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Mostrando postagens de março 31, 2017

Como nascem, vivem e morrem as estrelas?

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A existência de um astro, que dura de 100 milhões a 1 trilhão de anos, passa por três fases: nascimento, meia-idade e maturidade . “Todas as estrelas nascem da mesma forma: pela união de gases”, diz o astrônomo Roberto Boczko, da Universidade de São Paulo (USP). Partículas de gás (geralmente hidrogênio) soltas no Universo vão se concentrando devido às forças gravitacionais que puxam umas contra as outras. Formam, assim, uma gigantesca nuvem de gás que se transforma em estrela – isto é, um corpo celeste que emite luz. A gravidade espreme essa massa gasosa a tal ponto que funde os átomos em seu interior.  Essa fusão é uma reação atômica que transforma hidrogênio em hélio, gerando grande quantidade de calor e de luz. Um exemplo de estrela jovem são as Plêiades, na Via Láctea, resultado de fusões que começaram há poucos milhões de anos.  Durante a meia-idade – cerca de 90% da sua existência -, a estrela permanece em estado de equilíbrio. Seu brilho e tamanho variam pouco, ocorrend

NUSTAR examina intrigante fusão galática

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Esta imagem ótica mostra o sistema Was 49, que consiste de uma grande galáxia de disco, Was 49a, em fusão com uma galáxia "anã" muito mais pequena, Was 49b.  Crédito: DCT/NRL Um buraco negro supermassivo, no interior de uma galáxia minúscula, está a desafiar as ideias dos cientistas acerca do que acontece quando duas galáxias se tornam uma.  Was 49 é o nome de um sistema que consiste de uma grande galáxia de disco, referida como Was 49a, em fusão com uma galáxia "anã" muito mais pequena chamada Was 49b. A galáxia anã gira dentro do disco da galáxia maior, a cerca de 26.000 anos-luz do seu centro. Graças à missão NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) da NASA, os cientistas descobriram que a galáxia anã é tão luminosa em raios-X de alta energia, que deve hospedar um buraco negro supermassivo muito maior e mais poderoso do que o esperado. "Este é um sistema completamente diferente e é contrário ao que entendemos das fusões galácticas," c

ALMA fotografa “buraco cósmico” a 4,8 bilhões de anos-luz de distância!

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Pesquisadores utilizaram o Atacama Large Millimeter Array (ALMA) para registrar um buraco cósmico a 4.8 bilhões de anos-luz da Terra. Essa é a imagem com melhor resolução já feita deste buraco. A imagem prova a grande capacidade do ALMA de investigar a distribuição de temperatura dos gases ao redor de aglomerados de galáxias através do efeito Sunyaev-Zel’dovich (efeito SZ). O grupo de pesquisadores foi liderado por Tetsu Kitayama, da Universidade Toho (Japão) e por Eiichiro Komatsu, do Instituto Max Plack de Astrofísica (Alemanha). A equipe observou a galáxia RX J1347.5-1145, conhecida pelos fortes efeitos SZ que já foram observados várias vezes com radiotelescópios. Aquelas observações revelaram uma distribuição desigual do gás quente nesta galáxia, que não havia sido identificada antes. Astrônomos precisavam então de observações com resoluções maiores; estas, porém, eram difíceis de obter. O ALMA resolveu este problema, e os pesquisadores obtiveram uma imagem da RX J1347.5-1

Qual é a origem do Universo?

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Não existe nenhuma questão mais enigmática do que essa! A grande maioria dos cientistas acredita na teoria do Big Bang, ou Grande Explosão – mas o que havia antes dela? Tudo indica que seja impossível saber com certeza! O próprio Big Bang, aliás, já é bem misterioso. Segundo a teoria, há cerca de 15 bilhões de anos toda a matéria que constitui o Universo concentrava-se num único ponto, que explodiu, dando origem a tudo o que conhecemos… e até ao que ainda não conhecemos. Essa origem bombástica é comprovada por várias observações científicas, mas possui alguns problemas. O principal deles é que, pelas leis da física, a explosão estaria sujeita a pequenas flutuações que tornariam o universo irregular – o que não acontece na realidade.  “Existem mais de 50 teorias que tentam resolver essa questão”, diz o físico Augusto Damineli, da Universidade de São Paulo (USP). A idéia mais aceita foi proposta pelo físico americano Alan Guth em 1981: nas primeiras frações de segundo, a explosão

Encontrado um planeta "PERDIDO", quase do tamanho de Netuno

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Impressão de artista de Kepler-150 f. Crédito: Michael S. Helfenbein Astrónomos da Universidade de Yale descobriram um planeta "perdido" que tem quase o tamanho de Neptuno e que está situado num sistema solar a 3000 anos-luz da Terra.  O novo planeta, Kepler-150 f, foi esquecido por vários. Os algoritmos de computador é que identificam a maioria destes denominados "exoplanetas", planetas localizados para lá do Sistema Solar. Os algoritmos pesquisam dados de levantamentos de missões espaciais, à procura de trânsitos reveladores de planetas orbitando em frente de estrelas distantes. Mas às vezes os computadores falham. Neste caso, era um planeta no sistema Kepler-150 com uma órbita longa em torno do seu sol. Kepler-150 f leva 637 dias para completar uma volta em torno da sua estrela hospedeira, uma das órbitas mais longas conhecidas para um sistema com cinco ou mais planetas.  A missão Kepler encontrou outros quatro planetas no sistema Kepler-150 - Kepler

