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Cinquenta Exoplanetas Novos Descobertos pelo HARPS

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A colheita de planetas mais rica obtida até agora inclui 16 novas super-Terras © ESO (ilustração da super-Terra HD 85512 b) O espectrógrafo HARPS montado no telescópio de 3,6 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, é o descobridor de planetas mais bem sucedido de todo o mundo. A equipe HARPS, liderada por Michel Mayor (Universidade de Genebra, Suíça), anunciou hoje a descoberta de mais de 50 novos exoplanetas que orbitam estrelas próximas, incluindo 16 super-Terras. Este é o maior número de planetas deste tipo anunciado de uma só vez. As novas descobertas foram anunciadas num congresso científico internacional sobre Sistemas Solares Extremos, que juntou 350 especialistas de exoplanetas no Wyoming, EUA.  “A colheita de descobertas obtida pelo HARPS excedeu todas as expectativas e inclui uma população excepcionalmente rica em planetas do tipo super-Terra e do tipo de Netuno, que orbitam estrelas muito semelhantes ao nosso Sol. Mais ainda - os novos resu

O confisco de estrelas

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© Spitzer (Grande Nuvem de Magalhães) A Via Láctea possui um sistema de galáxias satélites que a acompanham na sua jornada pelo Universo. Desse séquito, duas galáxias se destacam: a Grande e Pequena Nuvens de Magalhães. Elas são muito difíceis de serem observadas do hemisfério norte, pois estão muito ao sul, tanto que os primeiros registros por observadores europeus são do final do século 15. Astrônomos persas, em posição mais favorável, já relatavam as duas nuvens por volta do ano 960. A Grande Nuvem de Magalhães está a 160 mil anos-luz de distância, enquanto a Pequena Nuvem está a uns 200 mil. Mesmo a essas distâncias, as nuvens sofrem com a força gravitacional da Via Láctea e são fortemente deformadas, tanto que ambas são classificadas como irregulares, apesar de terem evidências de uma barra – estrutura central que mudaria essa classificação. Mas a recíproca é verdadeira e alguns estudos tentam mostrar que a interação das nuvens com o gás da Via Láctea produz surtos violentos de f

Atmosfera dinâmica de anã marron

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© Jon Lomberg (ilustração de uma anã castanha) Uma equipe de astrônomos liderada por Jacqueline Radigan da Universidade de Toronto observou variações extremas no brilho de uma anã marron próxima que parecem indicar a existência de grandes tempestades na sua atmosfera. A anã marron é designada por 2MASS J21392676+0220226 (2MASS = Two Micron All-Sky Survey), é antiga e portanto teve tempo para se arrefecer substancialmente libertando grande parte do calor acumulado na sua formação. Os modelos teóricos mostram que as atmosferas destas anãs marrons frias deverá ser muito semelhante à dos Júpiteres Quentes. A explicação mais simples para estas variações de brilho consiste na formação de nuvens na atmosfera da anã marron que aumentam o seu albedo (refletividade) temporariamente. As nuvens formam-se quando pequenos grãos de poeira formados por silicatos e metais se condensam na atmosfera tórrida destes corpos. Outra explicação possível consiste na formação de zonas transparentes na atmosfera

Os Detritos Remanescentes da Supernova 1987A Começam a Brilhar

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Créditos da Imagem: NASA, ESA, and P. Challis (Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics) Usando o Telescópio Espacial Hubble, os astrônomos estão testemunhando a transição sem precedentes de uma supernova para a remanescente de uma supernova, onde a luz de uma estrela que explodiu em uma galáxia vizinha à nossa, a Grande Nuvem de Magalhães, alcançou a Terra em Fevereiro de 1987. Denominada de Supernova 1987A, ela foi a explosão de supernova mais perto da Terra testemunhada em quase 400 anos. A proximidade da supernova com a Terra, permite aos astrônomos estudarem em detalhe seu desenvolvimento. Agora, os detritos da supernova, que estavam apagados por anos, estão brilhando. Isso significa que uma fonte de energia diferente começou a iluminar os detritos. Os detritos da SN 1987A estão começando a se chocar com o anel ao redor, criando uma poderosa onda de choque que gera raios-X e que foram observados pelo Observatório de Raios-X Chandra, da NASA. Esses raios-X estão iluminando os d

Caça-planetas usará software brasileiro

A ESA (Agência Espacial Europeia, na sigla em inglês) está desenvolvendo, em parceria com o Brasil, a próxima geração de satélites caçadores de planetas. O projeto, denominado Plato, deve ser capaz de caracterizar de forma mais completa os sistemas planetários que descobrir --e encontrar muitas potenciais Terras ao longo do caminho. O satélite (cujo nome é a sigla de "trânsitos planetários e oscilações de estrelas") é uma versão aperfeiçoada dos dois atuais caçadores de planetas, o Corot (europeu) e o Kepler (americano).  "Ele será capaz de detectar e caracterizar planetas de todos os tipos, inclusive telúricos [rochosos] na zona habitável", disse Eduardo Janot Pacheco, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, durante a reunião anual da Sociedade Astronômica Brasileira, nesta semana. "Isso é uma coisa que o Corot não faz, e o Kepler deve acabar fazendo, mas só daqui a uns três anos." NACIONAL O envolvimento de cientistas na

