Postagens

Mostrando postagens de julho, 2014

ALMA descobre estrela dupla com estranhos discos protoplanetários

Imagem
Esta impressão artística mostra um notável par de discos de gás muito desalinhados situados em torno de ambas as estrelas jovens do sistema binário HK Tauri. Observações deste sistema obtidas com o ALMA deram-nos a melhor imagem de sempre de discos protoplanetários numa estrela dupla. Os novos resultados demonstram uma possível maneira de explicar por que é que tantos exoplanetas - contrariamente aos planetas do Sistema Solar -  apresentam estranhas órbitas excêntricas ou inclinadas.Créditos: R. Hurt (NASA/JPL-Caltech/IPAC). Os astrónomos descobriram, com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), um par de discos de gás muito desalinhados a formar planetas em torno de ambas as estrelas jovens do sistema binário HK Tauri. Estas novas observações ALMA deram-nos a imagem mais nítida de sempre de discos protoplanetários numa estrela dupla. Este novo resultado ajuda também a explicar por que é que tantos exoplanetas - contrariamente aos planeta

E o maior mistério do universo é…

Imagem
São 15 anos a coçar a cabeça, desde que percebemos que algum agente misterioso está empurrando o universo para longe. Nós ainda não sabemos o que é. Ele está em toda parte e não podemos vê-lo. Reponde por mais de dois terços do universo, mas não temos ideia de onde vem ou de que é feito. “A natureza não está pronta para nos dar alguma pista ainda”, diz Sean Carroll, físico teórico do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena (EUA). Um nome já lhe foi dado: energia escura.  Agora, a busca é sobre o que realmente é. Ainda este ano, os astrônomos irão começar um novo levantamento do céu para procurar sinais do material entre as explosões de estrelas e antigos aglomerados de galáxias. Um pacote de missões espaciais e gigantescos telescópios baseados na Terra em breve se juntarão à missão.  Até o momento, nosso conhecimento é bastante escasso. Ele é limitado a, talvez, três coisas. Primeiro, sabemos que a energia escura empurra. Em 1998, observaram-se inesperadas explosões de su

M31 – A Galáxia de Andrômeda

Imagem
Andrômeda é a maior galáxia mais próxima da Via Láctea. Acredita-se que a nossa galáxia se pareça muito com Andrômeda. Juntas essas duas galáxias dominam o Grupo Local de Galáxias. A luz difusa de Andrômeda é causada pelas centenas de bilhões de estrelas que a constitui. As poucas estrelas distintas que circundam a imagem de Andrômeda são na verdade, estrelas da nossa própria galáxia, e que estão bem na frente do objeto de segundo plano. Andrômeda é frequentemente chamada de M31, já que é o trigésimo primeiro objeto listado no catálogo de Messier de objetos difusos no céu. A M31 está a uma distância, que a sua luz leva cerca de dois milhões de anos para nos atingir. Embora seja visível a olho nu, como uma pequena mancha no céu, a imagem acima da M31 foi feita com uma câmera padrão acoplada a um telescópio pequeno. Muito sobre a M31 permanece ainda desconhecido e sendo tema de estudos, incluindo como ela adquiriu seu centro que tem feições que lembram dois picos e que é algo inco

Uma fatia de estrelas

Imagem
O fino raio brilhante, que cruza a imagem, corta uma figura solitária, com poucas estrelas em primeiro plano e galáxias num distante segundo plano para fazer companhia. Contudo, tudo isso é uma questão de perspectiva, já que localizada logo fora do frame está outra espiral próxima. Juntas, as duas galáxias formam um par, que se move através do espaço, unidas e uma fazendo companhia para a outra. O tema dessa imagem do Hubble é chamada de NGC 3501, com a NGC 3507 sendo sua companheira fora do frame. As duas galáxias parecem bem diferentes – outro exemplo da importância da perspectiva. A NGC 3501 aparece de lado, dando a ela uma forma alongada e bem estreita. Sua parceira, contudo, aparece bem diferente, de frente nos dando a fantástica visão dos braços barrados em forma de redemoinho. Enquanto os mesmos braços não possam ser visíveis nessa imagem da NGC 3501, é também uma galáxia espiral – embora um pouco diferente de sua companheira. Enquanto que a NGC 3507 tem barras

