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Afinal o que é matéria escura e energia escura?

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A matéria escura e a energia escura são soluções propostas para explicar alguns fenômenos gravitacionais, e, até onde sabemos, são coisas distintas. Embora juntas respondam por mais de 95% do nosso universo, só sabemos de sua existência por meios indiretos, observando seus efeitos sobre o universo e tentando deduzir suas propriedades a partir deles.   Matéria escura A matéria escura foi proposta nos anos 1930 por Fritz Zwicky para explicar a diferença entre a massa gravitacional e a massa luminosa de aglomerados de galáxias (Fritz Zwicky estava trabalhando com curvas de rotação de galáxias). A massa gravitacional de um objeto é determinada pela medida da velocidade e raio da órbita de seus satélites, um processo igual à medição da massa do sol usando a velocidade e distância radial dos planetas. A massa luminosa é determinada pela soma de toda luz e convertendo este número em uma estimativa de massa, baseado na nossa compreensão sobre como as estrelas brilham. Esta comparaçã

Medição precisa de distância resolve grande mistério astronómico

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Impressão de artista do binário SS Cygni. Crédito: Bill Saxton, NRAO/AUI/NSF   Os astrónomos resolveram um grande problema na sua compreensão de uma classe de estrelas que sofrem erupções regulares, medindo com precisão a distância de um famoso exemplo do género. Os cientistas usaram o VLBA (Very Long Baseline Array) do NSF (National Science Foundation) e a EVN (European VLBI Network) para localizar com precisão um sistemas variáveis dos mais observados do céu - uma estrela dupla chamada SS Cygni - a 370 anos-luz da Terra. Esta nova medição da distância significa que a explicação para as explosões regulares deste género de objecto, que se aplica para pares semelhantes, também se aplica para SS Cygni.   "Este é um dos sistemas mais bem estudados do seu tipo, mas de acordo com a nossa compreensão de como funcionam, não devia ter surtos explosivos," afirma James Miller-Jones, do Centro Internacional para Pesquisa em Radioastronomia de Perth, Austrália, ligado à Uni

E o maior mistério do universo é…

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São 15 anos a coçar a cabeça, desde que percebemos que algum agente misterioso está empurrando o universo para longe. Nós ainda não sabemos o que é. Ele está em toda parte e não podemos vê-lo.   Reponde por mais de dois terços do universo, mas não temos ideia de onde vem ou de que é feito. “A natureza não está pronta para nos dar alguma pista ainda”, diz Sean Carroll, físico teórico do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena (EUA). Um nome já lhe foi dado: energia escura. Agora, a busca é sobre o que realmente é. Ainda este ano, os astrônomos irão começar um novo levantamento do céu para procurar sinais do material entre as explosões de estrelas e antigos aglomerados de galáxias. Um pacote de missões espaciais e gigantescos telescópios baseados na Terra em breve se juntarão à missão. Até o momento, nosso conhecimento é bastante escasso. Ele é limitado a, talvez, três coisas. Primeiro, sabemos que a energia escura empurra.    Em 1998, observaram-se inesperada

Poderemos encontrar 10 planetas habitados em uma década?

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Planetas habitados: não é mais "se", é "quantos". [Imagem: Sara Seager] Uma tradicional ferramenta usada na busca de vida extraterrestre acaba de receber uma renovação completa. Apesar da lamentável perda do telescópio espacial Kepler , a "reinicialização" da ferramenta pode significar que poderemos encontrar sinais de vida em planetas extrassolares dentro de uma década. E a ferramenta não é nenhum novo telescópio ou ferramenta de observação - é uma equação matemática.   Equação de Drake   Em 1961, o astrônomo Frank Drake criou sua agora famosa equação para calcular o número de civilizações detectáveis na Via Láctea. A equação de Drake inclui uma série de termos que, na época, pareciam ser impossíveis de se conhecer - como a existência dos planetas fora do nosso sistema solar. Mas, nas duas últimas décadas, temos visto exoplanetas aparecerem como ervas daninhas, particularmente nos últimos anos, graças, em grande parte, ao tel

A Grande Nuvem de Magalhães

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Créditos da Imagem e Direitos Autorais: L. Comolli , L. Fontana, G. Ghioldi & E. Sordini O navegador do século 16 Fernão de Magalhães e sua tripulação tiveram um certo tempo para estudar o céu do hemisfério sul da Terra, durante a primeira circum-navegação do nosso planeta. Como resultado, dois objetos difusos parecidos com nuvens facilmente visíveis para os observadores do hemisfério sul são conhecidos como as Nuvens de Magalhães, agora entendidas como sendo galáxias satélites da nossa galáxia muito maior, a Via Láctea. Localizada a aproximadamente 160000 anos-luz de distância na constelação de Dorado, a Grande Nuvem de Magalhães, conhecida do inglês como LMC, é vista na imagem acima impressionantemente profunda, colorida e que pode ser vista totalmente anotada abaixo. Se espalhando por aproximadamente 15000 anos-luz, ela é a galáxia satélite mais massiva da Via Láctea e é o lar da supernova mais próxima da Terra já descoberta na era moderna, a SN 1987A. A parte proemine

