Do Big Bang ao agora em 8 passos

A teoria mais aceita para aceitar a origem e a evolução do nosso universo é o Big Bang, que afirma que o cosmo iniciou com um ponto incrivelmente quente e denso à aproximadamente 13,7 bilhões de anos. Então como o universo pode passar de um ponto tão ínfimo para a imensidão que é hoje?

1. Como tudo começou
O Big Bang não foi uma explosão, como o nome da teoria sugere, mas sim a expansão de um ponto em um determinado momento por razões ainda não conhecidas. Esse ponto era uma singularidade, cuja temperatura e densidade eram infinitas. Antes disso, não sabemos o que aconteceu, mas através de sofisticadas missões espaciais, telescópios terrestres e complexos cálculos, os cientistas trabalharam muito durante as últimas décadas para pintar um quadro mais claro do início do universo e sua evolução. 

Os dados mais precisos a respeito do Big Bang vêm da radiação cósmica de fundo, que contem o brilho da luz e a da radiação proveniente do evento primordial do universo. Essa relíquia do Big Bang permeia por todo o universo é pode ser observada com detectores de microondas, permitindo aos cientistas reunir dados do início do universo, como sua idade, equivalente à aproximadamente 13,7 bilhões de anos.

2. Inflação
O segundo mais importante da história do universo certamente foi o primeiro de todos. Quando este tinha um centésimo de bilionésimo de trilionésimo de trilionésimo de segundo, ele passou por um surto de crescimento inimaginável. Durante esse período denominado de inflação, o universo cresceu de forma exponencial e aumentou seu tamanho pelo menos umas 90 vezes. Após esse período, o universo passou a resfriar gradativamente, ficando mais frio e menos denso. Após o término da inflação, o universo continuou crescendo, mas num ritmo muito menor. Com o espaço ampliado, a matéria já podia se formar.

3. Hélio e hidrogênio
Vários elementos químicos foram criados nos três primeiros minutos da formação do universo. Como o universo se expandiu, a temperatura se resfriou, e os prótons e nêutrons formados se colidiam para formar deutério, um isótopo do hidrogênio. Grande parte desse deutério foi combinado para formar o hélio.

4. Luz
Durante os primeiros 380 mil anos após o Big Bang, o calor ainda era alto demais para que a luz pudesse brilhar. Átomos se chocaram com tamanha força para se romper num denso plasma, como uma neblina. Após esse período, o universo já estava arrefecido o bastante para que os elétrons pudessem se combinar e formar os primeiros átomos. A luz foi desencadeada nesse momento e pode ser detectada hoje através da radiação cósmica de fundo. No entanto, em seguida veio uma era de escuridão antes das primeiras estrelas e galáxias se formarem.

5. Emergindo da Idade das Trevas
Após essa misteriosa fase do universo que durou até seus 400 milhões de anos, o universo passou por uma fase que durou mais meio bilhão de anos. Durante esse período, o universo já estava resfriado e com a medida de gás certa para que as primeiras estrelas e galáxias pudessem surgir, totalmente diferente daquelas que vemos hoje.

6. Mais e estrelas e galáxias
Astrônomos têm varrido o universo à procura das mais distantes e antigas galáxias para ajudá-los a compreender as propriedades iniciais do universo. As primeiras galáxias formadas eram muito menores que as atuais e possuíam formatos totalmente irregulares, mas as estrelas que nelas nasceram foram fundamentais para a formação de novos elementos químicos como carbono, oxigênio, nitrogênio e vários outros, pois antes só havia o hélio e hidrogênio, e um pouco de lítio.

7. Nascimento do sistema solar
Nosso sistema solar se formou aproximadamente 9 bilhões de anos após o Big Bang, ou seja, possui somente 4,6 bilhões de anos de idade. O Sol é uma entre outras centenas de bilhões de estrelas na Via Láctea, e orbita o centro dela onde há um buraco negro supermassivo. A teoria mais aceita para explicar a origem do Sol e do sistema solar é que esses se formaram a partir de um nuvem de gás gigante, uma nebulosa, que colapsou e se achatou em forma de disco. Durante essa fase, a maior parte do material dela foi puxado em direção ao centro, onde posteriormente o Sol nasceu.

8. Universo em expansão acelerada
Nos anos de 1920, Edwin Hubble revolucionou a ciência quando descobriu que o universo estava em expansão. Décadas mais tarde, o astrônomos puderam observar supernovas distantes e notaram que o universo está em uma expansão acelerada. Por muito tempo, acreditava-se que a força da gravidade seria forte o bastante para fazer com que o universo retardasse sua expansão, ou até mesmo parasse, o levando a se contrair. 

A energia escura é pensada para ser a principal responsável pela aceleração da expansão do universo, que acredita-se que compõe aproximadamente 73% do universo (somente 4% é formado pela matéria comum, enquanto o restante é formado pela matéria escura). Embora muito já tenha sido descoberto sobre a criação e evolução do universo, há perguntas que continuam sem resposta. A matéria escura e a energia escura permanecem como dois dos grandes mistérios do universo, mas cientistas continuam buscando respostas, na esperança de darem uma melhor compreensão de como tudo começou e como tudo acabará.

Fonte: Misteriosdomundo.com

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