Pesquisadores descobrem um sistema com três planetas do tamanho da Terra

O Instituto de Astrofisica de Canaria, o IAC, e a Universidade de Oviedo apresentaram a descoberta de dois novos sistemas planetários, um deles contendo três planetas do mesmo tamanho da Terra.  A informação sobre esses novos exoplanetas foram obtidas a partir dos dados coletados na missão K2 do satélite Kepler da NASA, que teve seu início em Novembro de 2013. O trabalho que revela a existência de dois novos sistemas planetários detectados pelo eclipse produzido pelos exoplanetas nas suas respectivas estrelas.

O grupo de pesquisas foi liderado por Javier de Cos da Universidade de Oviedo, e Rafael Rebolo no IAC, juntamente com pesquisadores de outros dois centros, da Universidade de Genebra e do Gran Telescopio Canarias (GTC). O primeiro sistema exoplanetário está localizado na estrela K2-239, caracterizada com uma anã vermelha, do tipo M3V, a partir de observações com o Gran Telescopio Canarias (GTC) no Observatório de Roque de Los Muchachos, em Garafía, La Palma. Ela está localizada na constelação de Sextant e está localizada a 160 anos-luz de distância do Sol.

Esse é um sistema compacto com no mínimo 3 planetas rochosos de tamanho parecido com a Terra, 1.1, 1.0 e 1.1 raios da Terra, que orbitam a estrela a 5.2, 7.8 e 10.1 dias, respectivamente.  O outro sistema é de uma estrela anã vermelha, chamada de K2-240, tem dois planetas do tipo super-Terra com o dobro do tamanho do nosso planeta. A temperatura atmosférica das estrelas anãs vermelhas onde esses exoplanetas foram descobertos é de 3450 e 3800 K, respectivamente, quase que metade da temperatura do Sol.

Esses pesquisadores estimaram que todos os planetas descobertos terão temperaturas dezenas de graus mais alta que na Terra, devido à forte radiação que eles recebem por estar muito perto das estrelas.

Futuras campanhas de observação que devem ser feitas com o Telescópio Espacial James Webb caracterizarão a composição das atmosferas dos planetas descobertos. Observações espectroscópicas feitas com o instrumento ESPRESSO, instalado no VLT do ESO, ou com futuros espectrógrafos no GTC ou nos novos telescópios como o ELT e o TMT, sendo que essas medições serão cruciais para determinar a massa, densidade e outras propriedades físicas dos exoplanetas.

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