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Do que o universo é feito?

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Imagine que você queira determinar a massa de uma casa e seu conteúdo. Você escolhe a casa e define uma escala enorme. Digamos que, após medir, você tenha descoberto que a massa total gira em torno de 45.000 kg. Agora imagine que você queira ver quanto cada item da casa contribui para a massa total da mesma. Você remove um item de cada vez e o insere na escala. Você pode até mesmo eliminar todo o ar para medir o total de sua massa. Agora digamos que a massa dos objetos individuais, incluindo o piso, parede e telhado da casa, totaliza cerca de 2.200 kg.  O que você pensaria? Como você explicaria essa discrepância nas massas? Você concluiria que há algum material que não esteja sendo visto na casa que a torna tão pesada? Nos últimos 40 anos, esse é exatamente o dilema que os astrônomos têm enfrentado ao tentarem determinar os blocos de construção do universo. Antes disso, eles acreditavam que o universo continha matéria normal – tudo o que você pode ver. Ao longo do cosmos há bi

Alinhamento raro do Sol e da Lua precedeu naufrágio do Titanic

Fenômeno pode ter elevado marés e colaborado para a abundância de icebergs na rota da embarcação A colisão do Titanic com um iceberg em 1912 pode ter sido consequência de um raro alinhamento do Sol e da Lua ocorrido mais de quatro meses antes, segundo um artigo publicado na edição de abril da revista "Sky & Telescope".  Aproveitando a renovada fascinação em torno do naufrágio do transatlântico, pela proximidade do centenário do acidente no qual morreram aproximadamente 1,5 mil pessoas, os astrônomos da Universidade Estadual do Texas Donald Olson e Russell Doescher explicaram sua hipótese sobre a abundância de icebergs na rota da embarcação. Na noite do dia 14 de abril de 1912, o navio, que segundo a publicidade da época "nem Deus era capaz de afundar", bateu em um iceberg e naufragou. Outras embarcações que responderam aos chamados de socorro encontraram na região do Atlântico Norte uma abundância incomum de icebergs.  Junto com a proliferação de reportagens

Conjunção Planetária Sobre as Ilhas Reunião

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Créditos de Imagem e Direitos Autorais: Luc Perrot Você não precisa estar nas Ilhas Reunião para ver essa conjunção planetária, a não ser que você queira ver além da conjunção dos planetas essa bela paisagem à beira mar. Para ver a conjunção de qualquer lugar no planeta olhe para o lado oeste do horizonte depois do pôr-do-Sol. O primeiro planeta que você notará é Vênus, o objeto mais brilhante da parte oeste do céu. Acima de Vênus estará o segundo objeto mais brilhante, Júpiter. O planeta mais difícil de notar é Mercúrio, que só é visível por um breve instante logo depois do pôr-do-Sol. Na imagem acima, em primeiro plano é possível ver as rochas que das Ilhas Reunião que levam ao Oceano Índico. A foto acima foi feita na semana passada, onde além dos planetas a Lua crescente também se juntou à bela conjunção planetária. Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap120307.html

Um encontro de galáxias

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Esta nova imagem obtida com o VLT Survey Telescope (VST) mostra uma enorme variedade de galáxias em interação no jovem enxame de galáxias de Hércules. Créditos: ESO/INAF-VST/OmegaCAM. Acknowledgement: OmegaCen/Astro-WISE/Kapteyn Institute   O VLT Survey Telescope (VST), instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, obteve imagens de um conjunto de galáxias em interação no enxame de galáxias de Hércules. A nitidez da nova imagem e as centenas de galáxias obtidas com grande detalhe em menos de três horas de observação, mostram bem a grande capacidade do VST, e da sua enorme câmara OmegaCAM, para explorar o Universo próximo. O enxame de galáxias de Hércules (também conhecido como Abell 2151) situa-se a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância na constelação de Hércules. Este enxame é claramente diferente de outras associações de galáxias próximas. Para além de apresentar uma forma bastante irregular, o enxame contém uma grande variedade de tipos de galáxias, em parti

NGC 2170: Natureza Morta Celeste

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Créditos e direitos autorais : Leonardo Julio & Carlos Milovic (Astronomia Pampeana) Esta é uma pintura ou uma fotografia? Nesta bela  natureza morta celeste composta com um pincel cósmico, a poeirenta nebulosa  NGC 2170 brilha perto do centro da imagem. Refletindo a luz de estrelas quentes vizinhas,  NGC 2170 é acompanhada de outra nebulosa de  reflexão azulada, uma região de  emissão avermelhada, muitas  nebulosas de absorção escuras e um pano de fundo de  coloridas estrelas . Da mesma forma que os objetos domésticos comuns, normalmente escolhidos como tema por  pintores de naturezas mortas , as nuvens de gás, poeira e estrelas quentes  retratadas acima também são comumente encontradas neste cenário: uma nuvem molecular de grande massa formadora de estrelas na constelação do  Unicórnio ( Monoceros ). A gigante  nuvem molecular , Mon R2 , está impressionantemente próxima,  estimada a apenas 2.400 anos-luz de distância, mais ou menos. A essa distância, esta  tela m

