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Pulsares, o GPS do Cosmos

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A navegação por pulsares é ideal para naves que viajem para lá do nosso Sistema Solar. A Voyager 1, na imagem, está agora a mais de 18 mil milhões de quilómetros do Sol e entrando no espaço interestelar. Crédito: NASA/Astro0   Cientistas da agência científica australiana CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation) escreveram um software que pode guiar naves espaciais até Alpha Centauro, mostrar que o planeta Nibiru não existe... e provar que a Terra gira em torno do Sol. O Dr. George Hobbs e colegas estudam pulsares - pequenas estrelas em rotação com "blips" ou "pulsos" regulares de ondas de rádio e, às vezes, raios-X. Normalmente, os astrónomos estão interessados em medir, com muita precisão, quando os pulsos chegam ao Sistema Solar. Ligeiros desvios nos tempos de chegada esperados podem dar pistas sobre o comportamento do próprio pulsar, ou se orbita outra estrela, por exemplo.   "Mas também podemos trabalhar para trás,&q

Os planetas livres na Via Láctea

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© Brian Davis (Nebulosa Rosette) Astrônomos observando a Nebulosa Rosette descobriram que pequenas nuvens escuras e redondas, chamadas globulettes tem as características favoráveis para formar planetas flutuando livremente sem sua estrela progenitora.  A Nebulosa Rosette é uma enorme nuvem de gás e poeira localizada a 4.600 anos-luz da Terra na constelação de Monoceros (Unicórnio). Novas observações, feitas com telescópios da Universidade de Tecnologia Chalmers, em Gotemburgo (Suécia), mostram que nem todos os planetas flutuantes foram expulsos de sistemas planetários existentes. Eles também podem ter nascido isoladamente. O estudo mostra que as pequenas nuvens estão se movendo para fora através da nebulosa Rosette em alta velocidade, cerca de 80.000 quilômetros por hora.   As globulettes são muito pequenas, cada uma com diâmetro inferior a 50 vezes a distância entre o Sol e Netuno. Anteriormente, estimava-se que a maioria delas são de massa planetária, menos do que 13 veze

O ALMA olha de perto para o drama da formação estelar

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Novas observações do Herbig-Haro 46/47 revelaram que material ejetado tinha velocidades muito mais elevadas do que as medidas anteriormente Observações revelam jatos energéticos se aproximando (cor de rosa e roxo) e afastando (laranja e verde) Foto: ESO/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/H. Arce / Divulgação   Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA ), os astrónomos obtiveram um plano de pormenor muito vívido do material que se afasta de uma estrela recém nascida. Ao observar o brilho emitido pelas moléculas de monóxido de carbono num objeto chamado Herbig-Haro 46/47, os astrónomos descobriram que os seus jactos são ainda mais energéticos do que o que se pensava anteriormente. As novas imagens muito detalhadas revelaram igualmente um jacto anteriormente desconhecido que aponta numa direção totalmente diferente. As estrelas jovens são objetos violentos que ejectam matéria a velocidades tão elevadas como um milhão de quilómetros por hora.   Quando es

Vênus e o sol ultravioleta em três cores

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Créditos da Imagem: NASA / SDO & the AIA, EVE, and HMI teams; Digital Composition: Peter L. Dove   Um tipo incomum de eclipse solar aconteceu no ano passado. Normalmente é a Lua da Terra que eclipsa o Sol. No mês de Junho de 2012, de forma mais incomum, o planeta Vênus tomou o lugar da Lua. Como num eclipse solar realizado pela Lua, a fase do planeta Vênus tornou-se crescente continuamente mais fina à medida que Vênus ficava cada vez mais alinhado com o Sol. Eventualmente o alinhamento tornou-se perfeito e a fase de Vênus chegou até zero. Nesse ponto o ponto escuro de Vênus cruzou então a nossa estrela mãe. A situação poderia tecnicamente ser chamada de um eclipse anelar venusiano, com um anel de fogo extraordinariamente grande. Mostrado acima durante essa ocultação, o Sol foi imageado em três diferentes cores da luz ultravioleta pelo Solar Dynamics Observatory (SDO) que orbita a Terra, com a região escura na parte direita da imagem correspondendo a um chamado buraco co

A brilhante estrela nova em Delphinus

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A imagem inferior mostrada acima apresenta a recém-descoberta e muito brilhante estrela nova em Delphinus, formalmente chamada de PNV J20233073+2046041. Novas são estrelas que rapidamente aumentam seu brilho que resulta tipicamente quando a estrela explode (uma erupção). A Nova Delphini 2013 tinha uma magnitude 6.5 quando foi observada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 2013 pelo astrônomo amador Koichi Itagaki. Quando a imagem inferior acima foi adquirida dois dias depois com o telescópio robótico no Observatório da Universidade de Atenas, em Atenas, na Grécia, a nova estava com uma magnitude 4.5 e parecia ficar cada vez mais brilhante dia após dia. No dia 18 de Agosto de 2013, ela foi facilmente visível a olho nu. Novas que podem ser observadas a olho nu aparecem no céu uma vez ou duas a cada década. A imagem superior mostrada acima foi feita pelo ESO Digital Sky Survey (DDS) e é usada para mostrar a mesma região de Delphinus antes da estrela explodir. O mapa abaixo mostra

