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Mostrando postagens de janeiro, 2017

Galáxia de dois núcleos é um megamaser cósmico

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Esta galáxia megamaser é formada por dois núcleos.[Imagem: ESA/Hubble/NASA/Judy Schmidt] Laser de micro-ondas Esta galáxia inteira funciona essencialmente como um maser cósmico - um laser que irradia em micro-ondas em vez de luz visível (daí o "m" substituindo o "l"). Um megamaser é um processo que envolve alguns componentes dentro da galáxia (como gás) que se encontram na condição física precisa para causar a amplificação da luz - neste caso, da luz com comprimento de onda na faixa das micro-ondas. Mas existem outras partes da galáxia - suas estrelas, por exemplo - que não fazem parte do processo de geração do  maser . Megamasers são intensamente brilhantes, cerca de 100 milhões de vezes mais brilhantes do que os masers encontrados em galáxias como a Via Láctea. A galáxia é a IRAS 16399-0937, que está localizada a mais de 370 milhões de anos-luz da Terra. Esta imagem do Hubble esconde a natureza altamente energética da galáxia, pintando-a com um a

Um conto de dois PULSARES: PLUMAS dão aulas de geometria aos astrónomos

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Imagens obtidas pelo Observatório de raios-X Chandra da NASA (topo) e impressões de artista (em baixo) que forneceram um melhor olhar sobre os pulsares e suas nebulosas de vento associadas. Geminga, à esquerda, está a aproximadamente 800 anos-luz da Terra. A cauda de Geminga estende-se por mais de meio ano-luz, mais de 1000 vezes a distância entre o Sol e Plutão. B0355+54, à direita, está a aproximadamente 3300 anos-luz da Terra. A cauda dupla e estreita prolonga-se por quase cinco anos-luz.  Crédito: esquerda, topo - raios-X - NASA/CXC/PSU/B. Posselt et al; infravermelho (fundo): NASA/JPL-Caltech; direita, topo - raios-X - NASA/CXC/GWU/N. Klingler et al; infravermelho (fundo): NASA/JPL-Caltech; ilustrações em baixo: Nahks Tr'Ehnl Como faróis cósmicos que varrem o Universo com rajadas de energia, os pulsares fascinam e confundem os astrónomos desde que foram descobertos há 50 anos atrás. Em dois estudos, equipas internacionais de astrónomos sugerem que imagens recentes de d

O vizinho colossal da Via Láctea

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A Via Láctea ( em azul e branco, no eixo horizontal ) e a localização do novo supercluster Vela (VCS) e do supercluster Shapley (SC) Um dos maiores superclusters de galáxias foi descoberto perto da Via Láctea por astrofísicos da Europa, Austrália e África do Sul ( Monthly Notices of the Royal Astronomical Society , 8 de novembro). Denominado supercluster Vela, esse mega-agrupamento de galáxias tinha passado despercebido devido à sua localização. Ele se situa atrás do plano da Via Láctea, onde a poeira e as estrelas de nossa galáxia o encobrem, à distância de 800 milhões de anos-luz. Os autores do trabalho dizem que o novo supercluster – denominado Vela por estar perto dessa constelação – parece superar os predicados do Shapley, antes a maior estrutura com galáxias (mais de 8 mil) do Universo observável. A massa descomunal do Vela, ainda não calculada com precisão, exerce forte influência sobre o movimento gravitacional da Via Láctea, que se desloca a 50 quilômetros por segundo

Assinados contratos para espelhos e sensores do ELT

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Numa cerimônia realizada hoje na Sede do ESO, foram assinados 4 contratos para componentes principais do Extremely Large Telescope (ELT), telescópio que o ESO está construindo. Os contratos são referentes a: moldagem dos espelhos secundário e terciário do telescópio gigante, atribuído à SCHOTT; fornecimento de células de apoio para suportar estes dois espelhos, atribuído ao Grupo SENER; e fornecimento dos sensores de borda que formam uma parte vital do sistema de controle do enorme espelho primário segmentado do ELT, atribuído ao consórcio FAMES. O espelho secundário será o maior espelho já utilizado num telescópio e também o maior espelho convexo jamais construído. A construção do  ELT  de 39 metros, o maior telescópio do mundo operando no óptico/infravermelho próximo, continua a avançar. O telescópio gigante contará com um complexo sistema óptico pioneiro de cinco espelhos, o qual requer elementos ópticos e mecânicos que levam a tecnologia moderna aos seus limites. Contra

Astrónomos descobrem golpe cósmico duplo e poderoso

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Astrónomos descobriram o que acontece quando a erupção de um buraco negro supermassivo é varrida pela colisão e fusão de dois enxames galácticos. Esta composição contém raios-X do Chandra (azul), emissão de rádio captada pelo GMRT (vermelho) e dados óticos do Subaru (vermelho, verde e azul) dos enxames em colisão chamados Abell 3411 e Abell 3412. Estes e outros telescópios foram usados para analisar como a combinação destes dois poderosos fenómenos podem criar um extraordinário acelerador de partículas cósmicas. Crédito: raios-X - NASA/CXC/SAO/R. van Weeren et al; ótico - NAOJ/Subaru; rádio - NCRA/TIFR/GMRT Astrónomos descobriram uma combinação de dois dos fenómenos mais poderosos do Universo, um buraco negro supermassivo e a colisão de enxames galácticos gigantes, o que criou um estupendo acelerador de partículas cósmicas.  Combinando dados do Observatório de raios-X Chandra da NASA, do GMRT (Giant Metrewave Radio Telescope) na Índia, do VLA (Karl G. Jansky Very Large Array)

