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Mostrando postagens de julho 3, 2017

Simeis 147: Remanescente de Supernova

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É fácil perdermo-nos ao seguir os intrincados filamentos nesta imagem detalhada do ténue  remanescente de supernova  Simeis 147. Também catalogado como Sharpless 2-240, tem a alcunha popular de Nebulosa do Esparguete.  Na direção  da fronteira entre as constelações de Touro e Cocheiro, cobre quase 3 graus ou 6 Luas Cheias no céu. Isso corresponde a cerca de 150 anos-luz à distância estimada de 3000 anos-luz da nuvem estelar de detritos. Esta composição inclui dados de imagem obtidos através de filtros de banda estreia, melhorando a emissão avermelhada dos átomos de hidrogénio ionizado a fim de rastrear o  gás incandescente . O remanescente de supernova tem uma idade estimada em cerca de 40.000 anos, o que significa que a enorme explosão estelar atingiu a Terra há 40.000 anos. Mas o remanescente em expansão não é o único resultado da explosão. A catástrofe cósmica  também deixou para trás  uma estrela de neutrões ou pulsar, tudo o que resta do núcleo da estrela original. Crédito: D

Montanhas de poeira na nebulosa de Carina

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Crédito de imagem: NASA, ESA e M. Livio (STScI) Na batalha entre as estrelas e a poeira na Nebulosa Carina, as estrelas estão vencendo. Mais precisamente, a luz energética e os ventos provenientes de estrelas massivas recém-formadas estão evaporando e dispersando os berçários estelares empoeirados onde elas foram formadas. Localizada na Nebulosa Carina, a cerca de 7500 anos-luz de distância da Terra,  e conhecida como Montanha Mística, essa formação com aparência de pilar é dominada pela poeira escura, mesmo que sua composição majoritária seja de gás hidrogênio. Pilares de poeira como esse são na verdade mais finos do que o ar e somente se parecem com montanhas, devido à pequena quantidade relativa de poeira interestelar opaca. Essa imagem foi feita com o Telescópio Espacial Hubble e destaca uma região no interior da Carina que se espalha por cerca de 3 anos-luz. Em alguns milhões de anos, as estrelas irão vencer completamente a batalha e toda poeira da montanha mística será eva

O que há em um nome?

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Não são todas as galáxias que possuem nomes bonitos e chamativos. Essa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble mostra uma dessas, cujo nome é, 2XMM-J143450.5+033843. Quando você um nome como esse, pode pensar que é uma combinação aleatória de letras e números, mas saiba que não, cada letra e cada número tem a sua razão de ser. Essa galáxia, por exemplo, foi detectada e observada como parte da segunda pesquisa de raios-X do céu feita pelo telescópio XMM-Newton da ESA, por isso o 2XMM, os números na sequência indicam sua posição no céu, depois da letra J, sua ascensão reta: 14h34m50.5s, e a sua declinação: +03º38m43s. O outro objeto que aparece no mesmo frame também tem seu nome dado da mesma maneira, 2XMM J143448.3+033749. A galáxia 2XMM J143450.5+033843, localiza-se a cerca de 400 milhões de anos-luz de distância da Terra. Ela é uma galáxia Seyfert, que é dominada por algo conhecido como um núcleo ativo de galáxia. Um núcleo ativo de galáxia, indica que o centro da galáxia

Uma descoberta muito rara: a estrela falhada orbita uma estrela morta a cada 71 minutos

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Uma equipe internacional de astrônomos, usando dados do telescópio espacial Kepler, descobriu uma jóia rara: um sistema binário consistindo de uma estrela falhada, também conhecida como anã marrom, e os remanescentes de uma estrela morta, conhecida como anã branca. E uma das propriedades que torna este sistema binário tão notável é que o período orbital dos dois objetos é apenas 71,2 minutos. Isso significa que as velocidades das estrelas enquanto se orbitam são cerca de 100 km/seg (uma velocidade que nos permitiria viajar pelo Atlântico em menos de um minuto). Usando cinco diferentes telescópios terrestres em três continentes, a equipe conseguiu deduzir que este sistema binário consiste em uma estrela com falha com uma massa de cerca de 6,7% a do Sol (equivalente a 67 massas de Júpiter) e uma anã branca que possui uma massa de cerca de 40% da massa do sol. Eles também determinaram que a anã branca começará a canibalizar a anã marrom em menos de 250 milhões de anos, tornando ess

A descoberta inovadora confirma a existência de buracos negros supermassivos em órbita

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A concepção do artista mostra dois buracos negros supermassivos, semelhantes aos observados pelos pesquisadores da UNM, orbitando uns aos outros a mais de 750 milhões de anos-luz da Terra. Crédito: Joshua Valenzuela / UNM   Pela primeira vez, astrônomos da Universidade do Novo México (UNM) afirmam ter conseguido observar e medir o movimento orbital entre dois buracos negros supermassivos a centenas de milhões de anos-luz da Terra – descoberta que levou mais de uma década para ser alcançada. A principal autora do trabalho é a estudante de pós-graduação do Departamento de Física da UNM, Karishma Bansal, que deu ao estudo o título “Constraining the Orbit of the Supermassive Black Hole Binary 0402+379”, publicado recentemente na revista The Astrophysical. Além dela, o professor da UNM Greg Taylor, colegas de Stanford, o Observatório Naval dos Estados Unidos e o Observatório Gemini também analisaram a interação entre esses buracos negros durante 12 anos. “Por muito tempo temos bu

De um grão de areia a fragmentos rochosos, o que circula no universo

Na manhã do dia 30 de junho de 1908, numa região remota e desabitada da Sibéria, no vale do rio Tunguska, uma grande explosão, com potência aproximada de 185 vezes a bomba atômica de Hiroshima destruiu uma área equivalente a 2150 km 2 . Cerca de 8 milhões de árvores foram derrubadas em sentido radial e queimadas, indicando onde teria sido o centro da explosão. Relatos tomados 13 anos mais tarde em cidades distantes explicam que o céu ficou iluminado por vários dias devido à um grande incêndio. O abalo sísmico produzido por essa explosão teria sido registrado por sismógrafos na Inglaterra. A primeira expedição científica conseguiu chegar no local somente no ano de 1927. Os cientistas registraram em fotos o estrago causado, mas não encontraram nenhuma evidência do que poderia ter causado tal destruição. Nenhum fragmento de rocha, nenhum vestígio de artefato, nenhuma cratera, nada! Hoje acreditamos que um fragmento de cometa, com cerca de 36m de diâmetro e com velocidade de 53 m