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Veja o resultado de uma gigantesca explosão estelar

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A uma distância que a luz demora 10 mil anos para percorrer, uma estrela massiva “morreu” de modo espetacular, e os resultados desse evento foram registrados recentemente (o que vemos é um “retrato do passado”, já que a luz demora para chegar de lá até nós) por dois telescópios da Agência Espacial Europeia. A supernova W44 estava localizada na constelação Aquila e, em seu lugar, está uma estrela de nêutrons (ou pulsar), denominada PSR B1853+-1 (na imagem abaixo, um ponto azul brilhante). Nos arredores, há nuvens de gás com milhões de graus Celsius, onde novas estrelas estão em formação. Os restos da W44 estão entre os melhores exemplos de interação desse tipo de material com as nuvens que deram origem à estrela. Para obter um retrato detalhado, foi usado um telescópio infravermelho (o Observatório Espacial Herschel, o maior do tipo já lançado no espaço) e um capaz de captar raios-X (o XMM-Newton). Em seguida, as imagens foram unidas. De acordo com pesquisadores da Agência Espa

Matéria escura e o destino do universo

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De acordo com essa linha do tempo, a expansão do universo está acelerando.NASA/Equipe de ciência da WMAP Quando os astrônomos Margaret Geller e Emilio E. Falco delinearam as posições das galáxias e dos aglomerados galácticos no universo, ficou claro que esses objetos não foram distribuídos aleatoriamente. Ao contrário, foram agrupados em longos filamentos (paredes) intercalados com espaços vazios (lacunas), dando, assim, ao universo uma estrutura semelhante à teia de aranha . Como essa estrutura se formou? O que a mantém unida? A teoria do Big Bang sobre a formação do universo afirma que o universo primitivo passou por uma enorme expansão e que ainda hoje está se expandindo. A única explicação para esse tipo de estrutura é que a gravidade está fazendo algumas dessas galáxias se agruparem em paredes ou filamentos. Para a gravidade unir essas galáxias, deve haver uma quantidade bem grande de massa deixada pelo Big Bang, particularmente massa invisível (ou seja, a matéria esc

Planeta anão Makemake não tem atmosfera

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Mundo gélido distante revela pela primeira vez os seus segredos Esta impressão artística mostra a superfície do distante planeta anão Makemake.Créditos: ESO/L. Calçada/Nick Risinger (skysurvey.org) Os astrónomos utilizaram três telescópios nos observatórios do ESO, no Chile, para observar o planeta anão Makemake, no momento em que este passou em frente a uma estrela distante, bloqueando assim a radiação emitida pela estrela. As novas observações permitiram verificar pela primeira vez se o planeta se encontra rodeado por uma atmosfera. Este mundo frígido tem uma órbita que o leva ao Sistema Solar exterior e pensava-se que teria uma atmosfera como a de Plutão. No entanto, verificou-se agora que tal não é o caso. Os cientistas mediram também pela primeira vez a densidade de Makemake. Os novos resultados serão publicados na revista Nature a 22 de novembro de 2012. O planeta anão Makemake tem cerca de dois terços do tamanho de Plutão e viaja à volta do Sol numa órbita distante,

Como funciona a matéria escura

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O telescópio espacial Hubble conseguiu captar essa visão "mais profunda" do universo.NASA/Robert Williams e a equipe do campo profundo de Hubble Ao olhar para cima, à noite, você consegue ver inúmeras estrelas espalhadas pelo céu. Quando os astrônomos conseguem um alcance mais profundo do universo com telescópios poderosos, eles vêem muitas galáxias, organizadas em grandes aglomerados e outras estruturas. Isso pode levar você a acreditar que o universo é formado principalmente de galáxias, estrelas, gases e poeira - coisas que você consegue enxergar. Entretanto, a maioria dos astrônomos acredita que a matéria visível forma apenas uma pequena fração da massa do universo. A maior parte dele é feita de matéria que não conseguimos ver - chamada matéria escura. O que exatamente é a matéria escura? Como podemos detectá-la? Que importância ela tem no universo como um todo?   O que é matéria escura? A matéria escura não pode ser vista por astrônomos com telescópios. El

