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Encontrada galáxia mais apagada no limite do universo visível

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Olhe bem para esta foto. Nela, há um objeto que surgiu quando o universo tinha cerca de 5% de sua idade atual, ou 800 milhões de anos. Se você está tendo dificuldade para encontrá-lo, é aquela manchinha verde quase no centro da foto. A foto tem falsas cores. O azul corresponde à luz visível, com comprimento de onda próximo de 500 nanometros (nm), o vermelho corresponde ao infravermelho próximo, com comprimento de onda de cerca de 920 nm, e o verde corresponde à onda mais estreita admitida pelo filtro de ondas estreitas, cerca de 968 nm, o que também corresponde a infravermelho. A foto foi feita com o instrumento chamado IMACS, no Telescópio Magalhães, instalado no Observatório Las Campanas, no Chile, e faz parte do Instituto Carnegie. Os astrônomos usaram uma técnica que deixa passar somente uma estreita faixa de infravermelho, selecionadno desta forma os objetos mais distantes. Assim, encontraram este objeto que tem redshift 7, entre outras galáxias distantes. Quem leu nossa matér

Experimento europeu reafirma teoria de Einstein

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CERN confirma que neutrinos não são mais rápidos que a luz, sepultando pesquisa anterior que colocava Teoria de Relatividade em xeque A colisão de átomos gera partículas subatômicas, como o neutrino (Hemera) O Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) confirmou nesta sexta-feira: os neutrinos não se deslocam mais rápido do que a luz. A declaração do CERN põe fim a uma discussão iniciada em setembro do ano passado, quando a equipe Ópera anunciou que alguns neutrinos haviam percorrido os 730 quilômetros superando ligeiramente (por 6 km/s) a velocidade da luz no espaço (cerca de 300.000 km/s), considerada até o momento um limite insuperável. Caso essa hipótese fosse confirmada, a física moderna teria que ser revista, inclusive a Teoria da Relatividade, que propõe que nenhum corpo com massa pode superar a velocidade da luz.  "Os neutrinos enviados do laboratório de Gran Sasso (Itália) respeitam o limite de velocidade cósmica", afirmou o diretor de pesquisa do CERN, Ser

Astros ardiam furiosamente no Universo jovem

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Dois painéis focalizando a constelação de Boieiro © NASA O brilho tênue e áspero emitido pelos primeiros objetos do Universo pode ter sido detectado com a melhor precisão de sempre, graças ao telescópio espacial Spitzer. Estes dois painéis mostram a mesma área do céu na constelação de Boieiro, denominada "Faixa Estendida Groth". A área coberta mede cerca de 1 por 0,12 graus. Estes tênues objetos podem ser estrelas muito massivas ou vorazes buracos negros. Estão demasiado longínquos para serem observados individualmente, mas o Spitzer recolheu evidências novas e convincentes do que parece ser o padrão coletivo da sua radiação infravermelha. As observações ajudam a confirmar que os primeiros objetos eram abundantes em quantidade e que queimaram furiosamente combustível cósmico. "Estes objetos eram tremendamente brilhantes," afirma Alexander "Sasha" Kashlinksy do Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano de Maryland, autor pr

Buracos negros mudam de marcha

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Buraco negro em primeira marcha (esquerda), e em segunda marca (direita), alterando entre a emissão de jatos e a emissão de raios X.[Imagem: P. Jonker/Rob Hynes] Feixe de raios ou jatos Buracos negros são "motores" muito eficientes e de altíssima potência, que não apenas engolem matéria, mas também devolvem um monte de energia para o Universo em troca da massa que consomem. Esse retorno de energia pode vir na forma de fortes feixes de raios X ou de jatos muito poderosos. Embora o papel desempenhado pelos feixes de raios X seja mais difícil de aferir, os jatos de material emitidos quase à velocidade da luz podem fazer com que nuvens de gás comecem a formar estrelas, ou podem formar gigantescas bolhas de calor nos aglomerados de galáxias. Mas essa diferença de comportamento, que aparentemente indica a existência de dois tipos diferentes de buracos negros, vem desafiando os astrônomos há muito tempo. Nos últimos anos, observações mostraram que haveria uma conexão entr

Anãs-castanhas são mais raras do que se pensava

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Por cada seis estrelas brilhantes nas vizinhanças do Sol, só existe uma destas estrelas falhadas, 15% do que admitia até agora. Este gráfico em inglês mostra a dimensão relativa dos vários objetos Fotografia © NASA A análise de imagens do telescópio WISE (Wide-Field Infrared Survey Explorer), da NASA, mostra que a quantidade de anãs-castanhas nas vizinhanças do Sol é inferior ao que se pensava. A conclusão pode ter implicações nas teorias sobre a formação de estrelas. Segundo as estimativas anteriores, haveria tantas anãs-castanhas como estrelas de outros tipos, mas os investigadores dizem agora que a proporção é de apenas uma para seis estrelas normais. As anãs-castanhas são consideradas estrelas falhadas e têm baixa luminosidade, pelo que foram descobertas há menos de duas décadas. Estão geralmente associadas a sistemas binários e podem ter massas de até 75 vezes a de Júpiter. A partir desse limite, há massa suficiente para ocorrer a fusão de hidrogénio no núcleo e forma-

