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Mostrando postagens de julho, 2016

Kepler encontrou dois bons candidatos de planetas que podem conter vida

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Uma equipe internacional de cientistas usando o telescópio Kepler, da NASA, acaba de anunciar a descoberta de mais de 100 exoplanetas. Entre os novos mundos, um sistema com quatro planetas a cerca de 181 anos-luz de distância possui dois que os cientistas dizem que têm uma boa chance de suportar a vida. K2-72 é uma estrela anã vermelha orbitada por quatro planetas, na direção da constelação de Aquário. Os pesquisadores sugerem que todos esses quatro mundos podem ser rochosos. Enquanto eles orbitam sua estrela hospedeira muito de perto, a frieza relativa da K2-72 significa dois deles podem ser habitáveis. Eles passam mais próximos de K2-72 do que Mercúrio do nosso sol, mas a anã vermelha é relativamente fraca, de forma que sua zona habitável não chega tão longe. Devido a isso, dois dos planetas caem dentro do limite favorável à vida, com níveis de irradiação da estrela comparáveis aos encontrados na Terra, oferecendo condições que sustentam a existência de água líquida

Anã branca fustiga anã vermelha com raio misterioso

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Os astrónomos utilizaram o Very Large Telescope do ESO, para além doutros telescópios tanto no solo como no espaço, e descobriram um novo tipo de estrela binária bastante exótica. No sistema AR Scorpii, uma anã branca em rotação rápida acelera electrões até quase à velocidade da luz. Estas partículas de alta energia libertam quantidades de radiação que fustigam a estrela companheira, uma anã vermelha, fazendo com que todo o sistema pulse drasticamente a cada 1,97 minutos e liberte radiação que vai desde o ultravioleta às ondas rádio. Este trabalho será publicado na revista Nature a 28 de julho de 2016. Em maio de 2015, um grupo de astrónomos amadores da Alemanha, Bélgica e Reino Unido, encontrou um sistema estelar que se comportava de um modo nunca antes observado. Observações de seguimento, lideradas pela Universidade de Warwick e fazendo uso de vários telescópios, colocados tanto no solo como no espaço, revelaram a verdadeira natureza deste sistema anteriormente mal identi

Espaço...a última fronteira

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Abell S1063, um enxame de galáxias que foi observado pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA como parte do programa "Frontier Fields". A enorme massa do enxame age como uma lupa cósmica e amplia galáxias ainda mais distantes.  Crédito: ESA/NASA Há 50 anos atrás, o Capitão Kirk e a tripulação da nave espacial Enterprise iniciaram a sua viagem para o espaço – a última fronteira. Agora, ao mesmo tempo que o filme Star Trek chega aos cinemas, o telescópio espacial Hubble da NASA/ESA encontra-se também a explorar novas fronteiras, observando galáxias distantes no conjunto de galáxias Abell S1063 como parte do programa "Frontier Fields". Espaço… a última fronteira. Estas são as histórias do Telescópio Espacial Hubble. A sua missão contínua é a de explorar novos e estranhos mundos e ousadamente olhar para onde nenhum outro telescópio olhou antes. O mais recente alvo da missão do Hubble é o distante conjunto de galáxias Abell S1063, potencialmente o lar de

Físicos demonstraram que o Big Bang pode ter sido um Big Bounce

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Uma equipe internacional de pesquisadores demonstrou que a hipótese de que o Big Bang foi na verdade um Big Bounce é possível. Isso significa que o universo não surgiu de uma grande explosão que trouxe tudo à existência. Ao invés disso, simplesmente começou a se expandir novamente depois de se contrair totalmente. O novo estudo foi publicado na revista Physical Review Letters . O que é o Big Bounce? A teoria do Big Bounce, pensada pela primeira vez mais de cem anos atrás, foi criada para explicar como o universo se formou. Ao contrário do modelo do Big Bang, que afirma que o nosso universo nasceu de uma gigantesca explosão de um ponto infinitamente denso, o Big Bounce propõe que o universo está em constante expansão e contração. Isto significa que o universo funciona como uma espécie de balão: se expande a partir de um único ponto, cresce até atingir uma certa distância máxima, e depois se contrai de volta ao ponto original, para começar todo o processo novamente. Até

Como o universo poderia ter surgido do nada?

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“ Meu objetivo não é destruir a religião, apesar de isso ser um efeito colateral interessante. Meu objetivo não é diferente do que o de Charles Darwin com seu livro “A Origem das Espécies”. Meu objetivo é usar essa fascinante questão, que todos fazem, e motivar as pessoas a aprender sobre o universo real”. De onde veio o Universo? O físico teórico Lawrence Krauss já tomou parte em muitos tópicos complicados, da evolução até o estado das políticas científicas, passando pela física quântica e até a ciência em Star Trek. Mas em um de seus livros, ele talvez fale sobre o assunto limite: como nosso universo surgiu do nada sem uma intervenção divina.  O argumento de que Deus foi o responsável pelo toque inicial, dando vida ao cosmos, vem desde Aristóteles e Tomás de Aquino. Em debates com teólogos, “a questão ‘porque existe algo ao invés de nada’ sempre aparece como ‘inexplicável’ e implica a existência de um criador”, afirma Krauss.  “Nós já fomos tão longe, que responder essa perg

