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O Jato de Magalhães: Um Remanescente de Explosões de Supernovas

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Essa imagem combinada de dados ópticos e de rádio mostram a Via Láctea, as Nuvens de Magalhães e uma nova imagem do Jato de Magalhães. “A nova era de dados que revelam o jato nos começa a dizer sobre a época quando as duas Nuvens de Magalhães passavam uma próximo da outra, disparando enorme quantidade de formação de estrelas”, disse Nidever. “Os fortes ventos estelares e as explosões de supernova a partir das explosões de formação de estrelas sopraram o gás e deram início ao seu curso pela Via Láctea”. A Via Láctea e as Nuvens de Magalhães estão representadas em azul e branco e o gás hidrogênio no Jato de Magalhães, nos discos das Nuvens de Magalhães e braço principal do jato está representado em vermelho. A Via Láctea está horizontal no centro da imagem e as Nuvens de Magalhães são os pontos brilhantes na porção central-direita da imagem onde o jato de gás se origina. Nuvens de poeira da Via Láctea estão representadas em marrom. David Nidever da Universidade da Virginia e seus c

Arqueologia Galáctica

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Estrelas inesperadamente jovens nas redodenzas da galáxia de Andrômeda ( no detalhe) podem ser o resultado de uma colisão galática ( várias outras galáxias aparecem nesta imagem) Os astrônomos crêem que galáxias grandes como a Via Láctea ou nossa vizinha Andrômeda cresceram pela assimilação de outras menores. O registro desse passado atribulado deve ser encontrado no arranjo, idade, composição e velocidade de suas estrelas. O Hubble foi fundamental na decifração dessa história. Um exemplo disso é a observação do halo estelar de Andrômeda, a nuvem tênue e esférica de estrelas e aglomerados estelares que circunda o disco galáctico. Os astrônomos descobriram que as estrelas daquele halo têm as mais variadas idades: as mais velhas têm de 11 bilhões a 13,5 bilhões de anos, enquanto as mais novas têm de 6 bilhões a 8 bilhões de anos. Estas são como crianças num asilo. Devem provir de alguma galáxia mais jovem (como uma galáxia-satélite que foi assimilada) ou de alguma região mais jovem da p

Nascimentos Estelares

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com aparência de amebas, discos de poeira circundam estrelas em estágio embrionário na nebulosa de Orion. Cada imagem tem 2.040 unid. astronômicas quadradas Há muito tempo os astrônomos sabem que feixes estreitos e fluidos de gás são sinais típicos de formação estelar. O nascimento de uma estrela pode gerar um par de jatos colimados com vários anos-luz de extensão. Ainda não se sabe exatamente como isso acontece. A hipótese mais promissora envolve a influência de um campo magnético em larga escala sobre o disco de gás e poeira que envolve o novo objeto. As linhas do campo magnético forçam material ionizado a seguir determinado curso, como contas em um colar giratório. O Hubble reforçou essa visão teórica ao fornecer a primeira evidência direta de que esses jatos efetivamente se originam no centro do disco. Outra expectativa, que o Hubble desmentiu, era a de que os discos circunstelares estivessem profundamente imersos em suas nuvens-mães, sendo portanto impossíveis de ver. De fato,

Espasmos Estelares

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Quando uma onda de choque da supernova 1987 atingiu um anel de gás preexistente, regiões quentes emitiram um intenso brilho. Na imagem menos a nebulosa Olho de gato que é uma das mais complexas, supostamente criada pela morte de uma estrela semelhante ao sol.   A física estelar prevê que uma estrela com massa entre oito e 20 vezes a do Sol termine seus dias numa explosão de supernova. Quando seu combustível se exaure, abruptamente ela perde a longa luta para segurar seu próprio peso. Seu núcleo entra em colapso para formar uma estrela de nêutrons - um corpo inerte e hiperdenso - e as camadas exteriores de gás são ejetadas a 5% da velocidade da luz. Entretanto, tem sido difícil testar essa teoria, pois desde 1680 nenhuma supernova ocorreu em nossa galáxia. Porém, em 23 de fevereiro de 1987 os astrônomos presenciaram um evento quase ideal: uma supernova em uma das galáxias-satélite da Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães.   O Hubble foi lançado só três anos depois, mas a

Hubble fotografa núcleo de aglomerado de estrelas 13.000 anos-luz

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Sabe-se da existência de 150 desses aglomerados ao redor da Via-Láctea O Telescópio Espacial Hubble produziu uma imagem do centro do aglomerado globular Messier 71, uma enorme bola de antigas estrelas na borda da Via-Láctea, a cerca de 13.000 anos-luz da Terra. O aglomerado todo tem 27 anos-luz de diâmetro. A Agência Espacial Europeia (ESA) descreve aglomerados globulares como "subúrbios galácticos", bolsões e estrelas que existem no limiar de galáxias. Esses aglomerados são fortemente unidos pela gravidade, o que lhes dá a forma esférica. Sabe-se da existência de 150 desses aglomerados ao redor da Via-Láctea, cada um deles contendo centenas de milhares de estrelas. Messier 71 é conhecido há tempos, tendo sido observado pela primeira vez no século 18, pelo astrônomo suíço Jean-Philippe de Cheseaux. Apesar de ser um objeto familiar, a natureza exata de Messier 71 era um mistério até pouco tempo atrás. Seria ele um aglomerado aberto, um grupo de estrelas sem muita ligação umas