Importante pista descoberta para Origens de supernovas do tipo Ia

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Este mosaico de imagens mostra 99 das quase 4.000 anãs brancas que Badenes e seus colegas examinaram. Dos mil e quatro, eles encontraram quinze duplas anãs brancas. (Crédito: Badenes Carles ea equipe SDSS-III) A origem de um importante tipo de explosão estelar – a supernova Ia – foi descoberta, por um equipe da Universidade de Pittsburgh. O estudo desse tipo de supernova ajuda os pesquisadores a quantificar dados sobre as galáxias e outras descobertas astronômicas. O investigador líder do estudo, Carlos Badenes, detalhou as formas com que imagens multicoloridas foram usadas para determinar que tipos de estrelas produzem o tipo Ia de supernovas.  “Nós sabíamos que duas estrelas precisam estar envolvidas nesse tipo de explosão, e que uma precisava ser uma anã branca”, afirma Dan Maoz, coautor do estudo. “Mas existiam duas possibilidades para a identidade da outra estrela, e é isso que nós procurávamos”. De acordo com Badenes, a segunda poderia se uma “estrela normal”, como o sol,

Exploração em Marte

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Cientistas propõem novos locais para pouso   Foram anos de intenso debate para peneirar as dezenas de locais com potencial de pouso em Marte para o Curiosity, veículo robótico da Nasa, até chegar a apenas um. Embora o veículo de US$ 2,5 bilhões não pouse na cratera Gale até agosto, cientistas já pensam onde pousar na próxima vez. Na quarta-feira, em seminário realizado em Herndon, Virgínia, 40 pesquisadores prepararam uma lista com dez locais de alta prioridade para futuras missões. Alguns considerariam prematuro planejar um veículo futuro, já que o Curiosity pode ser o último por muito tempo.  Há apenas duas semanas a Nasa anunciou sua retirada das missões definidas em conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA) em 2016 e 2018. A ESA declarou que está trabalhando com a Rússia para preencher as lacunas deixadas pela retirada dos Estados Unidos, mas nada foi decidido ainda. No entanto, os organizadores da oficina apressam o recolhimento de dados sobre os novos locais. A urg

Estudo sugere que Terra se formou de um “mix” de meteoritos

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O material a partir dos qual se formou a Terra poderá ser diferente daquilo que a comunidade científica até agora julgava. Um novo estudo sugere que o planeta nasceu de um grande número de colisões de meteoritos de diversos tamanhos e géneros . Levado a cabo por investigadores franceses e publicado na revista Science, o estudo quebra com a tese anterior segundo a qual, há 4500 milhões de anos, a Terra nasceu a partir do material que sobrou da formação do sol e que se agrupou ao redor de uma estrela recém-nascida. Material que, muito lentamente, foi formando grãos, depois rochas e, finalmente, um embrião planetário que foi atraindo ainda mais material até à formação da Terra. Julgava-se também que a maioria dos materiais que se foi fundindo neste embrião terrestre era muito similar e pertencente a uma categoria de meteoritos chamada condritos estantite. No entanto, o estudo dos geoquímicos franceses Caroline Fitoussi e Bernard Bourdon, que analisaram os isótipos de silício de am

Intensa erupção solar envia partículas na direção da Terra

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Clarão foi de classe X1.1, ou seja, uma mais poderosas erupções solares; expectativa é de que a onda de plasma e partículas alcance a Terra em dois ou três dias Imagem divulgada nesta segunda-feira pela Nasa mostra no canto superior esquerdo uma região em intensa erupção.Foto: Nasa/Divulgação Uma forte erupção na superfície do Sol, somada com a temporada de tempestades, enviou ondas de plasma e partículas que alcançarão a Terra, conforme informou nesta segunda-feira o Centro de Prognósticos Climatológicos Espaciais (SWPC). O SWPC, operado pelo Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos, indicou que o clarão foi de classe X1.1, o que significa que se trata de uma das mais poderosas das erupções solares. O fenômeno aconteceu à 1h13 desta segunda-feira. A expectativa é de que a onda de plasma e partículas solares alcance a Terra em dois ou três dias. As erupções solares interferem no campo magnético da Terra e as ondas, que obrigaram a mudar a rota de alguns aviões come

Arco-Iris na Nebulosa de Orion

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Crédito da imagem: NASA / ESA / JPL-Caltech / IRAM Apesar de estar a cerca de 1.500 anos-luz da Terra, a Nebulosa de Órion já foi descoberta há mais de 400 anos e muito já se estudou e observou sobre seu aspecto. Mesmo assim, telescópios da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) ainda revelam imagens fascinantes: a disposição de estrelas ainda em seu estágio de formação, no meio da nebulosa, dá origem a um luminoso “arco-íris”. A foto resultante, no entanto, é produto de dois equipamentos: o Telescópio Spitzer, da NASA, e o Telescópio Herschel, da ESA. Ambos foram equipados com lentes sensíveis a raios infravermelhos, o que permitiu capturar as cores em comprimentos de onda que uma câmera normal não consegue identificar. Dessa forma, os tons de azul que aparecem na foto foram registrados pelo Telescópio Spitzer, que captou comprimentos de onda entre 8 e 24 micra (o plural da unidade mícron), enquanto os tons de verde e vermelho são produto das lentes do