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Mostrando postagens de janeiro, 2016

O nascimento turbulento de um Quasar

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Impressão artística de W2246-0526, uma galáxia individual que brilha no infravermelho tão intensamente como 350 biliões de sóis. É um objeto tão turbulento que eventualmente ejetará o seu fornecimento total de gás destinado à formação estelar, de acordo com novas observações obtidas pelo ALMA. Crédito: NRAO/AUI/NSF; Dana Berry / SkyWorks; ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) A galáxia mais luminosa conhecida no Universo — o quasar W2246-0526, observado quando o Universo tinha menos de 10% da sua idade atual — é tão turbulenta que se encontra a ejetar o seu fornecimento total de gás destinado a formação estelar, de acordo com novas observações obtidas com o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array).  Os quasares são galáxias distantes que possuem buracos negros supermassivos nos seus centros, os quais libertam jatos poderosos de partículas e radiação. A maioria dos quasares brilha intensamente, mas uma pequena fração (apenas 1 em cada 3000 quasares observados são deste tipo) destes obj

Gémea da Via Láctea "VARRIDA" por um vento veloz de raios-X

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Impressão de artista que ilustra um vento soprado a partir dos arredores de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia espiral brilhante. Crédito: ESA O XMM-Newton da ESA descobriu um vento veloz de gás oriundo do centro de uma galáxia espiral brilhante como a nossa que pode estar a reduzir a sua capacidade de produzir estrelas novas. Não é incomum encontrar ventos quentes soprados a partir de discos rodopiantes de material em redor de buracos negros supermassivos no centro de galáxias ativas. Caso sejam poderosos o suficiente, estes ventos podem influenciar o seu ambiente de várias maneiras. O seu efeito principal é varrer reservatórios de gás que poderiam ter formado estrelas, mas é também possível que possam desencadear o colapso de algumas nuvens para formar estrelas. Pensa-se que estes processos desempenham um papel fundamental nas galáxias e buracos ao longo dos 13,8 mil milhões de anos do Universo. Mas também se pensava que afetavam apenas os maiores obje

Civilizações alienígenas? Procure nos aglomerados estelares

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PLANETAS SEM NOITES Imagine planetas nos quais o céu noturno é quase tão claro quanto o dia, com estrelas tão grandes e tão numerosas que o termo noite deve ter um sentido bem relativo. Pois é em exoplanetas assim que os astrofísicos acreditam haver a maior possibilidade de desenvolvimento de vida inteligente. Esses exoplanetas estão no interior de regiões extraordinárias, conhecidas como aglomerados estelares globulares . São regiões densamente ocupadas, contendo um milhão de estrelas em uma esfera de poucos anos-luz de diâmetro. Rosanne DiStefano (Centro Harvard-Smithsoniano de Astrofísica - EUA) e Alak Ray (Instituto Tata de Pesquisas Fundamentais - Índia) acreditam que esse é o melhor lugar para se procurar por civilizações inteligentes dotadas de capacidade de viagens espaciais - com nível tecnológico similar ou superior ao da Terra. "Um aglomerado globular pode ser o primeiro lugar em que a vida inteligente será identificada em nossa galáxia," disse DiStefano

Sem Júpiter e Saturno não haveria vida na Terra

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Novas simulações sugerem que sem Júpiter e Saturno orbitando a Terra, a vida poderia não ter surgido em nosso planeta. De acordo com os pesquisadores, os dois gigantes gasosos provavelmente ajudaram a estabilizar o sistema solar, protegendo a Terra e outros planetas rochosos interiores de frequentes enfrentamentos com grandes objetos em movimento rápido. Em outras palavras, como relata o portal Space, planetas gigantes parecem ter um impacto importante na formação de um sistema. “Se não há planetas gigantes em seu sistema, você tem um sistema planetário muito, muito diferente”, declarou Tom Barclay, do Centro de Pesquisa Ames da NASA, em Moffett Field, Califórnia, na 227ª reunião da Sociedade Astronômica Americana. Barclay e seus colegas descobriram que os impactos enormes – como aquele envolvendo a proto-Terra que acredita-se ser o responsável pela formação da lua, 4,5 bilhões de anos atrás – aconteceriam com mais frequência e por períodos de tempo mais longos em sistemas solar