Após adiamento, Nasa lança sondas para explorar os mistérios da Lua

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Foguete com satélite GRAIL é lançado do Cabo Canaveral, na Flórida.Foto: AP A Nasa lançou com sucesso na manhã deste sábado o laboratório ambulante Grail, que deverá estudar o interior e o campo gravitacional da Lua. As sondas do laboratório devem chegar ao satélite até o fim do ano e, depois de alguns meses de manobras para entrar em órbita, terá 82 dias para estudar os polos lunares. "Foram lançadas do (foguete) Delta II, como parte da missão GRAIL (sigla em inglês de Recuperação da Gravidade e Laboratório Interior) para estudar o centro da Lua", disse o comentarista da Nasa George Diller, ao confirmar o lançamento. A missão é composta por duas sondas que proporcionarão imagens em raios X da crosta e do núcleo da Lua, com as quais a Nasa espera conhecer mais sobre a estrutura sob a superfície e sua composição. Os cientistas esperam determinar se o núcleo da Lua é sólido, líquido ou uma combinação de ambas as coisas, e quais elementos ela contém. Em geral, a Lua tem cerca d

Formação Rochosa Tisdale 2 em Marte

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Créditos e direitos autorais : Mars Exploration Rover Mission, Cornell, JPL, NASA O que faz essa rocha de Marte ter tanto zinco? Com a forma e o tamanho aproximado de uma mesa, essa rocha estranhamente plana e coberta com material brilhantes foi registrada algumas semanas atrás pela sonda robô da NASA que explora o planeta Marte, a Opportunity. No começo do mês de Agosto de 2011, a Opportunity alcançou a cratera Endeavour, a maior feição na superfície de Marte, já visitada por uma sonda, e a sonda está agora explorando o anel da cratera Endeavour atrás de pistas que indiquem o quanto o planeta Marte era úmido bilhões de anos atrás. A foto acima mostra a rocha denominada de Tisdale 2, a rocha de estrtura pouco comum foi pesquisada em detalhe pela sonda Opportunity poucos dias atrás e agora acredita-se que ela seja uma parte remanescente do material ejetado durante o impacto que gerou a cratera Odyssey. O resultado da análise química realizada na Tisdale 2 mostrou, contudo, que ela tem

Astrônomos descobrem planeta que ainda não pode ser visto da Terra

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Kepler-19c foi encontrado pela influência que tem na órbita de um vizinho. Netuno foi descoberto com uma lógica parecida no século 19. Concepção de um artista de como seria o planeta Kepler-19c (Ilustração: David A. Aguilar (CfA)) Astrônomos divulgaram a descoberta de mais um planeta distante, feita com dados obtidos pela sonda Kepler. Até aí, nenhuma surpresa, já que essa é a missão do observatório espacial da Nasa. A particularidade desse planeta, batizado de Kepler-19c, é que ele ainda não pôde ser visto. O planeta foi encontrado porque seu vizinho, o planeta Kepler-19b, apresenta uma órbita irregular. Girando em torno da estrela Kepler-19, ele não se movia na velocidade prevista pelos cientistas; ora ia mais rápido, ora mais devagar. A única explicação para a translação incomum é a presença de um outro planeta a reboque, ainda que ele não possa ser visto. Esse sistema solar fica a cerca de 650 anos-luz do nosso.  “Esse planeta invisível se fez aparecer por sua influência sobre o pl

Cometa Garradd e o Asterismo do Cabide

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Créditos e direitos autorais : Rogelio Bernal Andreo Vagando pelo céu noturno da Terra, no último final de semana o Cometa Garradd, ou C/2009 P1, visitou esse interessante campo de estrelas ao longo da Via Láctea na constelação de Vulpecula. Orientado de maneira sugestiva, a paisagem estelar colorida apresenta as estrelas do asterismo conhecido como Cabide, com a cauda do cometa apontando na direção sudeste. Também conhecido como aglomerado de Al Sufi, o Cabide propriamente dito é só um alinhamento curioso de estrelas e não um aglomerado de estrelas relacionadas. Mas não fique triste se ele não é um aglomerado, na mesma imagem, um pouco a direita do Cabide e perto da borda da foto, está o aglomerado aberto de estrelas NGC 6802. Abaixo ainda da visibilidade a olho nu, mas se aproximando da magnitude 7, em brilho, o Cometa Garradd é um excelente alvo para binóculos e telescópios de pequeno porte. Durante essa semana com o céu noturno iluminado pela Lua, a sua identificação fica ainda mai

Nasa descobre 'fase tardia' nas explosões solares

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Nova fase, presente em 15% das erupções solares, pode ajudar a prever fenômeno que explode rumo à Terra A Nasa (agência espacial americana) informou que 15% das explosões solares têm distintas "fases de labareda tardia" que não tinham sido observadas e que podem ajudar a prever o fenômeno que explode rumo à Terra desde o Sol. O Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês) da Nasa analisou 191 explosões solares desde maio de 2010 e descobriu que algumas das erupções têm uma fase tardia alguns minutos ou horas depois de começar, além de produzirem muito mais energia no espaço do que se acreditava até então.  "Estamos começando a ver todo tipo de coisas novas. Vemos um grande aumento nas emissões, desde meia hora a várias horas depois (da origem da explosão) que às vezes é maior que a emissão das fases originais da labareda", disse Phil Chamberlin, subdiretor cientista do projeto do SDO. Chamberlin explicou que foram registrados casos nos quais, se fossem