Explosão estelar permite-nos observar linha de neve da água

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Impressão artística da linha de neve da água em torno da jovem estrela V883 Orionis.Fonte:ESO O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) obteve a primeira observação bem resolvida de uma linha de neve de água no interior de um disco protoplanetário. Esta linha marca o lugar onde a temperatura no disco que rodeia uma estrela jovem decresce o suficiente para que se possa formar neve. O aumento drástico no brilho da jovem estrela V883 Orionis aqueceu a zona interior do disco, empurrando a linha de neve da água para uma distância muito maior do que o que é normal numa protoestrela, permitindo assim observá-la pela primeira vez. Estes resultados são publicados a 14 de julho de 2016 na revista Nature. As estrelas jovens encontram-se muitas vezes rodeadas por densos discos de gás e poeira em rotação, os chamados discos protoplanetários, a partir dos quais os planetas se formam. O calor de uma estrela jovem do tipo solar faz com que a água no seio do disco protoplane

Buraco negro faz material oscilar em seu redor

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Esta impressão de artista mostra o disco de acreção em redor de um buraco negro, no qual a região interior sofre precessão. "Precessão" significa que a órbita do material em redor do buraco negro muda de orientação.   Nesta três imagens, o disco interior brilha com radiação altamente energética que atinge a matéria no disco de acreção em redor, fazendo com que os átomos de ferro emitam raios-X, tal como indicado no brilho do disco de acreção à direita (imagem a), em frente (imagem b) e à esquerda (imagem c).  Crédito: ESA/ATG medialab O observatório de raios-X XMM-Newton da ESA provou a existência de um "vórtice gravitacional" em torno de um buraco negro. A descoberta, assistida pela missão NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) da NASA, resolve um mistério que iludia os astrónomos há mais de 30 anos, e permitirá mapear o comportamento da matéria muito perto dos buracos negros. Também pode abrir a porta a futuras investigações da relatividade ger

A imagem mais profunda de sempre de Orion

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Imagens infravermelhas do VLT revelam quantidade inesperada de objetos de pequena massa O instrumento infravermelho HAWK-I do ESO montado no Very Large Telescope (VLT), no Chile, foi utilizado para sondar as profundezas do coração da Nebulosa de Orion. A imagem obtida revela cerca de dez vezes mais anãs castanhas e objetos de massa planetária isolados do que os que se conheciam anteriormente. Esta descoberta desafia o cenário normalmente aceite da história de formação estelar em Orion. Uma equipa internacional utilizou o instrumento infravermelho HAWK-I montado no Very Large Telescope do ESO (VLT) para produzir a imagem mais profunda e completa da Nebulosa de Orion obtida até à data. A equipa obteve não apenas uma imagem de beleza espectacular, mas também revelou uma enorme abundância de anãs castanhas ténues e objetos de massa planetária isolados. A presença destes objetos de baixa massa ajuda-nos a compreender melhor a história de formação estelar no seio da própria ne

DAWN mapeia crateras em CERES onde o gelo acumula-se

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Nos polos de Ceres, cientistas descobriram crateras que estão permanentemente à sombra (zonas azuis). Estas crateras têm o nome "armadilhas frias" caso tenham temperaturas inferiores a -151º C.  Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA Cientistas da missão Dawn da NASA identificaram regiões permanentemente à sombra no planeta anão Ceres. A maioria destas áreas são provavelmente frias o suficiente para reter água gelada durante mil milhões de anos, sugerindo que os depósitos de gelo podem lá existir agora. As condições em Ceres são as ideais para a acumulação de depósitos de água gelada," afirma Norbert Schorghofer, investigador convidado da Dawn e da Universidade do Hawaii em Manoa, EUA. "Ceres tem massa suficiente para segurar moléculas de água, e as regiões permanentemente à sombra que identificámos são extremamente frias - mais frias do que a maioria das regiões idênticas que existem na Lua e em Mercúrio." As regiões permanentemente à sombra n

Um planeta com três sóis surpreendente

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Uma equipe de astrónomos usou o instrumento SPHERE montado no Very Large Telescope do ESO para obter imagens do primeiro planeta alguma vez encontrado numa órbita extensa num sistema triplo de estrelas. Esperava-se que a órbita de um tal planeta fosse instável, resultando muito provavelmente num planeta que seria rapidamente ejectado para fora do sistema. No entanto, este planeta tem sobrevivido. Esta observação inesperada sugere que tais sistemas possam ser efectivamente mais comuns do que o que se pensava anteriormente. Estes resultados serão publicados online a 7 de julho de 2016 na revista Science. Tatooine , o planeta natal de Luke Skywalker da saga da Guerra das Estrelas, era um mundo estranho com dois sóis no céu, no entanto os astrónomos acabam de descobrir um planeta num sistema ainda mais exótico, onde um observador desfrutaria ou de um dia constante, isto é, sem noite, ou de triplos nasceres e pores de sol todos os dias, dependendo das estações, estações estas que ne