Épsilon de Auriga: o misterioso piscar de uma estrela gigante

Imagem
Épsilon de Auriga: a estrela tem 6 bilhões de quilômetros de raio e é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. Crédito: Alson Wong and Citizen Sky/Nasa Desde o século 19, um misterioso fenômeno acontece na constelação de Auriga, sem que os cientistas saibam exatamente por que. Ali, a cada 27 anos, a gigantesca estrela Épsilon perde metade de seu brilho e permanece assim por dois anos, até que lentamente se fortalece novamente. Afinal, o que acontece em Épsilon de Auriga? Situada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra e medindo quase 6 bilhões de quilômetros de raio, Épsilon de Auriga é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. É tão grande que se fosse colocada no centro do Sistema Solar chegaria até a órbita de Urano, o penúltimo planeta a partir do Sol. O último "apagão" de Épsilon de Auriga começou em agosto de 2009 e em dezembro do mesmo ano atingiu seu ponto de menor brilho, provavelmente eclipsada por um escuro objeto. A nat

Órbita de galáxias contradiz modelo cosmológico

Imagem
Discos orbitais Uma análise de cerca de 380 grandes galáxias mostrou que as pequenas galáxias satélites que as rodeiam organizam-se em discos girando ao redor das galáxias líderes. Isto contradiz o modelo cosmológico atual, que afirma que as galáxias satélites deveriam seguir órbitas aleatórias. O Universo possui um número incalculável de galáxias - "bilhões delas", por assim dizer. Algumas são imensas, como a nossa Via Láctea, contendo centenas de bilhões de estrelas. Assim como as estrelas se organizam em discos galácticos, as pequenas galáxias orbitam em planos ao redor das galáxias maiores. [Imagem: NASA/ACS] Mas a maioria das galáxias que podemos observar são "galáxias anãs", muito menores do que a Via Láctea, e contendo alguns poucos bilhões de estrelas. Seguindo a Modelo Cosmológico Padrão, as galáxias-anãs deveriam se mover em todas as direções. Mas não é isso que os dados mostram. Seguindo o líder Os astrônomos já haviam percebido qu

10 tipos extremos de estrelas

Imagem
Estrelas não são sempre amarelas e com cinco pontas. Na verdade, existem muitos tipos, com diferentes características e funções na astronomia – inclusive, uns bem estranhos e extremos, como esses: 10. As mais velhas Quanto tempo pode viver uma estrela? Primeiro, vamos definir o tempo de vida de uma estrela como o tempo em que ela é capaz de fazer fusão nuclear, já que mesmo depois de “morta”, o “cadáver” de uma estrela (seu remanescente) pode ficar ativo por muito tempo. Levando em conta a fusão nuclear, quanto menos massiva uma estrela é, mais tempo tende a viver. As estrelas com massa menor são as anãs vermelhas. Elas têm cerca de 7,5 a 50% a massa do sol. Qualquer coisa menos massiva não seria capaz de fazer fusão nuclear, então não seria uma estrela. Os modelos atuais estimam que as menores anãs vermelhas poderiam fazer fusão por até 10 trilhões de anos. Uma estrela como o nosso sol faz fusão por cerca de 10 bilhões de anos, o que é 1.000 vezes menos. Depois de fundir a maio

Mapeando a matéria escura a 4,5 bilhões de anos-luz de distância

Imagem
O enxame galáctico MCS J0416.1–2403, um dos seis alvos do programa Fontier Fields do Hubble. O azul nesta imagem é o mapa de massa criado usando novas observações do Hubble combinadas com o poder de ampliação de um processo conhecido como lente gravitacional. Em vermelho, está o gás quente detectado pelo Observatório de raios-X Chandra da NASA e mostra a localização do gás no enxame. A matéria vista em azul está separada das áreas vermelhas detectadas pelo Chandra e consiste do que é conhecido como matéria escura, que pode apenas ser detectada directamente pelo efeito de lente gravitacional.  Crédito: ESA/Hubble, NASA, Frontier Fields do Hubble; reconhecimento: Mathilde Jauzac (Universidade de Durham, Reino Unido) e Jean-Paul Kneib (École Polytechnique Fédérale de Lausanne, Suíça) Com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, uma equipe internacional de astrónomos mapeou, com uma precisão sem precedentes, a massa dentro de um enxame de galáxias. Criado usando observações do p