Nasa descobre planetas que orbitam uma nova estrela

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A espaçonave Kleper descobriu o primeiro sistema planetário confirmado com mais que um planeta orbitando a mesma estrela A sonda Kepler , da Nasa, descobriu o primeiro sistema planetário confirmado com mais de um dos planetas em trânsito - isto é, passando pela linha de visão entre a Terra e sua estrela. As assinaturas de trânsito de dois planetas distintos aparecem nos dados de uma estrela semelhante ao Sol e apelidada Kepler-9. Os planetas foram chamados Kepler-9b e Kepler-9c. A descoberta, segundo nota divulgada pela Nasa, incorpora sete meses de observações de mais de 156.000 estrelas, como parte de uma busca por planetas de tamanho próximo ao da Terra. A descoberta dos dois planetas em trânsito aparece na edição desta semana da revista Science. A câmera do Kepler mediu pequenos decréscimos no brilho da estrela, causados pela passagem dos planetas durante o trânsito. O tamanho dos mundos pode ser estimado a partir dessa redução de brilho. A distância entre planeta e est

WISE Captura a Rosa do Unicórnio

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Unicórnios e rosa são normalmente coisas tratadas em contos de fada, mas uma nova imagem feita pelo Wide-field Infrared Explorer (WISE) da NASA mostra a nebulosa da Rosa que está localizada na constelação de Monoceros ou o Unicórnio. Essa nebulosa em forma de flor, também conhecida pelo nome menos romântico de NGC 2237, é uma enorme região de formação de estrelas formada de gás e poeira na Via Láctea. Estima-se que a distância da nebulosa até a Terra seja algo entre 4500 e 5000 anos-luz de distância. No centro da flor está um aglomerado de estrelas jovens chamado de NGC 2244. A estrelas mais massivas produzem uma grande quantidade de radiação ultravioleta e sopram fortes ventos que erodem o gás e a poeira próxima, criando então um grande buraco central. A radiação também retira elétrons do gás de hidrogênio ao redor e cria o que os astrônomos chamam de Região HII. Embora a Nebulosa da Rosa seja muito apagada para ser observada a olho nu, a NGC 2244 é venerada pelos astrônomo

Pierre Méchain

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Retrato de Pierre Fraçois Mechain Pierre François André Méchain (16 de agosto 1744 em Laon - 20 de setembro de 1804 em Castelló de la Plana), foi um astrônomo e geógrafo francês. Famoso por ter descobertos 8 cometas e 26 objetos de celestes, assim como perto por ter feito parte em numerosas expedições, sua maior contribuição foi o resultado na medida de metro junto com Delambre, um de seus melhores amigos. O asteroide 21785 Mechain foi assim nomeado em sua homenagem. Estudou matemática em Paris mas devido a problemas econômicos teve que deixar seus estudos e oferecer-se como o tutor. Desde muito jovem dedicou-se a estudar no campo de astronomia e de geografia. Sua vida dedicou-o completamente para fazer observações astronômicas detalhadas, a morte o pegou trabalhando na medida detalhada do Meridiano na Espanha, faleceu devido a febre amarela que contraiu Castelló de la Plana. Observações astronômicas Em 1774 estava com Charles Messier e ambos trabalharam no Hotel de Cluny catalog

O Universo Acelerado

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     Uma supernova distante, descoberta quando se compararam imagens obtidas em datas diferentes, ajudou a revelar a  transição da desaleração para aceleração no Universo Em 1998, duas equipes independentes de astrônomos soltaram uma notícia bomba: a expansão do Universo está se acelerando. Os astrônomos geralmente presumiam que ela deveria estar desacelerando, porque a atração gravitacional mútua entre as galáxias deveria frear sua separação. O motivo da aceleração é considerado o maior mistério da física atualmente. Uma hipótese provisória é a de que o Universo contém um constituinte até o momento não detectado conhecido como energia escura. Uma combinação de observações do fundo de microondas, de observatórios em terra e do Hubble, sugere que essa energia escura responde por três quartos da densidade de energia total do Universo. A aceleração começou cerca de 5 bilhões de anos atrás. Antes disso a expansão do Universo estava desacelerando. Em 2004, o Hubble descobriu 16 supernovas

A Idade do Universo

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         Estrelas variáveis cefeidas, como a da simulação, são o padrão com o qual as distâncias intergaláticas são calibradas   Observações feitas por Edwin Hubble e outros na década de 20 mostraram que vivemos num Universo em expansão. As galáxias estão se afastando umas das outras num padrão sistemático, o que implica que o próprio tecido do espaço esteja se esticando. A constante de Hubble (H0) é uma medida da taxa atual de expansão, que é o parâmetro-chave para determinar a idade do Universo. O raciocínio é simples: H0 é o ritmo em que as galáxias estão se afastando umas das outras; portanto, negligenciando qualquer aceleração ou desaceleração, o inverso de H0 estabelece o tempo transcorrido desde que elas estiveram todas reunidas. O valor de H0 também tem um papel na formação das galáxias, na produção de elementos leves (hidrogênio e hélio) e na duração de certas fases da evolução cósmica. Não deveria surpreender, portanto, que desde o início a medição precisa da const