em 15 meses, o time julga que a sonda vai permanecer ativa por mais de 30 meses, baseados em novas estimativas de quanto seu processo congelante irá permanecer em funcionamento. Isso é uma excelente notícia, pois este tempo extra permitirá a PLANCK apurar a precisão das medições da CMB uma vez que irá conseguir varrer o céu por 4 vezes (o dobro do que foi originalmente projetado).
Créditos: Etrenos Aprendizes - http://eternosaprendizes.com/2009/10/03/planck-revela-segredos-do-nascimento-do-universo/

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