Primeira luz de futura sonda de buracos negros

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Instrumento GRAVITY do VLTI testado de modo bem sucedido No âmbito das primeira observações obtidas com o novo instrumento GRAVITY, a equipe observou cuidadosamente estrelas brilhantes e jovens no conhecido Aglomerado do Trapézio, situado no coração da região de formação estelar de Orion. E logo com estes primeiros dados, o GRAVITY fez uma descoberta: uma das componentes deste aglomerado (Theta 1 Orionis F) é uma estrela dupla. A estrela dupla mais brilhante já conhecida anteriormente, Theta 1 Orionis C é também apresentada. A imagem de fundo foi obtida pelo instrumento  ISAAC montado no Very Large Telescope do ESO. As imagens do GRAVITY inseridas revelam um detalhe muito maior do que o que seria possível detectar com o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA.Crédito:ESO/GRAVITY consortium/NASA/ESA/M. McCaughrean Observar buracos negros é o objetivo principal do instrumento GRAVITY recentemente instalado no Very Large Telescope do ESO no Chile. Durante as primeiras observa

Identificado o enxame galáctico massivo mais distante

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Composição do enxame galáctico IDCS 1426 que junta dados no visível, em raios-X e no infravermelho. Crédito: raios-X - NASA/CXC/Univ. do Missouri/M. Brodwin et al.; visível - NASA/STScI; infravermelho - JPL/Caltech O Universo primitivo era uma "bagunça" caótica de gás e matéria que só começou a coalescer em galáxias distintas centenas de milhões de anos após o Big Bang. Estas galáxias demoraram vários milhares de milhões de anos para se agruparem em enxames gigantescos - era o que os cientistas pensavam. Agora, astrónomos do MIT (Massachusetts Institute of Technology), da Universidade do Missouri, da Universidade da Flórida, entre outras instituições, detetaram um enorme enxame galáctico formado apenas 3,8 mil milhões de anos após o Big Bang. Localizado a 10 mil milhões de anos-luz da Terra e potencialmente contendo milhares de galáxias individuais, a megaestrutura é mais ou menos 250 biliões de vezes mais massiva que o Sol, ou 1000 vezes mais massiva que a Via Lácte

Maior mapa de idades da VIA LÁCTEA revela como a nossa galáxia cresceu

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Esta imagem mostra os resultados mais recentes como pontos coloridos sobrepostos numa impressão de artista da Via Láctea. Os pontos vermelhos mostram estrelas formadas quando a Via Láctea era jovem e pequena, enquanto os pontos azuis mostram estrelas formadas mais recentemente, quando a Via Láctea já era grande e madura. A escala de cores mostra quantos milhares de milhões de anos passaram desde a formação dessas estrelas. Crédito: G. Stinson (MPIA) Apresentado na reunião da Sociedade Astronómica Americana que decorreu a semana passada em Kissimmee, no estado da Flórida, uma equipa liderada por Melissa Ness do Instituto Max Planck para Astronomia em Heidelberg, Alemanha, criou o primeiro gráfico de crescimento para a nossa Via Láctea. O gráfico, que usa as idades de mais de 70.000 estrelas e abrange cerca de 50.000 anos-luz, ajuda-nos a ler a história de como a nossa Galáxia cresceu desde a sua infância até à espiral que vemos hoje. "Perto do centro da nossa Galáxia, vemo

