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Estrelas que o vento apagou

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Gás soprado por explosões estelares interrompeu crescimento de galáxias anãs Fornax, no alto da página: uma das 26 galáxias anãs que orbitam a Via Láctea Há algo misterioso sobre a evolução das galáxias anãs. Os astrônomos observam um número muito menor desses pequenos aglomerados de estrelas do que prevê a teoria atual de como o Universo se formou a partir de uma explosão ocorrida há 13,7 bilhões de anos, o Big Bang. Por essa razão, acredita-se que ou há algo de errado com essa teoria – opção cada vez menos aceita pelos especialistas –, ou algo aconteceu durante a formação dessas galáxias que as deixou tão vazias de estrelas que nem os mais poderosos telescópios conseguem observá-las. Em um trabalho recém-aceito para publicação na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, um grupo de astrônomos brasileiros apresenta resultados que fortalecem a segunda hipótese e detalham um possível mecanismo que teria impedido algumas galáxias anãs de produzirem estrelas em

A Estrela Supermassiva Eta Carinae

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Um imenso par ondulante de nuvens de gás e poeira é registrado nessa impressionante imagem feita pelo telescópio espacial Hubble da NASA da estrela supermassiva Eta Carinae . Usando uma combinação de técnicas de processamento de imagens (sobreposição de imagens, subamostragem e deconvolução), os astrônomos criaram uma das imagens de mais alta resolução de um objeto estendido já produzida pelo Hubble. A imagem resultante revela detalhes impressionantes. Mesmo apesar da Eta Carinae estar a mais de 8000 anos-luz de distância da Terra, estruturas com somente 10 bilhões de milhas de diâmetro (ou seja, algo em torno do diâmetro do nosso Sistema Solar) podem ser distinguidas. Linhas de poeira, condensações e estranhas listras radiais aparecem com uma clareza sem precedentes. A Eta Carinae foi observada pelo Hubble em Setembro de 1995 com a Wide Field Planetary Camera 2 (WFPC 2). As imagens feitas através dos filtros vermelho e do infravermelho próximo foram combinadas de forma subseq

20 incríveis missões lunares

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Nos últimos 50 anos, a humanidade enviou quase 100 missões espaciais à lua. Embora nem todas elas tenham sido bem sucedidas, elas tornaram o nosso satélite o lugar mais explorado do sistema solar – depois do nosso planeta, é claro. A mais recente missão de exploração lunar é a GRAIL, da NASA, um conjunto de duas espaçonaves robóticas que foi lançado ao espaço no último sábado, dia 10 de setembro. Enquanto a missão não volta com novidades sobre nosso vizinho celestial – que ainda permanece repleto de mistérios – confira outros destaques entre as missões da humanidade rumo à Lua: 1 – Luna 2 O programa Luna foi criado na União Soviética e lançou diversas missões espaciais não tripuladas à lua. Enquanto a Luna 1 chegou bem perto de nosso satélite, a Luna 2 foi o primeiro objeto feito pelo homem a entrar em contato com outro corpo planetário. A nave esférica foi lançada no dia 12 de setembro de 1959 e caiu na lua dois dias depois. 2 – Luna 3 Outra missão soviética na li

Telescópio tenta capturar luz do Big Bang

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Pesando quase três toneladas, o telescópio foi lançado ao espaço na Antártica, suspenso por um balão do tamanho de um estádio de futebol - foram necessárias duas carretas de gás para enchê-lo. [Imagem: Asad Aboobaker/Columbia University] Fiat Lux Um telescópio levado aos limites do espaço por um balão está tentando capturar a luz do momento da criação do Universo. O objetivo do EBEX (E and B EXperiment) é registrar resquícios da radiação emitida pelo Big Bang - fótons emitidos quando o Universo tinha apenas 380.000 anos de idade. O telescópio está capturando fótons não de luz visível, mas de radiação na faixa das micro-ondas, que compõem a chamada radiação cósmica de fundo - mais precisamente, ele está tentando capturar a polarização desses fótons. Pesando quase três toneladas, o telescópio foi lançado ao espaço na Antártica, suspenso por um balão do tamanho de um estádio de futebol. Modelo cosmológico inflacionário A maioria dos cosmologistas concorda que o Universo co

Como serão as primeiras fotos de buracos negros

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Esta imagem é a melhor previsão teórica das observações de Sgr A *, o buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia Ninguém jamais viu um buraco negro , e jamais vai ver por que, tecnicamente falando, não há nada para ver: buracos negros não emitem um único fóton (partícula de luz). Mas se o buraco negro não emite fótons, o mesmo não acontece com seu entorno. Se houver matéria caindo no buraco negro, ela forma um disco, chamado de disco de acreção. Neste disco, a matéria descreve uma trajetória em forma de espiral, aproximando-se cada vez mais do horizonte de eventos – o limite exterior do buraco negro, por assim dizer. À medida que a matéria vai se aproximando, vai aquecendo. Nas proximidades do buraco negro, ela aquece tanto que brilha não mais como luz visível, nem como ultravioleta, mas como raio-X e rádio. E são estas emissões que o Event Horizon Telescope, EHT, capta. Combinando vários radiotelescópios, inclusive alguns que estão em construção, o EHT terá a capac

