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M 97 - Nebulosa do Mocho

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Esta imagem da nebulosa planetária do Mocho (NGC 3587 ou M 97), situada a cerca de 2000 anos-luz de distância da Terra na constelação da Ursa Maior, permitiu aos seus autores apresentar o primeiro modelo capaz de explicar a sua complexa estrutura formada por três camadas concêntricas. Apesar do seu nome, as nebulosas planetárias nada têm a ver com planetas. O astrónomo William Herschel deu-lhes este nome enganador devido ao facto de elas se assemelharem a Úrano e Neptuno quando foram vistas pela primeira vez através do seu telescópio nos finais do séc. XVIII. Na realidade, as nebulosas planetárias são camadas de gás e poeira ejectadas por certas estrelas no final das suas vidas. O nosso próprio Sol terminará a sua vida sob a forma de uma nebulosa planetária daqui a cerca de 5 mil milhões de anos, altura em que terá gasto todo o hidrogénio que lhe permite radiar energia como estrela que é.  Crédito: Karen Kwitter (Williams College), Ron Downes (STScI),  You-Hua Chu (University of Ill

Mimas (satélite)

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Mimas é uma das grandes luas de Saturno . Com 397,2 quilômetros de diâmetro e com um período orbital de 0,94 dias , é o menor corpo do sistema solar a conseguir tomar um formato praticamente esférico. O período orbital de 22 horas 37 minutos e 5 segundos de Mimas é metade do de Tétis . Assim, Mimas e Tétis estão envolvidos numa ressonância orbital alcançando a conjunção no mesmo lado de Saturno. A origem desta ressonância não é inteiramente compreendida. A rotação de Mimas é síncrona, mantendo sempre o mesmo hemisfério virado para Saturno. A densidade média de Mimas é somente 1,2 da densidade da água , e a sua superfície mostra características de gelo de água, dado o seu brilho. A superfície é densamente crivada por profundas crateras . A profundidade das crateras parece ser uma consequência da baixa gravidade da lua. Apesar do seu pequeno tamanho, existem algumas evidências de remodelação da superfície, possivelmente o resultado do derretimento parcial da crosta gelada. Al

NGC 3242

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NGC 3242 , também conhecida como Nebulosa Fantasma de Jupiter. Depois de uma estrela como o nosso Sol ter completado a fusão no seu núcleo, liberta as suas camadas exteriores, formando um objecto chamado nebulosa planetária. NGC 3242 é um exemplo de tal formação, com o resto estelar (uma anã branca) visível no centro. A sua alcunha "Fantasma de Júpiter" deriva de se parecer com o planeta. NGC 3242, no entanto, está muito mais longe que os meros 40 minutos-luz até Júpiter. De facto, ao comparar a velocidade de expansão aparente com a velocidade actual determinada por estudos do efeito Doppler, os astrónomos estimaram que a distância até NGC 3242 situa-se pelos 1,400 anos-luz. As zonas vermelhas perto dos limites da nebulosa são ainda um mistério. Crédito: B. Balick (U. Washington) et al., WFPC2, HST, NASA

Explosão de raios-gama.

As explosões de raios-gama são misteriosos flashes de radiaçãode alta energia (radiaçãogama) que aparecem no céu de direcções  perfeitamente aleatórias. Desde que foram descobertas (na década de 60), estes fenómenos desafiam a astronomia. A sua distribuição uniforme no céu parece indicar que devem ter origem em regiões longínquas do universo. No entanto, e embora várias teorias tenham já sido propostas, nenhuma até hoje foi capaz de explicar a origem destas misteriosas explosões. Agora, uma explosão recentemente detectada adensou ainda mais o mistério, e deixou os astrónomos perplexos. Esta foi detectada pelo satélite de raios-gama BeppoSAX, sendo de seguida observada noutros comprimentos de onda com o auxílio de vários telescópios. Em particular, observações com o telescópio Keck II (no Hawaii) mostraram que a radiação proveniente desta explosão provinha da direcçãode uma galáxia extremamente longínqua, a cerca de 12 mil milhões de anos luz de distância. Tendo em conta esta distânci

Aglomerado de galáxias CL0024+1654

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Esta imagem é um mapa da distribuição de massa no enxame de galáxias CL0024+1654, obtido através de um vasto programa de observações realizado com o telescópio Hubble. A imagem a cores é o resultado da combinação de duas imagens: uma imagem a vermelho, referente à distribuição das galáxias, e uma a azul, referente à distribuição da matéria escura. Esta última foi obtida recorrendo-se a modelos de matéria escura. A matéria escura, tal como o nome indica, é matéria que não é visível, mas cuja presença é inferida através dos seus efeitos gravitacionais sobre o meio envolvente. Neste caso, a matéria escura parece funcionar como uma "cola", mantendo o enxame agregado. Pensa-se que cerca de 90% da matéria do Universo deverá estar sob a forma de matéria escura, sendo a sua natureza ainda fonte de mistério e discussão. Crédito: European Space Agency, NASA & Jean-Paul Kneib (Observatoire Midi-Pyrénées, France/Caltech, USA). Telescópio: Telescópio Espacial Hubble (composição). Fon