Uma tempestade solar que poderia acabar com a civilização moderna quase nos atingiu em 2012

Imagem
Como você deve ter percebido, o mundo não acabou em 2012, mas foi por pouco. Segundo a NASA, uma tempestade solar grande o suficiente para “levar a civilização moderna de volta para o século XVIII” passou raspando pela Terra naquele ano. O clima espacial extremo atravessou a órbita do nosso planeta em 23 de julho de 2012 e era o mais poderoso em 150 anos, de acordo com um comunicado publicado no site da agência espacial dos EUA. No entanto, poucos terráqueos tinham ideia do que estava acontecendo na época. “Se a erupção tivesse ocorrido apenas uma semana antes, a Terra teria sido pega na linha de fogo”, aponta Daniel Baker, professor de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado, nos EUA. Em vez disso, a nuvem de tempestade atingiu a nave espacial STEREO-A, um observatório solar que é “quase idealmente equipado para medir os parâmetros de um evento como esse”, de acordo com a NASA. Os cientistas analisaram a grande quantidade de dados coletados e concluíram q

A Nebulosa Cabeça de Cavalo de azul para Infravermelho

Imagem
Uma das nebulosas mais fáceis de se identificar no céu, a Nebulosa da Cabeça de Cavalo em Orion, é parte de uma grande e escura nuvem molecular. Também conhecida como Barnard 33, a sua forma incomum foi descoberta pela primeira vez numa chapa fotográfica dos anos 1800. O brilho avermelhado se origina do gás hidrogênio predominante por trás da nebulosa, que é ionizado pela estrela Sigma Orionis. A escuridão da Cabeça de Cavalo é causada pela poeira espessa, embora a parte mais inferior do pescoço da Cabeça do Cavalo gera uma sombra para a esquerda.  Correntes de gás deixando a nebulosa são afuniladas por um forte campo magnético. Pontos brilhantes na base da Cabeça do Cavalo são estrelas jovens ainda em seu processo de formação. A luz leva cerca de 1500 anos para sair da Nebulosa da Cabeça do Cavalo e nos atingir aqui na Terra. A imagem acima é uma combinação digital de imagens feitas em nas luzes azul, verde, vermelho e hidrogênio-alfa a partir da Argentina e uma imagem feita na

Hubble descobre que très exoplanetas são surpreendentemente secos

Imagem
Impressão de artista do gigante gasoso HD 209458b na constelação de Pégaso. Para surpresa dos astrónomos, encontraram muito menos vapor de água na quente atmosfera do exoplaneta do que os modelos de formação planetária prevêem. Crédito: NASA, ESA, G. Bacon (STScI) e N. Madhusudhan (UC) Astrónomos , usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA , procuraram vapor de água nas atmosferas de três planetas em órbita de estrelas parecidas com o Sol - e descobriram-nos quase secos. Os três planetas, conhecidos como HD 189733b, HD 209458b e WASP-12b, estão entre 60 e 900 anos-luz de distância da Terra e pensa-se serem candidatos ideais para detectar vapor de água nas suas atmosferas devido às suas altas temperaturas onde a água se transforma em vapor mensurável. Estes chamados "Júpiteres quentes" estão tão perto das suas estrelas que têm temperaturas entre os 800 e 2200 graus Celsius. No entanto, descobriu-se que têm apenas entre um décimo e um milésimo da quantidade de água p

