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Uma Galáxia Elegante Numa Luz Invulgar

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A nova imagem obtida com a poderosa câmara HAWK-I montada no Very Large Telescope do ESO, no Observatório do Paranal, Chile, mostra a galáxia NGC 1365 no infravermelho, uma bela galáxia espiral barrada. NGC 1365 faz parte do enxame de galáxias Fornax, situado a cerca de 60 milhões de anos-luz de distância da Terra. A NGC 1365 é uma das mais bem conhecidas e estudadas galáxias espirais barradas, também chamada por vezes Grande Galáxia Espiral Barrada, devido à sua forma perfeita, com uma barra bem definida e dois braços espirais exteriores muito proeminentes. Próximo do centro encontra-se uma segunda estrutura em espiral. Toda a galáxia está delicadamente enredada em bandas de poeira.  Esta galáxia é um excelente laboratório para o estudo da formação e evolução das galáxias espirais barradas. As novas imagens infravermelhas do HAWK-I são menos afetadas pela poeira que obscurece partes da galáxia do que as imagens no visível, revelando por isso, de maneira bastante clara, o brilho de um

A Beleza da Explosão de Uma Estrela Gigante Vermelha

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Essa imagem aqui reproduzida é uma composição de dados de raios-X (azul) e óptico (vermelho e verde) e revela impressionantes detalhes da Nebulosa Crescente, uma gigantesca concha de gás criada por poderosos ventos soprados por uma estrela massiva conhecida como HD 192163, ou melhor, WR 136, a estrela propriamente dita não aparece no campo de visão localizando-se na parte inferior da imagem. Após 4.5 milhões de anos (um milionésimo da idade do Sol), a HD 192163 começou sua cruzada em direção a uma catastrófica supernova. Primeiro ela expandiu de forma violenta tornando-se uma gigante vermelha e ejetando suas camadas mais externas a uma velocidade de 20000 milhas por hora. Duzentos mil anos depois – um piscar de olhos para a uma vida normal de uma estrela – a radiação intensa das camadas mais internas da estrela começou a empurras o gás para fora a velocidades superiores a 3 milhões de milhas por hora. Quando esse vento estelar de alta velocidade se chocou com o vento estelar mais lent

As ondas se quebram na lagoa de estrelas

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Quem contempla a imagem de uma nebulosa, como a Nebulosa da Lagoa na constelação de Sagitário, não imagina que dentro dela as coisas não são tão calmas. Batizada com esse nome por causa de sua aparência, a Nebulosa da Lagoa (ou M8) é um berçário de estrelas muito estudado. Trata-se de uma região especial de formação de estrelas por formar (também) estrelas de alta massa. Locais assim são mais raros de serem encontrados na Galáxia. A Nebulosa é marcada pela profusão de gás e poeira, que se aglutinam e lentamente colapsam para formar estrelas. Esse cenário já é bem conhecido e, nessa região, foram encontradas evidências de estrelas ainda rodeadas por disco de acreção, o que indica que elas estão acumulando matéria e ainda não terminaram seu processo de formação. Bem no centro da Lagoa, um pequeno aglomerado de estrelas com pelo menos oito vezes a massa do nosso Sol emite fortes ventos e intensa radiação ultravioleta. Essas estrelas, por causa da sua massa maior, evoluem muito mais rápid

Novo telescópio digital irá buscar rastros das primeiras estrelas do Universo

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O Lofar (sigla para Low Frequency Array) é um projeto europeu que reúne várias tecnologias de análise espacial. A nova estação, que é localizada em Chimbolton, em Hampshire, é mais uma das antenas que, juntas, formam o Lofar – já há instalações na França, Alemanha, Suécia e Holanda. Elas devem ajudar astrônomos a compreenderem melhor a formação de estrelas. O Lofar é um telescópio digital – o que significa que ele pode mudar de direção mais rapidamente do que outros telescópios, que precisam que suas lentes sejam arrumadas manualmente quando a direção deles é alterada. Ele é sensível a ondas de radiação mais longas, o que permite que ele analise fenômenos diferentes, como a chamada “época de re-ionização” – período em que importantes mudanças ocorreram no cosmo, principalmente o surgimento das primeiras estrelas. A teoria dos astrônomos é que essas enormes estrelas emitiriam uma enorme quantidade de radiação ultravioleta que, hoje, poderia ser detectada no Universo como plasma entre a

Força misteriosa está trazendo uma sonda de volta ao Sistema Solar

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Você lembra da Pioneer 10 ? Ela é uma sonda espacial que deixou o Sistema Solar em 1983. Pois bem, cientistas perceberam que a sonda está sendo empurrada de volta para o nosso sistema, por alguma força misteriosa. Inicialmente, os astrônomos pensaram que a sonda estava voltando por causa do impulso que uma sobra de gás nos motores da Pioneer que estivesse escapando causaria. Mas a força é praticamente constante. Outras possibilidades como radiação solar e gravidade também foram descartadas. A força misteriosa é 10 milhões de vezes mais forte do que a gravidade e os cientistas estão acreditando que possa se tratar de uma “nova força da natureza”, desconhecida até então. A velocidade da sonda, que é, atualmente, 43 mil quilômetros por hora e parece estar diminuindo 9 quilômetros por hora, mas a cada século. A Pioneer está fazendo os cientistas questionarem o conhecimento que temos sobre a gravidade e o universo. [Gizmodo] Créditos:   Luciana Galastri  - hypescience.com

O que aconteceria se você se prendesse no Grande Colisor de Hádrons?

