O confisco de estrelas
© Spitzer (Grande Nuvem de Magalhães) A Via Láctea possui um sistema de galáxias satélites que a acompanham na sua jornada pelo Universo. Desse séquito, duas galáxias se destacam: a Grande e Pequena Nuvens de Magalhães. Elas são muito difíceis de serem observadas do hemisfério norte, pois estão muito ao sul, tanto que os primeiros registros por observadores europeus são do final do século 15. Astrônomos persas, em posição mais favorável, já relatavam as duas nuvens por volta do ano 960. A Grande Nuvem de Magalhães está a 160 mil anos-luz de distância, enquanto a Pequena Nuvem está a uns 200 mil. Mesmo a essas distâncias, as nuvens sofrem com a força gravitacional da Via Láctea e são fortemente deformadas, tanto que ambas são classificadas como irregulares, apesar de terem evidências de uma barra – estrutura central que mudaria essa classificação. Mas a recíproca é verdadeira e alguns estudos tentam mostrar que a interação das nuvens com o gás da Via Láctea produz surtos violentos de f