O segredo de M32

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M32 ou NGC 221 é uma das galáxias satélites da nossa enorme vizinha Andrômeda. Podemos classificá-la como uma galáxia elíptica e também como uma galáxia anã. Elíptica, por conter, uma forma esférica ou elipsoidal, e por não parecer um espiral como, por exemplo, a Galáxia do Cata-Vento. E anã por ser pequena comparada à grande maioria. Na sua parte mais longa possui 8 mil anos-luz. Muito pouco comparado aos 220 mil anos-luz da Andrômeda. Apesar de pequena, M32 é uma galáxia bem densa. A grande maioria das suas estrelas são gigantes vermelhas e amarelas. Estrelas de pouca massa e de temperaturas relativamente baixas. A falta de gás na galáxia impede a formação de estrelas novas e massivas. Isso acontece em quase todas as galáxias satélites. As gigantes galáxias que elas orbitam roubam o gás dessas galáxias impedindo-as de formarem regiões de maternidades.   Mas há indícios de uma explosão na população de estrelas em um passado recente. A causa ainda é incerta, mas o que se sabe

Asteroide equivalente a nove navios deve passar pela Terra nesta sexta

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1998 QE2 vai se aproximar do nosso planeta às 17h59 de Brasília. Apesar de não representar perigo, objeto será alvo de estudos científicos. Asteroide 1998 QE2 vai se aproximar da Terra nesta sexta, às 17h59 de Brasília (Foto: Nasa/JPL-Caltech)   Um asteroide deve passar pela Terra nesta sexta-feira (31) e ficar no máximo a 5,8 milhões de quilômetros daqui, o equivalente a uma distância de 15 vezes entre o nosso planeta e a Lua. Apesar de não representar perigo, o 1998 QE2 pode ser um objeto interessante de estudo, entre esta quinta-feira (30) e o dia 9 de junho, para os astrônomos que tiverem um telescópio de radar de pelo menos 70 metros de comprimento. Esse corpo celeste tem 2,7 quilômetros de diâmetro, o tamanho de nove navios transatlânticos Queen Elizabeth 2.   A aproximação máxima do asteroide será às 17h59 (horário de Brasília) desta sexta. Esse será o ponto que ele chegará mais perto de nós pelos próximos dois séculos, pelo menos. Esse objeto foi descoberto em 19

O que é a Matéria?

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A matéria compõe tudo o que pode ver: as estrelas, a Terra... até mesmo os seres humanos! Imagem: NAOJ   A matéria em si é composta por muitos e muitos diferentes tipos de partículas minúsculas ligadas entre si. Algumas dessas partículas são chamadas átomos. Estes podem ter muitas formas e tamanhos — como o hidrogénio, o hélio e entre os átomos mais importantes encontra-se o carbono. O carbono é o segundo material mais comum no corpo humano (depois do oxigénio). Para lhe dar uma ideia da pequenez de um átomo: seria necessário alinhar 1 milhão de átomos para igualar a espessura de uma folha de papel!   Esta estranha imagem mostra-nos um conjunto de moléculas, que são grupos de dois ou mais átomos ligados entre si. As moléculas são tão pequenas que ninguém consegue vê-las exceto com microscópios extremamente poderosos. As moléculas em forma de bola de futebol como as desta foto são constituídas por 60 átomos de carbono, daí seu nome "C60". O carbono é um element

Sinais de desgaste nas rodas da Curiosity

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Recentes fotografias divulgadas pela NASA deixaram algumas pessoas preocupadas no que diz respeito à vida útil da sonda Curiosity Créditos da imagem:NASA     A aterrisagem da sonda Curiosity em Marte completará nove meses em agosto. De lá para cá, o jipe-robô percorreu pouco menos de um quilômetro de solo marciano, mas essa pequena distância parece ter sido o suficiente para que as rodas do veículo já começassem a mostrar alguns sinais de desgaste. Em um artigo publicado no site Discovery News, o pesquisador Ian O’neill comenta sobre as últimas fotos da Curiosity divulgadas recentemente pela NASA, que mostram em detalhes algumas imperfeições encontradas nos aros do robô. É possível perceber alguns arranhões, trechos retorcidos e até mesmo pequenas perfurações em algumas das seis rodas que movimentam a sonda – nada muito grave, mas que já começou a preocupar algumas pessoas no que diz respeito à longevidade do veículo (que tem a missão de percorrer várias milhas pelos próxi

A Magnífica Anti-Cauda do Cometa PanSTARRS

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Crédito de imagem e direitos autorais: Joseph Brimacombe , À medida que o planeta Terra se aproxima do plano da órbita do Cometa PanSTARRS (C/2011 L4) em 23 de Maio de 2013, os observadores de cometa foram surpreendidos com essa visão da magnífica anti-cauda do cometa. A longa e estreita anti-cauda se estica para a direita através do frame acima por aproximadamente 4 graus, ou o equivalente a aproximadamente 8 vezes o tamanho angular da Lua Cheia. A poeira forma a anti-cauda do cometa ao longo de sua órbita enquanto ele deixa o Sistema Solar interno para trás. Uma visão em perspectiva quase que totalmente de lado de um ponto perto do plano orbital do cometa realça a visão da anti-cauda e faz ela parecer apontar na direção do Sol, aparentemente contrário ao comportamento das caudas de poeira dos cometas que são empurradas para fora pela pressão da luz do Sol. Viajando para longe no norte, no céu do planeta Terra, o cometa está visível por toda a noite para a maior parte do hem