Brecha na Teoria da Relatividade pode permitir velocidade mais rápida que a luz

Na saga original de Star Trek/Jornada nas Estrelas, a nave Enterprise era capaz de atravessar galáxias em questão de dias, mais rápido do que a luz seria capaz – algo que, nas palavras do Sr. Spock, era “altamente ilógico”. Décadas mais tarde, cientistas do mundo real investigam uma maneira de realizar viagens como essa fora da ficção.
 
De acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein, nenhum objeto com massa pode atingir ou ultrapassar a velocidade da luz, já que isso demandaria uma quantidade absurda de energia. Em Star Trek, essa regra era burlada graças a um dispositivo “matéria-antimatéria”, que podia gerar energia suficiente para que a Enterprise atingisse a “velocidade de dobra”, mais rápida que a luz. Contudo, mesmo um aparelho como esse, de acordo com as leis da Física, não poderia gerar a energia necessária.
 
Na década de 1990, porém, o físico (e fã de Star Trek) Miguel Alcubierre propôs um modelo teórico no qual seria possível viajar mais rápido do que a luz (e sem um “dispositivo matéria-antimatéria”), aproveitando a flexibilidade (já observada) e a falta de massa do espaço. De acordo com Alcubierre, a nave não se deslocaria à velocidade da luz; ao invés disso, o espaço à sua frente se contrairia e o espaço atrás dela se expandiria, enquanto a nave estaria dentro do que o físico chamou de “warp bubble” (algo como “bolha de distorção”). Essa ideia, embora ainda não tenha sido executada, foi incorporada pelo seriado “Star Trek: The Next Generation”, dos anos 1990.
 

Em busca da bolha

 
Para produzir uma bolha de distorção, seria preciso aplicar energia negativa (criada no vácuo) em torno da nave, obtida por meio da distorção de ondas eletromagnéticas presentes no vácuo – algo que um grupo de pesquisadores do Centro Espacial Johnson, da NASA, pretende fazer em laboratório. Liderada pelo físico Harold “Sonny” White, a equipe emite lasers em dois tipos de ambiente (um no vácuo e outro “normal”) para ver se ocorrem distorções no espaço.
 
 O problema é que, por causa da precisão necessária no experimento, mesmo um tremor de terra quase imperceptível pode interferir nos resultados. Por isso, os pesquisadores transferiram os equipamentos para um laboratório isolado sismicamente. Agora, falta recalibrar tudo, para poder continuar com os experimentos. Ainda é cedo para dizer quando (e se) seremos capazes de viajar mais rápido que a luz, mas Sonny e sua equipe permanecem convictos.
Fonte: http://hypescience.com/
[Space.com]

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