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Mostrando postagens de outubro 2, 2012

O Universo Esburacado

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Nem a luz escapa de ser engolida pelos objetos mais misteriosos do Universo, cuja existência desafia a relatividade e a mecânica quântica. Logo que a relatividade geral de Einstein foi divulgada, em 1915 , vários físicos começaram a brincar com as equações, para ver que fenômenos estranhos poderiam ser previstos por essa nova teoria da gravitação. Um deles era o alemão Karl Schwarzchild, então servindo no Exército alemão na 1a Guerra Mundial (na qual morreria). Do front, ele fez cálculos que mostravam que, se uma quantidade suficientemente grande de massa fosse amontoada num espaço suficientemente pequeno, o resultado seria uma implosão completa – a matéria seria toda agrupada num ponto infinitamente quente e denso, denominado uma singularidade. Nos arredores, a força gravitacional se torna tão intensa que, a partir de uma determinada distância do ponto central, nada pode escapar – nem mesmo a luz. Essa é a descrição básica de um buraco negro. A solução apresentada p

Meteoros podem introduzir metano em atmosferas alienígenas

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Talvez o tópico mais interessante da astronomia ultimamente é a busca por vida alienígena. Enquanto não temos uma nave espacial que seja capaz de cruzar as vastidões interestelares em velocidades superaltas, o que nos resta é usar espectrógrafos e examinar as atmosferas alienígenas em busca de subprodutos da vida. Mesmo que não conheçamos a vida de outros planetas, conhecemos a química, e ela é a mesma em todo o universo. Por conta desta química, alguns gases têm vida bastante curta em qualquer atmosfera, e sua presença indica um processo que continua repondo as quantidades que são perdidas por degradação ou reação com outros gases. Nos dizeres do astrobiólogo David Grinspoon, estamos procurando o desequilíbrio. Dois gases que têm sido considerados a dica da presença de vida são o oxigênio e o metano. O oxigênio é extremamente reativo, e a presença de O2 em alguma atmosfera indica que há algum processo, provavelmente biológico, repondo o oxigênio perdido. Outro gás que também

13,2 bilhões de anos-luz: a foto mais distante que o Hubble consegue tirar

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Essa imagem mostra galáxias em sua juventude, emergindo da escuridão apenas metade de um bilhão de anos após o Big Bang. Esse ponto é o mais distante que o Telescópio Espacial Hubble é capaz de captar. Algumas das manchas de luz nesta exposição estão caminhando em direção a Terra por 13,2 bilhões de anos.  Galáxias mais distantes que essas não podem ser captadas pelo telescópio porque a sua luz é deslocada para comprimentos de onda infravermelhos que são invisíveis para o Hubble. Não sabemos ainda, conclusivamente, se o universo é infinito ou se terá um fim, mas sabemos que teve um começo: o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos. Nessa época, ele era tão pequeno e concentrado que nossa noção de padrão de espaço e tempo é distorcida. Como apenas uma quantidade finita de tempo passou desde esse suposto começo, algumas estrelas muito distantes não tiveram tempo suficiente para sua luz chegar até nós. Como a luz demora certo tempo para viajar pelo universo e chegar a seu destino,

Antigo fluxo é descoberto em Marte

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Crédito da imagem : NASA, JPL- Caltech, MSSS Uma nova evidência de um antigo fluxo foi descoberta em Marte. O rover Curiosity da NASA tem andado por feições superficiais incomuns que carregam fortes lembranças dos bancos de fluxos encontrados na Terra. Visível na imagem acima, por exemplo, está uma pequena escarpa saliente de rocha que muito provavelmente foi criada pela erosão de água que ocorreu abaixo dela. A textura da rocha se assemelha muito a conglomerados sedimentares, ou seja, a parte remanescente mais seca de muitas pequenas rochas que em algum momento da história geológica estiveram unidas. Abaixo da rocha podem-se observar numerosos e pequenos pedregulhos, possivelmente suavizados pela queda no próprio fluxo de corrente ou ao redor dele que em algum momento provavelmente fluiu nessa região. Os pedregulhos na camada de fluxo provavelmente caíram à medida que o banco foi erodido. Destacada com um círculo no canto superior direito está uma rocha maior possivelmente ta

Hubble retrata uma galáxia espiral empoeirada

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O Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA tem nos presenteado com outra imagem espetacular de uma galáxia próxima. A imagem acima destaca a galáxia NGC 4183, vista aqui com um belo fundo composto de galáxias e estrelas. Localizada a aproximadamente 55 milhões de anos-luz de distância do Sol e se espalhando por aproximadamente 80000 anos-luz, a NGC 4183 é um pouco menor que a Via Láctea. Essa galáxia, que pertence ao Grupo de Galáxias da Ursa Major localiza-se na constelação do céu do norte conhecida como Canes Venatici, os Cães de Caça. A NGC 4183 é uma galáxia espiral com um núcleo apagado e uma estrutura de braços espirais abertos. Infelizmente, essa galáxia é vista de lado desde a Terra, e assim nós não podemos apreciar seus braços espirais em sua totalidade. Mas nós podemos apreciar seu disco galáctico. Os discos das galáxias são na sua maioria compostos de gás, poeira e estrelas. Existe uma evidência de poeira sobre o plano galáctico, visível c

Curiosity descobre que tempo em Marte é surpreendentemente quente

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Este é o primeiro panorama a 360º a cores obtido pelo rover Curiosity em Marte. Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS O rover Curiosity da NASA está desfrutando de um tempo quentinho no Planeta Vermelho - e a Primavera ainda nem chegou ao seu local de aterragem. Segundo os cientistas, a estação meteorológica a bordo do Curiosity, apelidada de REMS (Remote Environment Monitoring Station), mediu as temperaturas do ar até um máximo de 6 graus Celsius durante a tarde marciana. E as temperaturas subiram acima de zero durante mais de metade dos dias marcianos, ou sols, desde que o REMS foi ligado. Estas medições são um pouco inesperadas, uma vez que o Inverno ainda está a chegar ao fim na Cratera Gale, o local 4,5º para Sul do equador marciano onde o Curiosity aterrou no dia 6 de Agosto. "O facto de estarmos a medir estas temperaturas quentes já durante o dia é uma surpresa e é muito interessante," afirma Felipe Gómez, do Centro de Astrobiologia em Madrid, num comunicado. O o

Você já brilhou nas estrelas!

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Cada pedacinho de seu corpo veio de uma estrela. É possível mesmo que tenham vindo de mais de uma estrela. Permitindo uma imagem poética, afirmo: Você já brilhou nas estrelas! A grande maioria dos átomos de nossos corpos teve origem em uma estrela. Antes do surgimento das primeiras estrelas o universo só havia conseguido “fabricar” elementos leves como o Hidrogênio (ainda hoje o elemento que existe disparadamente em maior quantidade no universo); Helio e talvez um pouquinho de Lítio. As primeiras estrelas que surgiram, assim como os primeiros possíveis “planetas” em seu entorno, eram formadas unicamente por esses elementos. Planetas no entorno de estrelas da primeira geração seriam planetas semelhantes aos nossos gigantes gasosos (Júpiter; Saturno; Urano e Netuno). Foi necessário que existissem estrelas para que elas durante suas existências e nos processos de suas “mortes” transformassem inicialmente Hidrogênio em átomos de Hélio e em seguida nos demais elementos da “tabela p