Estrela negra (gravitação semiclássica)

Uma estrela negra é um objeto gravitacional composto de matéria. É uma alternativa teórica ao conceito de buraco negro da relatividade geral. A construção teórica foi desenvolvida através do uso da teoria da gravitação semiclássica. Uma estrutura similar deveria existir também pelo sistema Einstein-Maxwell-Dirac o qual é o limite (super)clássico da eletrodinâmica quântica. Uma estrela negra não necessita ter um horizonte de eventos, e pode ou não ser uma fase transicional entre uma estrela em colapso e uma singularidade. Uma estrela negra é criada qaundo matéria se comprime a uma taxa significativamente mmenor que a velocidade de queda livre de uma partícula hipotética caindo para o centro desta estela, devido ao fato que processos quânticos criam polarização do vácuo, o qual cria uma forma de pressão de degereração, prevenindo o espaço-tempo (e as partículas retidas nele) de ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Esta energia é teoricamente ilimitada, e se forma-se rapidamente o sufic

Ecos no espaço revelam novos ângulos de Supernovas assimétricas

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 Os telescópios baseados na Terra só são capazes de revelar os fenômenos espaciais a partir de um único ponto de vista, centrado no Sistema Solar, mas uma nova técnica pode permitir que cientistas finalmente obtenham uma "perspectiva alienígena" do que se passa no Universo. A equipe de Armin Rest, da Universidade Harvard, está explorando uma supernova de diversos ângulos diferentes. "O mesmo evento parece diferente em diferentes locais da Via-Láctea", disse ele, em nota divulgada pelo Centro Harvard de Astrofísica. A luz da supernova que deixou para trás o remanescente conhecido como Cassiopeia A passou pela Terra há 330 anos, mas outras porções da luminosidade da explosão, que não estavam apontadas diretamente para a Terra e que foram refletidas por nuvens de poeira no espaço, estão chegando agora ao Sistema Solar. Esse eco é o que está sendo detectado. "Do mesmo modo que os espelhos num closet podem mostrar as roupas que você veste de vários ângulos, as nuv

Brincando de Deus

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Cientistas conseguem fazer feixes de prótons viajarem a uma velocidade próxima à da luz.Cientistas do maior colisor de partículas do mundo, o LHC, conseguiram obter choques de prótons geradores de uma energia de 7 TeV (tera ou trilhão de elétron volts), a energia máxima almejada pelo laboratório. A intenção é recriar as condições que teriam gerado o Big Bang, a explosão que deu origem ao universo conhecido, há quase 14 bilhões de anos.Em novembro, o equipamento já havia atingido a marca de 1,18 TeV – posteriormente, ainda chegando a 2,36 TeV, em 2009 –, e com isso já se tornando o acelerador de partículas de energia mais alta do mundo.– Isto é física em ação, o início de uma nova era, com colisões de 7 TeV – disse Paola Catapano, cientista e porta-voz do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, em francês), de Genebra, Suíça. Os aplausos foram intensos nas salas de controle quando os detectores do Grande Colisor de Hadrons (LHC, em inglês), instalado na fronteira entre França e

O Efeito de Estufa em Vénus

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Vénus é como que um planeta irmão da Terra, a sua massa e diâmetro aproximam-se bastante dos terrestres. Apesar disto as condições na supefície e a sua composição atmosférica são radicalmente diferentes. A atmosfera venusiana é altamente complexa e perigosa. A sua camada superior provoca chuvas de ácido sulfúrico mais forte que o ácido das baterias dos automóveis. Ventos de grande altitude rodam em volta do planeta cada 4 dias atingindo velocidades superiores às manifestas num tornado de força máxima. Isto enquanto que o planeta leva 255 dias a completar uma rotação em torno de si próprio, evidenciando a força dos ventos, mas apesar de tudo uma grande ordem visto o período quase perfeito de 4 dias. Até mesmo os lentos ventos da superfície exercem uma força equivalente à de um rio corrente sobre o solo venusiano devido à atmosfera venusiana ser 90 vezes mais densa que a da terrestre. Com efeito é tão densa ao ponto de refractar a luz de tal forma que o horizonte deformar-se em direcção

Asteróide Apophis

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O Apophis (nome astronômico 99942 Apophis, previamente catalogado como 2004 MN4 ) é um asteroide que causou um breve período de preocupação em dezembro de 2004 por que as observações iniciais indicavam uma probabilidade pequena (até 2,7%) de que ele iria atingir a Terra em 2029. Observações adicionais melhoraram as predições e eliminaram a possibilidade de um impacto na Terra ou na Lua em 2029. Entretanto, uma possibilidade ainda existe de que na passagem de 2029 o Apophis venha a passar por uma fenda de ressonância gravitacional, uma região precisa não maior que 600 metros, causaria um impacto direto em 13 de abril de 2036. Esta possibilidade mantém o asteróide no Nível 1 da escala de perigo de impacto de Turim até agosto de 2006. Ele quebrou o recorde de maior nível na escala de Turim, estando, por um espaço curto de tempo, no nível 4, antes de ser rebaixado. Observações adicionais mais recentes da trajetória do Apophis revelaram que a fenda provavelmente não será atingida, assi