Algo silencioso e fatal está exterminando galáxias

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Galáxias inocentes estão sendo assassinadas: a vida está literalmente sendo sugada para fora delas.  Embora o culpado ainda esteja em liberdade, uma equipe de pesquisadores do Centro Internacional de Pesquisas de Radioastronomia (ICRAR, na sigla em inglês), na Austrália, está trabalhando incansavelmente para solucionar o caso. O crime Depois de examinar 11.000 galáxias usando o Sloan Digital Sky Survey (SDSS, o mais ambicioso levantamento astronômico em andamento na atualidade) e os dados do Arecibo Legacy Fast ALFA Survey, a equipe concluiu que um processo chamado em inglês de “ram-pressure stripping”, que força o gás para fora das galáxias, é mais comum do que se imaginava anteriormente.  Isso causa uma morte rápida, porque sem gás, as galáxias são incapazes de produzir mais estrelas. Então, quem é o principal suspeito deste crime? Matéria escura O material misterioso e invisível que desafia a nossa detecção há anos. “Durante suas vidas, as galáxias podem habitar

Quando Marte encontra Netuno

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Quem teve a oportunidade de observar o céu no dia 1 de Janeiro, com um binóculo ou com telescópio e conseguiu ver Marte, muito provavelmente viu também um gigante gasoso do nosso Sistema Solar. De forma impressionante, a linha de visão para o Planeta Vermelho poderia levar você a observar a uma distância de 0.02 graus, o planeta Netuno. O painel acima usou imagens feitas num intervalo de 3 horas da conjunção entre os planetas, imagens que foram registradas em Brisbane na Austrália. A imagem de campo mais amplo inclui a Lua nos seus primeiros dias de fase crescente, perto do horizonte oeste, e Vênus como a brilhante estrela da noite. Marte e Netuno estavam na pare superior direita dessa imagem mais ampla. Os dois quadros de detalhe foram feitos com a mesma lente e mostram a conjunção entre Marte e Netuno, e o tamanho aparente da Lua crescente na mesma escala. Agora Netuno já aparece mais perto de Vênus no céu noturno. Fonte:  https:// apod.nasa.gov/apod/ap170113.html

NGC 891 – A galáxia espiral observada de lado desde a Terra

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A grande galáxia espiral NGC 891 se espalha por cerca de 100 anos-luz e é vista quase que exatamente de lado desde a nossa perspectiva. De fato, localizada a cerca de 30 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação de Andrômeda, a NGC 891 se parece muito com a nossa galáxia, a Via Láctea. Numa primeira olhada, ela tem um disco galáctico de estrelas fino e plano e um bulbo central cortado no meio por regiões de poeira escura. Mas o que se destaca mesmo na aparência da NGC 891, vista assim de lado, são os filamentos de poeira que se estendem por centenas de anos-luz acima e abaixo da linha central. A poeira provavelmente foi expelida do disco por explosões de supernovas ou pela intensa atividade de formação de estrelas. Galáxias mais apagadas podem ser vistas perto do disco da NGC 891, nessa bela imagem profunda do campo onde localiza-se a galáxia. Fonte:   apod.nasa.gov

Cientistas calcularam a massa de toda a Via Láctea, e o número tem 40 zeros

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Telescópio espacial europeu Gaia revela o mapa mais detalhado já produzido da Via Láctea, um catálogo de 1 bilhão de estrelas Astrônomos chegaram ao que acreditam ser  a medida mais precisa da massa da Via Láctea: cerca de 4,8 x 10¹¹ vezes a massa do Sol , ou "massas solares", se quiser usar uma unidade padrão de massa da astronomia. Isso representa cerca de 9,5 x 10^41 kg,  traduzindo, é o número 95 seguido por 40 zeros .  O valor, é claro, é estimado, já que não temos nenhuma medida exata de todos os bilhões de estrelas e outros objetos que existem na Via Láctea (e nem conseguimos pesá-los em uma balança). Em um artigo publicado no  The Astrophysical Jornal , os cientistas explicam como usaram métodos de medição que envolvem complexas técnicas matemáticas e estatísticas, como a análise hierárquica bayesiana, além de medições diretas da velocidade de aglomerados globulares, os grupos esféricos bem embalados de 10.000 a 100.000 velhas estrelas que se movem pela