Buracos negros gigantes podem estar à deriva no espaço

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Monstros cósmicos teriam sido expulsos do núcleo de galáxias em processo de fusão Buracos negros com milhões e até bilhões de vezes a massa do Sol podem estar flutuando à deriva na escuridão do espaço intergaláctico, viajando a velocidades de até milhões de quilômetros por hora. Estes gigantescos monstros cósmicos teriam sido expulsos do núcleo de galáxias por poderosas ondas gravitacionais durante seu processo de fusão, indica estudo feito com base em dados do observatório espacial de raios x Chandra, da Nasa.  É difícil acreditar que um buraco negro supermaciço com milhões de vezes a massa do Sol possa ser movido, muito menos expulso de uma galáxia a velocidades enormes – diz Francesca Civano, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA) e principal autora do estudo, que será publicado no próximo dia 10 no “The Astrophysical Journal”. - Estes novos dados, no entanto, apoiam a ideia de que as ondas gravitacionais, fissuras no tecido do espaço-tempo previstas por Albert Ein

O que fazer se um asteroide vier contra a Terra?

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Atacar um corpo celeste com armas nucleares parece ser a melhor opção para nos livrarmos de uma rocha espacial em rota de colisão com o nosso planeta. Armas nucleares, quem diria, poderão salvar a vida dos terráqueos (Fonte da imagem: ShutterStock)   O tema é comum nas produções de Hollywood: um meteoro enorme se aproxima da Terra e os humanos serão extintos, como foram os dinossauros, milhões de anos atrás. A partir dessa premissa, sucessos como “Armagedom” e “Impacto Profundo” abusam dos dramas pessoais das personagens até o momento em que a ameaça (ou o planeta) é destruída. Porém, o que poucos sabem é que, aqui na Terra, há pessoas cujos trabalhos envolvem encontrar a solução para uma situação semelhante na vida real. Em outras palavras, estamos falando não de cientistas que catalogam asteroides, mas que tentam encontrar maneiras de nos salvar deles.  Um desses profissionais é Robert Weaver, do Laboratório Nacional de Los Alamos (LANL). E como o disparo de mísseis e o l

Cosmólogos vêem nascimento do Universo

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Os cientistas usaram uma simulação de computador para prever o que o Universo jovem teria aparecido como 500 milhões de anos após o Big Bang . (Crédito: Cortesia da imagem da Universidade de Durham ) As imagens, produzidas por cientistas na Universidade Durham, no Reino Unido, mostram “o advento cósmico” – a formação das primeiras grandes galáxias do universo quando ele tinha apenas 500 milhões de anos. O advento cósmico começou quando grandes estrelas eram destruídas, logo após o big bang. As galáxias se formavam do resto dessas estrelas. As pesquisas conseguiram determinar, através de cálculos, quando e como essas galáxias apareceram, e toda a sua evolução até hoje, 13 bilhões de anos depois. Os cientistas esperam que suas descobertas os ajudem a conhecer mais sobre a “matéria escura”, substância misteriosa que, teoricamente, constitui 80% do universo. A força gravitacional produzida pela matéria escura é essencial para a formação das galáxias. E, estudando seus efei

Gás metano encontrado em Marte não é indicativo de vida no planeta

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Estudo publicado esta semana na 'Nature' defende que o metano encontrado no planeta vermelho é originado de irradiações ultravioletas de meteoritos Estudo publicado nesta quarta-feira mostra que descoberta de gás metano em Marte não é um indicativo de vida no planeta (Nasa) A descoberta de gás metano (CH4) em Marte, há nove anos, causou grande entusiasmo na comunidade científica. Muitos viram a presença desse gás como uma clara evidência de vida no planeta, já que na Terra o metano é produzido predominantemente por processos biológicos, como a decomposição de matéria orgânica. Projeções calculam que atualmente exista entre 200 a 300 toneladas de metano em Marte. Outros pesquisadores indicaram que o gás é resultado de processos geológicos como os vulcões. Nenhuma dessas hipóteses foi claramente comprovada até agora. Um grupo de pesquisadores do Instituto Max Planck em Mainz, na Alemanha, e das universidades de Utrecht e Edimburgo, trouxe uma nova explicação para a presen

Transição de Vênus pelo Sol ajudará a entender novos planetas

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Astrofísico Adam Riess, vencedor do último Prêmio Nobel de Física, observou o fenômeno em Washington. Foto: Carla Ruas/Especial para Terra A passagem do planeta Vênus entre o Sol e a Terra, visível nesta terça, dia 5, no hemisfério norte, é uma oportunidade única para cientistas aprenderem sobre planetas extra-solares recentemente descobertos. O fenômeno de alinhamento entre os corpos celestes, que durou cerca de 10 horas, possibilita que astrônomos testem métodos de observação de um planeta contra a luz de uma estrela. Desde o ano 2000, através do telescópio Kepler, foram descobertos pelo menos 2321 novos planetas na galáxia, que transitam em torno de estrelas semelhantes ao Sol. Mas, segundo o Nobel de Física Adam Riess, sabe-se muito pouco sobre as características físicas e químicas destes novos astros. "Se pudermos medir a densidade destes planetas poderemos, por exemplo, identificar se são sólidos ou gasosos", afirmou em entrevista ao Terra durante evento da Unive