Sonda da Nasa vai mergulhar em nuvens de vapor de lua de Saturno

New research suggests that Saturn's tiny moon Enceladus has warm oceans hiding beneath its icy crust.


© Foto: Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute Cassini vai passar nesta quarta-feira a apenas 48 quilômetros do Polo Sul de Encélado.

À medida que se aproxima do fim de sua missão, iniciada em 2004 e originalmente prevista para durar apenas quatro anos, a sonda Cassini, da Nasa, realiza manobras cada vez mais ousadas na busca por mais informações e dados sobre Saturno e suas dezenas de luas. Nesta quarta-feira, será a vez da Cassini “mergulhar” nas nuvens de vapor lançadas ao espaço por Encélado a partir de seu Polo Sul por meio de fissuras em sua superfície gelada que esconde um oceano abaixo, numa configuração que os cientistas acreditam ser capaz de abrigar formas de vida simples. De acordo com a Nasa, a sonda vai passar a apenas 48 quilômetros acima desta região da lua de Saturno a uma velocidade de mais de 30 mil km/h.

O sobrevoo não tem como objetivo procurar por possíveis sinais de vida, até porque a Cassini não foi equipada com instrumentos específicos para este tipo de investigação, mas deverá fornecer mais detalhes sobre a atividade hidrotermal em Encélado, isto é, a interação química entre as rochas do núcleo da lua e a água do oceano em torno dele, considerada essencial para sua potencial habitabilidade. A proximidade do sobrevoo, no entanto, aumentará as chances de a Cassini detectar moléculas maiores e mais maciças nas nuvens de vapor de Encélado, o que inclui possíveis compostos orgânicos. A sonda já realizou outros rasantes pela região, todos a altitudes bem maiores, que captaram sinais destes compostos.

Outra importante investigação será saber de o material está sendo lançado ao espaço pela lua na forma de colunas individuais, de uma cortina ou de uma combinação de ambas, o que vai permitir um melhor entendimento que como ele está chegando à superfície a partir do oceano abaixo. Após visitar outras luas de Saturno até o fim deste ano, uma série de manobras colocará a Cassini em uma órbita polar ao fim de 2016, a partir da qual ela executará vários ousados “mergulhos” na região entre o planeta e seus anéis até ser deliberadamente lançada na sua atmosfera e destruída quando seu combustível estiver próximo de acabar, em setembro de 2017. O objetivo é garantir que a sonda eventualmente não caia em luas como Titã e Encélado, dois locais onde a vida como conhecemos também pode ter se desenvolvido em nosso Sistema Solar, e as “contamine”.
Fonte: MSN

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