Acordando para um ano novo

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No tempo que leva para completar um dia de trabalho, ou ter uma noite de sono, um planeta a 700 anos-luz de distância já completou um ano. Concepção artística do planeta Kepler 78b, de tamanho similar ao da Terra mas que deve ser coberto de lava. Crédito: Cristina Sanchis-Ojeda   Investigadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) descobriram que Kepler-78b, um exoplaneta com o tamanho da Terra, completa uma volta em torno da sua estrela em apenas 8 horas e meia - um dos períodos orbitais mais pequenos já detectados. O planeta está extremamente perto da sua estrela - o seu raio orbital é de apenas cerca de três vezes o raio da estrela - e os cientistas estimam que as temperaturas à superfície atinjam os 3000 K. Neste ambiente infernal, a camada superior do planeta está provavelmente derretida, criando um gigantesco e agitado oceano de lava. O mais empolgante para os cientistas é o facto de terem conseguido detectar luz emitida pelo planeta - a primeira vez para um

Como sabemos que o núcleo da Terra é feito de ferro?

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O núcleo da Terra e sua composição podem ser estudados através de ondas sísmicas que viajam através das camadas da estrutura planetária a uma velocidade que depende das propriedades do material que essas ondas percorrem. A melhor conclusão para o que compõe a parte interior do núcleo é ferro. O ferro é de longe o metal mais abundante no universo. Muitos meteoritos têm quantidades significativas da substância em seu estado nativo, e ele é considerado o primeiro metal a se formar no universo, no interior das estrelas. O interior do nosso planeta poderia ser feito de uma mistura de outros metais magnéticos, mas existem várias razões para presumir que o núcleo é feito predominantemente de ferro.   Os cientistas acreditam que uma grande parte da Terra primitiva foi formada por acreção planetária via colisões e uniões de asteroides, que são ricos em ferro. Além disso, é tão quente no interior da Terra que a composição metálica torna-se líquida. Diferentes elementos apresentam difere

Explodir o Sol com uma bomba nuclear? Dupla de pesquisadores tem a receita

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Estudo mostra que o envio de uma bomba nuclear suficientemente forte para o interior do Sol pode dar início a uma reação em cadeia capaz de varrer o Sistema Solar. Pesquisadores da área, no entanto, são céticos quanto à ideia Segundo a pesquisa, os seres humanos seriam capazes de induzir uma explosão no interior do Sol, que poderia levar à destruição da Terra. Para os pesquisadores da área, a ideia é mais próxima da ficção científica do que da astrofísica (NASA / AFP)   Que tal explodir o Sol ? Uma dupla de pesquisadores pensou nisso, e se atreveu a publicar um estudo detalhando a técnica, que consumiria todo o Sistema Solar — incluindo a Terra e a vida em sua superfície — em uma imensa bola de fogo. Para isso, a dupla formada por Alexander Bolonkin e Joseph Friedlander imaginou o lançamento de uma bomba nuclear capaz de percorrer toda a distância que separa a Terra do Sol, resistir ao calor e à radiação local e chegar ao coração do astro. Ali, uma explosão atôm

8 descobertas fantásticas feitas pelo telescópio Kepler

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Uma das missões mais bem sucedidas da NASA, sonda Kepler foi aposentada como caçadora de exoplanetas. Confira aqui algumas de suas marcantes descobertas Caçador de exoplanetas A NASA oficializou  que cessará as tentativas de reparação de Kepler, aposentando-o como caçador de exoplanetas. Mas a sonda já não era mais a mesma desde maio deste ano quando perdeu o controle de dois de seus quatro volantes de inércia que funcionavam como giroscópios. Esta falha tornou impossível a estabilização do telescópio, um dos componentes essenciais de sua missão. Agora, a agência espacial americana irá avaliar que outras tarefas a sonda poderá realizar em seu atual estado. Lançada ao espaço em 2009, a sonda conduziu com excelência a sua missão de tentar encontrar planetas similares a Terra. Ao longo de sua carreira, Kepler detectou 132 novos corpos celestes fora do nosso sistema solar. Veja nesta galeria algumas de suas mais marcantes descobertas.   Kepler-10b    Descoberto em 2011, o Kepl

O que se encontra abaixo da superfície de Marte

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Existe muito mais coisas em Marte do que nossos olhos podem ver.  Uma fatia por terras altas do sul de Marte      Usando o radar na sonda Mars Express, nós podemos ver alguns quilômetros abaixo da superfície e ver o que está localizado ali. O radar criou imagens da subsuperfície de Marte, emitindo ondas de rádio de baixa frequência em direção ao planeta, que são refletidas de qualquer superfície que elas encontram pela frente. Enquanto a maior parte das ondas são refletidas pela superfície do planeta, uma parte das ondas conseguem viajar mais fundo e refletir nas interfaces entre as camadas de diferentes materiais, como as interfaces entre rocha, água e gelo.   A intensidade e o tempo do eco de radar chegar de volta na sonda Mars Express são indicativos das profundidades dos diferentes tipos de interfaces subterrâneas. Essa imagem de radar é um slice com 5580 km de comprimento através das terras altas do hemisfério sul de Marte, criada pouco depois que o instrumento