Galáxia anã gera ondulações nos subúrbios da Via Láctea

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Ondulações no gás localizado no disco externo da nossa galáxia, têm intrigado os astrônomos, desde que elas foram reveladas pela primeiras vez por observações feitas em ondas de rádio, a uma década atrás. Agora, os astrônomos acreditam que encontraram o culpado, uma galáxia anã, contendo um material escuro e invisível, que passou perto dos subúrbios da nossa galáxia a alguns milhões de anos atrás. A pesquisa, liderada por Sukanya Chakrabarti, do Rochester Institute of Technology, apresenta a primeira explicação plausível para as ondulações galácticas. “É como se fosse jogar uma pedra num lago e gerar as ondas”, disse Charkrabarti, durante a conferência de imprensa realizada no 227 Congresso da Sociedade Astronômica Americana em Kissimmee, na Flórida. “Claro, nós não estamos falando de um lago, mas sim da nossa galáxia, que tem dezenas de milhares de anos-luz de diâmetro e é feita de estrelas e gás, mas o resultado é o mesmo – ondulações!” Charkrabarti adicionou que seu trabalho é

Hubble Registra a Supermassiva e Superfaminta Galáxia NGC 4845

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E ssa imagem do Telescópio Espacial Hubble, das agências espaciais, NASA e ESA mostra a galáxia espiral NGC 4845, localizada a cerca de 65 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Virgo (A Virgem). A orientação da galáxia claramente revela a sua bela estrutura espiral, um disco plano de poeira circundando um brilhante bulbo galáctico. O centro brilhante da NGC 4845 abriga uma versão gigantesca de um buraco negro, conhecido como um buraco negro supermassivo. A presença de um buraco negro em galáxias distantes como a NGC 4845 pode ser inferida do seu efeito nas estrelas mais internas da galáxia.  Essas estrelas experimentam uma forte atração gravitacional do buraco negro e começam a girar ao redor do centro da galáxia com uma velocidade muito maior do que as estrelas mais externas. A partir da investigação do movimento dessas estrelas centrais, os astrônomos podem estimar a massa do buraco negro central – para a NGC 4845 esse buraco negro tem uma massa de c

Qual é a maior estrela do universo?

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Todo mundo sabe que basta olhar para o céu em uma noite clara se você quiser encontrar uma estrela, uma verdadeira infinidade delas, mas apenas uma fracção microscópica é visível a olho nu. Na verdade, a estimativa é que existam 100 bilhões de estrelas em 10.000 bilhões de galáxias no universo visível, com as mais variadas cores e tamanhos, muitas fazendo nosso sol parecer um abajur. Mas qual é o verdadeiro gigante dos céus? Para responder essa pergunta, o professor de astronomia Daniel Brown, da Nottingham Trent University, no Reino Unido, escreveu um artigo para o site “The Conversation” e, segundo ele, precisamos, antes de mais nada, definir o que queremos dizer com gigante: aquela com o maior raio ou a maior massa? Galácticas gigantes De acordo com o artigo, a estrela com o maior raio conhecido atualmente é a UY Scuti, uma supergigante vermelha brilhante variável na constelação de Scutum. Situada a cerca de 9.500 anos-luz da Terra e composta de hidrogênio, hélio e outros e

Spitzer e Hubble localizam gémeos de super - sistema estelar ETA CARINAE noutras galáxias

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A grande erupção de Eta Carinae na década de 1840 criou a Nebulosa de Homúnculo, fotografada aqui pelo Hubble, e transformou o binário num objeto único na Via Láctea. Os astrónomos ainda não conseguem explicar o que provocou esta erupção. A descoberta de gémeos prováveis de Eta Carinae noutras galáxias vai ajudar os cientistas a melhor compreender esta fase breve na vida de uma estrela massiva. Crédito: NASA, ESA e equipa SM4 ERO do Hubble Eta Carinae , o sistema estelar mais luminoso e massivo até 10.000 anos-luz de distância, é conhecido pela sua enorme erupção observada em meados do século XIX e que atirou pelo menos 10 vezes a massa do Sol para o espaço. Este véu de gás e poeira em expansão, que ainda envolve Eta Carinae, torna-o o único objeto conhecido do seu género na Via Láctea. Agora, um estudo usando dados de arquivo dos telescópios Spitzer e Hubble da NASA descobriu, pela primeira vez, cinco objetos com propriedades semelhantes noutras galáxias. "As estrelas

Gigantescos cometas do Sistema Solar exterior podem representar perigo para a civilização, dizem cientistas