Phobos, a lua condenada de Marte

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Marte é um planeta muito popular. Ele faz as manchetes tantas vezes, que nós até nos esquecemos de outros elementos interessantes, como sua lua Phobos, por exemplo. O planeta vermelho leva o nome do deus romano da guerra, e suas duas pequenas luas, Phobos e Deimos, têm nomes derivados do grego que significam “medo” e “pânico”, respectivamente. Um belo conjunto assustador. Segundo estudos, as luas marcianas podem ser na verdade asteroides capturados pela atração do planeta, originários do cinturão de asteroides que fica entre Marte e Júpiter, ou talvez originários de locais ainda mais distantes do sistema solar. Observações anteriores de Phobos em comprimentos de onda visível e em infravermelho sugeriram a possível presença de condritos carbonados. Os cientistas pensam que esse material rico em carbono, rochoso, que sobrou da formação do sistema solar, é o que origina os asteroides do chamado “cinturão principal” entre Marte e Júpiter. Porém, outras teorias também levantam a po

A irresistível influência magnética de um buraco negro

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O ambiente em torno de um buraco negro é uma verdadeira bagunça que os pesquisadores ainda não compreendem direito. Agora, graças a um novo estudo das Universidades Stanford e Princeton (ambas nos EUA), a “confusão” toda faz um pouco mais de sentido. Usando modelos tridimensionais baseados em simulações, os pesquisadores Jonathan McKinney, Alexander Tchekhovskoy e Roger Blandford mostraram como o acúmulo de forte campo magnético em buracos negros pode explicar os jatos de plasma que voam para fora de alguns deles. A simulação de computador mostra como o spin (“giro”) de um buraco negro pode alinhar com o material em forma de disco que o orbita, bem como com os jatos super-rápidos que voam para fora do mesmo. Buraco negro e campos magnéticos Os pesquisadores já tinham observado que buracos negros com discos finos tendiam a se alinhar (o disco se alinhava com o eixo de rotação do buraco negro), devido ao efeito Bardeen-Petterson (forças viscosas que causam o fluxo do disco a s

Nêmesis e a hipotética possibilidade do Segundo Sol

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Arte: Gráfico mostra a hipotética órbita de Nêmesis dentro do Sistema Solar. Créditos: Apolo11.com. A olho nu não se percebe, mas estima-se que uma em cada três estrelas da Via Láctea tenha uma companheira. Se o número estiver correto, nosso Sol faria parte de uma minoria de estrelas. No entanto, algumas teorias afirmam o contrário e uma pequena estrela-irmã também estaria orbitando nosso Sol. Em 1980, astrofísicos estadunidenses levantaram pela primeira vez a hipótese de que o Sol também teria uma companheira, o que tornaria o Sistema Solar um sistema duplo de estrelas, a exemplo de Alpha Centauro. Essa hipotética companheira foi batizada de Nêmesis. Segundo Sol Segundo a hipótese, Nêmesis seria uma estrela pequena e escura do tipo anã marrom, com uma orbita milhares de vezes mais distante que Plutão e que levaria pelo menos 26 milhões de anos para completar uma revolução ao redor do Sol. De acordo com alguns estudos, essa longa periodicidade faria a estrela atravessar

Velocidade de dobra é mais factível do que se imaginava

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Se a teoria estiver correta, o primeiro desafio a vencer é descobrir como produzir "energia negativa", necessária para contrair e expandir o tecido do espaço-tempo. [Imagem: NASA] Viagens interestelares Um evento chamado "Espaçonave Interestelar em 100 Anos" parece ser o lugar ideal para quem quer discutir ideias mirabolantes para o futuro da exploração espacial. Mas não exatamente o lugar onde procurar ideias para colocar em prática a curto prazo. É por isso que está causando furor uma apresentação feita pelo cientista Harold White, do Centro Espacial Johnson, da NASA, durante o evento. White propôs nada menos do que um experimento de laboratório, a ser realizado nos próximos meses, para demonstrar que as viagens espaciais acima da velocidade da luz são possibilidades com um nível de "concretude" muito além do imaginado até agora - ou, também se poderia dizer, são "menos impossíveis" do que se supunha. As viagens espaciais interestelare