Impressão artística de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia

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Esta impressão artística mostra o meio circundante de um buraco negro supermassivo típico, como muitos dos que se encontram no coração de muitas galáxias. O buraco negro propriamente dito está rodeado por um brilhante disco de acreção de material muito quente a cair para o buraco negro e mais longe encontra-se o toro de poeiras. Vemos também frequentemente jactos de matéria lançados a altas velocidades a partir dos polos do buraco negro, que podem estender-se até enormes distâncias no espaço. Observações obtidas com o ALMA detectaram um campo magnético muito intenso próximo do buraco negro, na base dos jactos, estando este campo muito provavelmente envolvido na produção dos jactos e sua colimação. Créditos: ESO

O zoo de planetas menores do VISTA

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Dados obtidos pelo telescópio VISTA do ESO usados para extrair importantes propriedades no infravermelho próximo de pequenos corpos do Sistema Solar Uma equipe de astrônomos europeus usou dados do telescópio de rastreio VISTA do ESO para catalogar uma população variada de corpos menores — pequenos objetos do Sistema Solar — nos comprimentos de onda do  infravermelho próximo . Este estudo deu origem a uma coleção de medições de quase 40 mil objetos, dados estes que poderão ajudar a responder a questões chave sobre o Sistema Solar primordial.  Sabe-se que o Sistema Solar contém cerca de 700 mil objetos pequenos, desde  asteroides  rochosos a  cometas  gelados. Ao estudar estes objetos, os astrônomos esperam compreender como é que o Sistema Solar se formou e evoluiu e, ao mesmo tempo, reunir informações importantes sobre possíveis impactos com a Terra. A equipe examinou um subconjunto de dados do rastreio do VISTA — o  VISTA Hemisphere Survey  — que cobriu cerca de 40% do hemis

O super Grand Canyon de Caronte lua de Plutão

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A maior lua de Plutão, Caronte, é o lar de um sistema de cânion incomum, que é maior e mais profundo que o Grand Canyon. Na imagem acima, o detalhe, amplia uma porção do limbo leste da visão global de Caronte, registrada pela sonda New Horizons da NASA horas antes da maior aproximação no dia 14 de Julho de 2015. Um cânion profundo, informalmente chamado de Argo Chasma, é visto no limbo. A seção observada nessa imagem mede cerca de 300 quilômetros de comprimento. Mas os cientistas da New Horizons  dizem que o comprimento total da Argo é de aproximadamente 700 quilômetros, em comparação, o Grand Canyon, tem 450 quilômetros de comprimento. Nesse ângulo de visão, o cânion é visto de lado, e na porção final norte do cânion a profundidade pode ser facilmente calculada. Com base nessa e em outras imagens, feitas mais ou menos no mesmo momento, os cientistas da New Horizons, estimaram a profundidade do Argo Chasma em 9 quilômetros, o que é mais de cinco vezes mais profundo do que a p

Pode ser possível sobreviver a uma queda em um buraco negro

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SIMULAÇÃO DE BURACO NEGRO Uma simulação inédita mostra que, ao contrário do que os físicos têm proposto, objetos que caiam em um buraco negro em rotação não seriam esmagados pela gravidade descomunal.Isso dá suporte a alguns cenários de ficção científica, como do filme Interestelar.  Embora a imagem do buraco negro do filme tenha sido produzida por uma simulação científica, a ideia de que buracos negros são portais para outros universos - ou atalhos para outros locais no nosso próprio universo, ou máquinas do tempo - ainda são controversas.  Há uma grande corrida entre os astrônomos em busca da primeira foto de um buraco negro - ainda que muitos ainda defendam que buracos negros podem não existir.     [Imagem: NRAO/AUI/NSF/Dana SkyWorks/ALMA(ESO/NAOJ/NRAO)] O que é fato é que o trabalho agora publicado representa a primeira metodologia para simulações de computador dos buracos negros rotativos. "Buracos negros não rotacionais vêm sendo estudados em simulações de computador

O buraco de Eta Carinae

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Estrela menor fura a maior e permite ver abaixo de sua superfície Eta Carinae , a estrela mais estudada da Via Láctea depois do Sol e uma das maiores e mais luminosas já vistas, continua surpreendendo. Primeiramente os astrônomos verificaram que ela era na verdade formada por duas estrelas muito grandes: a principal e maior, Eta Carinae A, com cerca de 90 massas solares, e a secundária, dois terços menor e 10 vezes menos brilhante, Eta Carinae B. Depois, viram que a cada cinco anos e meio a estrela maior deixa de brilhar por cerca de 90 dias consecutivos em certas faixas do espectro eletromagnético, em especial nos raios X. Agora, especialistas do Brasil, dos Estados Unidos e de outros países, depois de examinarem as informações obtidas no apagão de 2014, o mais recente, descreveram um novo fenômeno: a formação de um buraco causado pela estrela menor na superfície da estrela maior.  A colisão dos fortes ventos das duas estrelas, que já havia sido descrita, e a formação de um bur