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Mostrando postagens de junho 28, 2016

VÉNUS tem potencial - mas não para água

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A sonda Venus Express da ESA detetou um campo elétrico surpreendentemente forte em Vénus - a primeira vez que um campo elétrico foi medido num planeta. Com um potencial de mais ou menos 10V, é quase cinco vezes maior do que os cientistas esperavam e é suficiente para despojar a atmosfera superior de oxigénio, um dos componentes da água.  Ao contrário da Terra, Vénus não tem um campo magnético significativo para se proteger do vento solar. Quando o campo magnético transportado pelo vento solar encontra Vénus, rodeia a ionosfera do planeta (na imagem em tons alaranjados), puxando as suas partículas.  Enquanto os protões e outros iões (azul na inserção) sentem uma força devido à gravidade do planeta, os eletrões (a vermelho na inserção) são muito mais leves e, consequentemente, são capazes de escapar à atração gravitacional mais facilmente.  À medida que os eletrões sobem na atmosfera e para o espaço, ainda estão ligados aos protões e iões via força eletromagnética, e isto resulta no

Inesperado excesso de planetas gigantes em enxame de estrelas

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Uma equipe internacional de astrónomos descobriu que existem muito mais planetas do tipo de Júpiter quente do que os esperados num enxame estelar chamado Messier 67. Este resultado surpreendente foi obtido com vários telescópios e instrumentos, entre os quais o espectrógrafo HARPS no Observatório de La Silla do ESO. O meio denso do enxame originará interações mais frequentes entre planetas e estrelas próximas, o que pode explicar o excesso deste tipo de exoplanetas. Uma equipe chilena, brasileira e europeia liderada por Roberto Saglia do Max-Planck-Institut für extraterrestrische Physik , em Garching, Alemanha, e Luca Pasquini do ESO, passou vários anos a fazer medições de alta precisão de 88 estrelas pertencentes ao enxame Messier 67 . Este enxame estelar aberto tem cerca da mesma idade do Sol e pensa-se que o Sistema Solar teve origem num meio denso similar. A equipe utilizou o HARPS , entre outros instrumentos, para procurar assinaturas de planetas gigantes em órbitas de

Primeiras observações do Centro Galáctico obtidas com o instrumento GRAVITY

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Sonda de buraco negro opera agora com os quatro Telescópios Principais do VLT Impressão artística da estrela S2 a passar muito perto do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea Créditos: ESO/L. Calçada Uma equipe europeia de astrónomos usou o novo instrumento GRAVITY montado no Very Large Telescope do ESO para obter observações do centro da Via Láctea, combinando pela primeira vez radiação colectada pelos quatro Telescópios Principais de 8,2 metros. Estes resultados dão-nos já uma ideia da ciência inovadora que o GRAVITY irá fazer, ao sondar os campos gravitacionais extremamente fortes existentes próximo do buraco negro central supermassivo e ao testar a teoria da relatividade geral de Einstein. O instrumento GRAVITY está atualmente a operar com os quatro Telescópios Principais de 8,2 metros do Very Large Telescope do ESO (VLT) e já a partir de resultados preliminares tornou-se claro que brevemente irá produzir ciência de classe mundial. O GRAVITY faz parte

HUBBLE confirma nova mancha em NETUNO

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Neptuno e a sua nova mancha escura. Crédito: NASA, ESA e M. H. Wong e J. Tollefson (UC Berkeley) Novas imagens obtidas no dia 16 de maio de 2016, pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA, confirmam a presença de um vórtice escuro na atmosfera de Neptuno. Apesar de características semelhantes já terem sido vistas durante o "flyby" da Voyager 2 em 1989 e pelo Hubble em 1994, este vórtice é o primeiro observado em Neptuno no século XXI. A descoberta foi anunciada no dia 17 de maio de 2016, num telegrama eletrónico do Serviço Central de Telegramas Astronómicos, pelo astrónomo Mike Wong, da Universidade da Califórnia em Berkeley, que liderou a equipe que analisou os dados do Hubble. Os vórtices escuros de Neptuno são sistemas de alta pressão e são geralmente acompanhados por brilhantes "nuvens companheiras", que são agora também visíveis no planeta distante. As nuvens brilhantes formam-se quando o fluxo de ar ambiente é perturbado e desviado para cima sobre o