Vida e morte de estrelas irmãs

Imagem
O enxame estelar NGC 3293 Créditos: ESO/G. Beccari Nesta nova imagem obtida no Observatório de La Silla do ESO, estrelas jovens agrupam-se sobre um fundo de nuvens de gás resplandecente e zonas de poeira. Este enxame estelar, conhecido por NGC 3293, era apenas uma nuvem de gás e poeira há cerca de dez milhões de anos atrás, mas à medida que as estrelas se começaram a formar transformou-se no brilhante grupo de estrelas que aqui vemos. Enxames como este são laboratórios celestes que permitem aos astrónomos aprender mais sobre o processo de evolução estelar. Este bonito enxame estelar, NGC 3293 , situa-se a cerca de 8000 anos-luz da Terra na constelação Carina (A Quilha). Este enxame foi observado pela primeira vez pelo astrónomo francês Nicolas-Louis de Lacaille em 1751, durante uma estadia ao que é agora a África do Sul, com o auxílio de um pequeno telescópio com uma abertura de apenas 12 milímetros. É um dos enxames mais brilhantes do hemisfério sul e pode se

Sonda pousará em cometa duplo

Imagem
Binários de contato A sonda espacial Roseta está prestes a fazer história ao pousar sobre um cometa. E a tarefa pode ser ainda mais difícil do que se imaginava. Imagens captadas conforme a sonda se aproxima do cometa 67P/Churymov-Gerasimenko - ela deverá alcançá-lo em Agosto - revelaram que o cometa possui uma forma extraordinariamente irregular. São dois componentes bem distintos, com um segmento alongado e outro mais arredondado. As fotos - uma sequência de 36 imagens captadas com intervalos de 20 minutos - foram tiradas a uma distância de 12 mil quilômetros. [Imagem: ESA] Objetos duplos como este são conhecidos como "binários de contato", e não são tão incomuns - o asteroide Itokawa , por exemplo, visitado pela missão Hayabusa, da Agência Espacial Japonesa, possui duas seções com densidades muito diferentes. Mas isso coloca desafios adicionais para a aproximação e o lançamento do módulo de pouso. O módulo que deverá pousar no cometa mede um metro de co

IC 4603 – A bela nebulosa de reflexão em Ophiuchus

Imagem
Por que essa imagem de um belo campo estelar no céu lembra uma pintura impressionista? O efeito é criado, não somente por efeitos digitais utilizados no processamento da imagem, mas também pela grande quantidade de poeira interestelar. A poeira, diminutas esferas, ricas em carbono e do tamanho das partículas emitidas na fumaça do cigarro, frequentemente se originam nas atmosferas externas das estrelas jovens, grandes e frias. A poeira é dispersada à medida que a estrela morre e cresce à medida que as coisas se comprimem no meio interestelar. Nuvens densas de poeira são opacas à luz visível e podem esconder completamente estrelas que estejam num segundo plano. Para as nuvens menos densas, a capacidade da poeira refletir preferencialmente a luz azul das estrelas torna-se importante, florescendo efetivamente a luz das estrelas azuis para fora das nuvens e marcando a poeira que se encontra ao redor. Emissões nebulares de gases, normalmente mais brilhantes na luz vermelha, podem ser

A Zona da Tarântula

Imagem
Crédito: Marco Lorenzi A  Nebulosa da Tarântula  mede mais de 1000 anos-luz em diâmetro, uma região de formação estelar gigante dentro da nossa galáxia vizinha, a  Grande Nuvem de Magalhães  (GNM). Esse aracnídeo cósmico reside no campo superior esquerdo desta  colorida imagem de céu profundo obtida através de filtros de banda larga e de  banda estreita . A imagem abrange quase 2 graus (4 Luas Cheias) no céu e cobre uma parte da GNM com mais de 8000 anos-luz de diâmetro. Dentro da Tarântula  (NGC 2070), radiação intensa, ventos estelares e choques de supernovas das estrelas massivas do jovem enxame central, catalogado como  R136 , energizam o brilho nebular e formam os filamentos de aranha.  Em torno da Tarântula  estão outras violentas regiões de formação estelar com jovens enxames estelares, filamentos e nuvens em  forma de bolha . De facto, a imagem inclui o local da supernova mais próxima dos tempos modernos,  SN 1987A , mesmo para cima do centro. O rico campo de visão est