Um monstruoso buraco negro foi arrancado para fora do centro de sua galáxia por uma bizarra colisão cósmica

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Cientistas da Universidade Roma Tre, na Itália, identificaram um buraco negro supermassivo que parece ter sido “chutado” de seu centro galáctico pela extraordinária força das ondas gravitacionais.  Pesando mais de um bilhão de sóis, o monstruoso objeto está viajando através de sua galáxia em velocidades de cerca de 7,6 milhões de km/h.  Até agora, já percorreu 35.000 anos-luz, e não há como dizer onde ele vai acabar. Fugitivo Embora estudos anteriores tenham apontado para uma série de anomalias cósmicas no espaço que poderiam ser buracos negros fugitivos, os pesquisadores não confirmaram ainda nenhum deles. Este, no entanto, é um caso excepcionalmente forte de buraco negro fugitivo. Além disso, é o mais distante do centro de sua galáxia já visto. Os buracos negros supermassivos habitam o coração de cada galáxia no universo.  Esta presença é intrínseca à existência de uma galáxia, mas ninguém sabe exatamente por que eles sempre acabam no centro. Independentemente de como eles

Os astrónomos vão tentar fotografar a região mais próxima do buraco negro da Via Láctea

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Imagem da região em redor do buraco negro supermassivo da Via Láctea, Sgr A*, em raios-X. Crédito: NASA Desde que foram mencionados pela primeira vez por John Michell numa carta à Sociedade Real de Londres em 1783, que os buracos negros têm capturado a imaginação dos cientistas, escritores, cineastas e outros artistas. Talvez parte do fascínio é que estes objetos enigmáticos nunca foram realmente "vistos". Mas isto pode estar agora prestes a mudar, pois uma equipa internacional de astrónomos está a ligar vários telescópios na esperança de obter a primeira imagem de um buraco negro. Os buracos negros são regiões do espaço onde a atração da gravidade é tão forte que nada - nem mesmo a luz - consegue escapar. A sua existência foi prevista matematicamente por Karl Schwarzchild em 1915, como solução para equações propostas pela teoria da relatividade geral de Albert Einstein.  Os astrónomos já têm, há décadas, evidências circunstanciais de que, nos corações de galáxias

Raios gama vindos do espaço poderiam acabar com a vida na Terra

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Se você quer que a vida na Terra continue, torça para que dois grandes astros não colidam na nossa galáxia. O choque entre duas estrelas, por exemplo, poderia produzir radiação gama em intensidade suficiente para nos levar à extinção. É o que explica uma teoria de astrônomos americanos.   O estudo foi formulado por cientistas da Universidade Washburn (em Topeka, Kansas, EUA), e será apresentado em um congresso na semana que vem. A ideia, grosso modo, seria a seguinte: em algum ponto do outro lado de nossa galáxia, duas estrelas colidem.  E não precisa ser uma colisão completa e destruidora, basta um pequeno atrito entre elas. Segundo estimativas, ocorre um destes eventos a cada 100 milhões de anos, em média.  Este leve choque, enfim, já seria suficiente para iniciar uma explosão radioativa de imenso alcance no espaço. No caso da explosão ocorrer dentro da Via Láctea, praticamente tudo o que está nela sentiria o impacto. A extinção da vida na Terra, nesse caso, dependeria do tip

Cometa passará perto da Terra em 1º de abril — e não é mentira

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© image/jpeg  _Comet-41P-Tuttle-Giacombini-Kresák Um  cometa   passará perto da Terra em 1º de abril deste ano.  Detectado pela primeira vez em 1858, o cometa chamado 41P/Tuttle-Giacobini-Kresak estará a apenas 21,24 milhões de kms de distância do nosso planeta. Apesar da passagem do astro ser segura, esta será a menor distância da Terra já registrada em sua trajetória. O cometa dá a volta no sol a cada cinco anos e meio, ou seja, seu deslocamento é mais lento do que o do nosso planeta.  Ele faz parte de um grupo chamado cometas de Júpiter, já que foi capturado pela gravidade do gigante gasoso e tem sua rota entre o sol e o planeta. Com 1,4 km de diâmetro, o astro em questão não é muito brilhante, mas ele pode ter luz acima da média neste ano devido a sua aproximação ao sol. Com isso, avistá-lo poderá ser mais fácil. O porém: ele terá visibilidade no hemisfério Norte. Lá, binóculos ou um telescópio podem ser usados para observação às 20h30 EDT (19h30 no horário de Brasília).