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A descoberta de centenas de imensos cometas na parte externa do Sistema Solar nos últimos 20 anos, significa que esses antigos objetos representam uma ameaça real para a nossa civilização, disse um grupo de astrônomos liderados por Bill Napier da Universidade de Buckingham. Cometas massivos, também conhecidos como centauros, têm entre 50 e 100 km de diâmetro, ou até mesmo são maiores. Eles se movem em órbitas instáveis cruzando a órbita dos gigantes gasosos do Sistema Solar – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os campos gravitacionais planetários, podem ocasionalmente defletirem esses antigos cometas colocando-os na direção do nosso planeta. Cálculos da taxa com as quais os centauros entram no Sistema Solar Interno, indicam que um é defletido na direção da órbita da Terra, uma vez a cada 40000 a 100000 anos. Quando estiverem no espaço próximo da Terra, espera-se que eles se desintegrem em poeira e em fragmentos maiores, inundando o Sistema Solar interno com detritos cometários

Todo o universo conhecido em uma única imagem

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A imagem que você vê acima é uma concepção em escala logarítmica do universo observável, com o nosso sistema solar no centro. Além da Terra e seus planetas vizinhos, é possível ver o Cinturão de Kuiper, a Nuvem de Oort, a estrela Alpha Centauri, o Braço de Perseus da Via Láctea, a galáxia de Andrômeda e outras galáxias próximas, a teia cósmica, a radiação cósmica de micro-ondas e o plasma invisível produzido pelo Big Bang. Dados incríveis A ilustração foi criada pelo músico e artista Pablo Carlos Budassi, baseado em mapas logarítmicos do universo reunidos por pesquisadores da Universidade de Princeton, nos EUA, bem como em imagens produzidas pela NASA com base em observações feitas por seus telescópios e sondas espaciais. A equipe de Princeton, liderada pelos astrônomos J Richard Gott e Mario Juric, basearam o seu mapa logarítmico do universo em dados do Sloan Digital Sky Survey, que ao longo dos últimos 15 anos varreu o céu com um telescópio grande angular localizado no e

Conheça os cinco principais candidatos à matéria escura

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Mesmo com o mais poderoso dos telescópios, quando observamos o universo só conseguimos ver uma fração da matéria que sabemos estar lá. Para cada grama de átomos no universo, há pelo menos cinco vezes mais material invisível chamado matéria escura. Até agora, os cientistas não conseguiram detectá-la, apesar das décadas de procura. Sabemos que a matéria escura existe por causa da atração gravitacional de aglomerados de galáxias e outros fenômenos que observamos. A matéria visível em um aglomerado não é o suficiente para mantê-lo unido apenas pela gravidade, o que significa que alguma matéria invisível ou obscura deve estar presente. Mas não temos ideia do que é; ela poderia ser constituída de partículas novas, ainda não descobertas. “Há quatro forças fundamentais com as quais uma partícula de matéria escura poderia interagir”, explica o doutorando em Fenomenologia das Cordas Johar Ashfaque, da Universidade de Liverpool, em um artigo sobre matéria escura publicado no site The Conv

Campos magnéticos fortes no núcleo de estrelas de massa intermédiaria

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Os campos magnéticos vistos no interior das gigantes vermelhas são remanescentes de uma fase anterior em que os núcleos estelares albergavam convecções turbulentas, criando um "dínamo". Os campos magnéticos só estão presentes em estrelas mais massivas que o Sol porque a convecção no núcleo só ocorre nessas estrelas. Crédito: Universidade de Sydney Um grupo internacional de astrónomos liderados pela Universidade de Sydney descobriu que campos magnéticos fortes são comuns no interior das estrelas, não tão raros quanto se pensava, o que irá afetar drasticamente a nossa compreensão de como as estelas evoluem. Usando dados da missão Kepler da NASA, a equipa descobriu que as estrelas apenas um pouco mais massivas que o Sol têm campos magnéticos internos até 10 milhões de vezes mais poderosos do que o da Terra, com implicações importantes para a evolução e destino final das estrelas. "Isto é tremendamente excitante e totalmente inesperado," afirma o astrofísi