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Quando você ouve falar da enorme estrutura do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) já imaginou o que aconteceria se alguém ficasse preso lá no meio, com todos aqueles 300 trilhões de prótons a uma velocidade aproximada à velocidade da luz? O fato é que ninguém tem certeza. Não é possível dizer se você morreria, se viraria um mutante ou se seria desintegrado. Essa pergunta foi feita a um grupo de cientistas da Universidade de Nottingham e a maioria deles apenas riu da pergunta. Mas todos concordam em um ponto: não seria uma boa idéia. Alguns cientistas acreditam que você não sobreviveria por muito tempo. A energia armazenada no raio do LHC é comparável ao de um avião se movendo que, subitamente, seria depositada em você. Então é possível que você não agüentasse o impacto. O debate acaba sendo entre se você seria desintegrado ou se você acabaria apenas com um buraco no meio da sua barriga. Temos que concordar que, se algumas das mentes mais brilhantes da ciência não f

Marte: Jipe Opportunity está prestes a explorar possível meteorito

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Utilizando a câmera de navegação panorâmica, o jipe-explorador Opportunity fez essa imagem da rocha, que de acordo com os cientistas pode ser constituída de ferro. No fundo, parte da borda da cratera Endurance serve de moldura para a cena registrada. Crédito: NASA/JPL-Caltech/Cornell University.   O jipe-robô Opportunity , que explora o planeta Marte desde janeiro de 2004 está prestes a fazer um novo experimento. Após caminhar 81 metros desde 16 de setembro, o robô está agora a apenas 31 metros de uma rocha escura, que segundo os pesquisadores pode ser os restos de um meteorito que se chocou contra o Planeta Vermelho. "Essa cor escura, textura arredondada e o modo como está assentado na superfície faz essa pequena rocha parecer um meteorito de ferro", disse Matt Golombek, cientista-chefe da missão Oppotunity junto ao Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa. Desde que entrou em operação, Opportunity já encontrou quatro meteoritos de ferro na região de Meridiani Planu

A nebulosa dos fantasmas

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A imagem é composta por observações feitas em 2005 a partir da luz emitida pelo hidrogênio e por registros feitos neste ano devido a emissão de luz por átomos de oxigênio.Nasa/ESA/Hubble Heritage Project (STScI/AURA) A constelação de Carina é uma região bastante rica para quem gosta de garimpar os céus. Vista com facilidade no Hemisfério Sul, é nessa constelação que se projeta um dos braços do padrão espiral da Via Láctea. Nessa região podemos encontrar dezenas de aglomerados de estrelas, nebulosas e regiões de formação estelar. Também em Carina está localizada a estrela mais massiva conhecida em nossa galáxia, eta Carina. Na verdade, um colega meu, Augusto Damineli, mostrou que eta Carina é um sistema duplo, com duas estrelas muito massivas, uma delas com algo em torno de 70 e a outra com 40 vezes a massa do Sol. Muitos desses aglomerados em Carina contêm várias estrelas de alta massa (com mais de 8 vezes a massa do Sol) que são muito brilhantes e quentes. Por isso mesmo, têm ventos

Explosão catastrófica pode ter dado origem a uma das luas de Marte

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                                         © NASA (cratera Stickney, a maior encontrada na lua Fobos) Cientistas encontraram sinais de que Fobos, uma das duas luas de Marte, formou-se relativamente perto de sua localização atual, por meio da aglomeração de material lançado na órbita marciana por um evento catastrófico. Duas abordagens independentes, realizadas pela sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA) e pela Mars Global Surveyor, da Nasa, produziram resultados similares, apresentados no Congresso Europeu de Ciência Planetária, que acontece em Roma. A origem das duas luas de Marte, Fobos e Deimos, é um antigo enigma para a ciência. Uma hipótese propõe que ambas seriam asteroides capturados pela gravidade marciana. Outros cenários propõem que ambas as luas se formaram onde estão, por meio da aglomeração de material expelido do planeta após um grande impacto ou dos restos de uma lua destruída pela atração de Marte. Segundo pesquisadores, uma compreensão da composição da

Manchas solares poderão desaparecer a partir de 2016

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Sem as penumbras, que podem ser vistas na imagem amarela, as atuais manchas solares estão se enfraquecendo magneticamente. [Imagem: William Livingston/NSO] Pequena era do gelo Cientistas que estudaram as manchas solares durante os últimos 20 anos concluíram que o campo magnético do Sol que as origina está diminuindo. Se a tendência atual continuar, por volta de 2016 o Sol pode ficar totalmente sem manchas e assim permanecer ao longo de décadas. Um fenômeno semelhante, que ocorreu no século 17, coincidiu com um período prolongado de resfriamento na Terra. Conhecido como "Pequena Era do Gelo", o maior Mínimo Solar já registrado durou 70 anos. O chamado Mínimo de Maunder durou de 1645 a 1715, com a Terra experimentando temperaturas muito baixas. Embora os mínimos solares normalmente durem cerca de 16 meses, o atual se estendeu por 26 meses, o mais longo em um século. Campo magnético das manchas solares As manchas solares surgem quando ressurgências do campo magnético do Sol