Estrela presumida jovem é afinal uma anciã galáctica

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Rolf Chini tem vindo a estudar aproximadamente 400 estrelas na vizinhança do Sol que partilham algumas das propriedades do Sol. No processo, ele e a sua equipa fizeram uma descoberta muito interessante.  Crédito: RUB, Nelle Era considerada uma adolescente entre as estrelas. Mas agora uma coisa ficou clara: este objeto celeste foi formado quando a nossa Galáxia nasceu. Porque é que os investigadores erraram durante tantas décadas? 49 Lib , uma estrela relativamente brilhante no céu do hemisfério sul, tem doze mil milhões de anos e não apenas 2,3 mil milhões. Durante muitas décadas, os cientistas ficaram intrigados com os dados contraditórios que recebiam deste corpo celeste, porque tinham estimado uma idade muito mais jovem do que realmente é. A nova determinação da sua idade, por astrónomos da RUB (Ruhr-Universität Bochum), resolveu agora com sucesso todas as inconsistências. O Dr. Klaus Fuhrmann e o professor Dr. Rolf Chini publicaram os seus resultados na revista The Ast

Por que estudar Plutão se nem planeta ele é?

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O pesquisador Mike Brown foi o responsável por tirar de Plutão o status de planeta, sendo considerado um verdadeiro exterminador de planetas da astronomia moderna. Brown apresentou à União Astronômica Internacional (IAU) a informação de que Plutão deveria deixar de ser o nono planeta do sistema solar. Entretanto, mesmo perdendo o posto, Plutão continua tendo relevância nas pesquisas espaciais internacionais. Prova disso, é a sonda New Horizons, que chegou à órbita de Plutão no dia 14 de julho de 2015. Muitas pessoas podem se perguntar:  qual a importância de estudar Plutão para a vida das pessoas? Por que gastar dinheiro com algo assim se Plutão nem é mais planeta? A resposta para essas questões é simples: os estudos sobre Plutão são importantes porque podem reforçar o status de que Plutão é um planeta-anão. Segundo os pesquisadores, a missão não deve mudar a condição de Plutão, nem fazê-lo retomar o posto de planeta. A decisão de que ele perdeu o posto de planeta, adotada em 200

O ALMA começa a observar o Sol

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Novas imagens obtidas com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), instalado no Chile, revelaram detalhes sobre o Sol, invisíveis de outro modo, incluindo uma nova vista sobre o centro escuro e contorcido de uma mancha solar com quase o dobro do diâmetro da Terra. As imagens foram as primeiras obtidas do Sol com uma infraestrutura da qual o ESO é parceiro. Os resultados constituem uma importante expansão à quantidade de observações que podem ser usadas para investigar a física da nossa estrela mais próxima. As antenas do ALMA foram cuidadosamente concebidas de modo a poderem observar o Sol sem que o intenso calor da sua radiação focada lhes cause danos. Os astrônomos utilizaram as capacidades do  ALMA  para obter imagens da radiação milimétrica emitida pela cromosfera do Sol — a região que se situa logo acima da fotosfera e que forma a superfície visível do Sol. A equipe da campanha solar, um grupo internacional de astrônomos com membros da Europa, América do No

Cientistas japoneses detectam anomalia atmosférica enorme em Vênus

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Utilizando a espaçonave Akatsuki, cientistas japoneses detectaram uma grande anomalia, em forma de arco, na atmosfera superior de Vênus. Estranhamente, a estrutura de 9,97 quilômetros de comprimento não se mexe, apesar dos ventos de 362 quilômetros por hora que a cercam.  Pesquisadores da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial acreditam que o fenômeno é a maior “onda de gravidade” estacionária já registrada no sistema solar. Emanando das montanhas abaixo, o fenômeno climático é forte o bastante para suportar ventos ferozes de fundo, fazendo com que uma estrutura enorme em formato de arco fique pendurada na atmosfera superior do planeta como uma gigante cicatriz. Vênus, esse inferno de planeta coberto de nuvens, está repleto de comportamentos atmosféricos excepcionalmente estranhos. Os ventos em sua atmosfera superior uivam a 359 quilômetros por hora, velocidade consideravelmente maior do que o planeta que a rotação do planeta (um dia em Vênus dura mais do que um ano inteir

HUBBLE forenece roteiro interestelar da viagem galáctica das VOYAGER

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Nesta impressão de artista, a sonda Voyager 1 da NASA tem uma vista aérea do Sistema Solar. Os círculos representam as órbitas dos planetas exteriores: Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Lançada em 1977, a Voyager 1 visitou os gigantes Júpiter e Saturno. A nave encontra-se agora a 20,65 mil milhões de quilómetros da Terra, o que a torna no objeto mais distante jamais construído pelo Homem. De facto, a Voyager 1 está agora a navegar pelo espaço interestelar, a região entre as estrelas que contém gás, poeira e material reciclado por estrelas moribundas.  Crédito: NASA, ESA e G. Bacon (STScI) As duas sondas Voyager da NASA estão a navegar por território inexplorado na sua viagem para lá do nosso Sistema Solar. Ao longo do caminho, medem o meio interestelar, o ambiente misterioso entre as estrelas. O Telescópio Espacial Hubble da NASA está fornecendo o roteiro - estudando o material ao longo das trajetórias futuras das naves. Mesmo depois das Voyagers ficarem sem energia elétrica e