O Sol como você nunca viu antes

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A colagem mostra a riqueza de informações que instrumentos adequados podem gerar - cada imagem dá informações sobre uma região ou um comportamento específico do Sol.[Imagem: NASA/SDO/Goddard Space Flight Center] Um Sol, muitas personalidades Você nunca poderá ver o Sol diretamente, porque isso danificaria irremediavelmente as células da sua retina. Mesmo uma câmera comum, com um filtro apropriado, não lhe daria mais do que uma imagem do disco amarelo característico da nossa estrela, que poderá aparecer um pouco mais avermelhado se ele estiver baixo no horizonte - o caminho maior que a luz percorre na atmosfera terrestre faz com que ela perca seus componentes azuis. Mas os sensores do telescópio SDO (Solar Dynamics Observatory, Observatório da Dinâmica Solar) podem ver a luz do Sol de inúmeras formas diferentes. O Sol emite luz em uma gama muito ampla de comprimentos de onda, ou frequências, que incluem, além da luz visível, infravermelha, ultravioleta e até raios X, apenas par

Universo resfriando como a Teoria do Big Bang previu

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Astrônomos usaram o Telescope Compact Array da CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation – Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth), próximo a Narrabri, Austrália para medir a temperatura de uma nuvem de gás e poeira a uma distância que corresponde aproximadamente à metade da idade do universo. Basicamente, o que eles fizeram foi encontrar um gás em uma galáxia a 7,2 bilhões de anos-luz de distância. Estando afastada de estrelas e outras fontes de calor, a única coisa que aquece esta nuvem é o calor do Big Bang, o mesmo da radiação cósmica de fundo. Por sorte, há um quasar, PKS 1830-211, por trás da nuvem de gás. Ondas de rádio do quasar atravessam a nuvem, interagindo com suas moléculas. O resultado é uma mudança no espectro luminoso do quasar – parte da energia é absorvida. Esta marca deixada no espectro luminoso é usada para calcular a temperatura da nuvem de gás. O valor encontrado foi de 5,08 Kelvin, ou -267,92 °C. Uma temp

Estrela Betelgeuse prestes a explodir

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© Herschel (arco ao redor da estrela Betelgeuse) Os múltiplos arcos revelados na imagem que mostra Betelgeuse, a supergigante vermelha mais próxima da Terra, indicam que a estrela está se encaminhando para uma poderosa supernova, explosão que ocorre quando a vida de uma estrela massiva chega ao fim. A agência espacial europeia (ESA) registrou o processo de destruição com o telescópio espacial Herschel. A estrela Betelgeuse, também chamada de Alfa Órion, é cerca de mil vezes maior que o Sol e tem um brilho aproximadamente 100 mil vezes mais forte. Localizada na constelação de Órion, pode ser vista a olho nu no céu noturno como uma estrela de cor vermelho-alaranjada à esquerda das chamadas Três Marias, que formam o cinturão da constelação de Órion. Betelgeuse marca o ombro direito do caçador. A recém-divulgada imagem infravermelha mostra como os ventos da estrela estão colidindo contra o meio estelar em seu entorno, criando um choque em arco enquanto a supergigante se move pel

Os buracos negros constroem sua moradia?

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© ESO (quasar HE0450-2958) O que vem primeiro, os buracos negros supermassivos que devoram matéria freneticamente ou as enormes galáxias nas quais eles residem? Um novo cenário surgiu de um conjunto de observações extraordinárias feitas de um buraco negro sem casa: os buracos negros podem estar construindo a sua própria galáxia hospedeira. Este pode bem ser o elo perdido, há muito procurado, que explica porque razão é que as massas dos buracos negros são maiores em galáxias que contêm maior número de estrelas. A questão do ‘ovo e da galinha’ relativamente a saber se é a galáxia ou o seu buraco negro que se forma primeiro é um dos assuntos mais debatidos na astrofísica moderna,” diz o autor principal David Elbaz. “O nosso trabalho sugere que os buracos negros supermassivos podem desencadear a formação estelar, ‘construindo’ desse modo as suas próprias galáxias hospedeiras. Esta descoberta poderá também explicar porque é que as galáxias que albergam buracos negros têm mais estrela

Incendiando a escuridão

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Uma nova imagem obtida pelo telescópio APEX, Atacama Pathfinder Experiment, mostra uma bela vista de nuvens de poeira cósmica na região de Orion. Embora estas nuvens densas interestelares pareçam escuras em imagens obtidas no visível, a câmera LABOCA do APEX consegue detectar o calor emitido pelos grãos de poeira e revelar os locais secretos onde novas estrelas estão se formando. No entanto, uma destas nuvens escuras não é o que parece.  No espaço, nuvens densas de gás e poeira cósmica são os locais onde nascem novas estrelas. Na radiação visível, a poeira aparece-nos escura e obscurante, escondendo as estrelas que estão por trás. Tanto que, quando o astrônomo William Herschel observou uma destas nuvens na constelação do Escorpião em 1774, pensou que era uma região sem estrelas e teria até exclamado "Existe de fato aqui um buraco no céu! De modo a compreender melhor a formação estelar, os astrônomos utilizam telescópios que podem observar a maiores comprimentos de onda, tais