Astrônomos brasileiros descobrem exoplaneta

Representação artística do planeta CoRoT ID 223977153-b.[Imagem: OPAH]
Exoplaneta brasileiro
Sete astrônomos brasileiros descobriram um novo exoplaneta, localizado na direção da constelação do Unicórnio e distante cerca de 1.200 anos-luz da Terra. A descoberta foi feita por uma equipe da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Universidade de São Paulo, Observatório Nacional do Rio de Janeiro e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
O planeta possui o tamanho aproximado de Saturno, mas com metade de sua massa. "É um corpo celeste gasoso, a exemplo de Júpiter em nosso sistema solar," explicou o professor Marcelo Emilio, da UEPG. "O planeta orbita uma estrela parecida com o Sol: sua massa é 8% maior, seu raio 21% menor e sua temperatura 200°C mais quente."
Esses dados indicam que o planeta tem uma densidade menor do que a densidade da água - vale dizer, se ele fosse mergulhado em um oceano grande o suficiente, ele flutuaria.
Trânsito planetário e espectroscopia
O professor Marcelo Emílio observa que a órbita do exoplaneta é muito próxima da estrela: "A distância entre eles é cinco vezes menor que a de Mercúrio ao Sol, o que o torna muito quente. Estimamos que a temperatura do planeta esteja em torno de 1.100° C, e que ele possua ventos de milhares de quilômetros por hora."
O planeta foi descoberto usando a técnica do "trânsito planetário", que mede variações no brilho da estrela conforme o planeta passa à sua frente em relação aos telescópios na Terra.
Os dados foram coletados pelo telescópio espacial CoRoT, um empreendimento conjunto entre a Agência Espacial Francesa, Agência Espacial Europeia e instituições brasileiras. Para a confirmação da existência do planeta foi utilizada a técnica de espectroscopia, usando um dos melhores instrumentos para esse propósito, chamado HARPS (High Accuracy Radial velocity Planet Searcher), localizado em um telescópio do ESO, no Chile.
Em busca de respostas
A equipe já possui dados indicativos de outros dois planetas do tamanho de Júpiter, mas serão necessárias observações adicionais para que seja possível determinar melhor suas massas.
"A descoberta de novos mundos é um dos campos mais interessantes e promissores na área da astronomia. O número de planetas descobertos ainda é pequeno em relação ao que deve existir em nossa galáxia. Mais descobertas são necessárias para que entendermos como sistemas solares são formados. Seria o nosso sistema solar uma exceção? Em nosso sistema solar planetas gigantes e gasosos estão distantes do Sol. No entanto planetas gasosos são encontrados em grande número perto de suas estrelas mães em outros sistemas," disse Marcelo.
Fonte: Inovação Tecnológica

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