Postagens

O que é a atmosfera que envolve os planetas?

Imagem
Quase todos os planetas são envolvidos por uma atmosfera gasosa, mais ou menos intensa, e que é a sede de quase todas as informações que se possuem sobre eles, ao se observar um planeta, recebe-se a luz solar após ter sido refletida, difundida e modificada pela atmosfera planetária. A relação entre a intensidade da luz recebida e refletida por um planeta, denominada albedo, depende do solo e da atmosfera.e, principalmente, da temperatura desta última que constitui, assim, preciosa fonte de informação. A difusão da luz pelas atmosferas planetárias polariza esta luz, o que depende em grande parte da existência de partículas líquidas ou sólidas em suspensão no gás. O espectro de absorção da luz planetária permite assim definir a composição química das atmosferas e determinar vários de seus parâmetros físicos, notadamente a temperatura.   Se Mercúrio e Plutão, bem como a maioria dos satélites dos outros planetas, não têm atmosferas, quais serão as condições para que um astro do

Começa busca pela Energia Escura

Imagem
Serão observadas em torno de 100 milhões de estrelas de nossa galáxia e suas vizinhas no espaço. [Imagem: Reidar Hahn/DES] Caça às escuras   O projeto DES ( Dark Energy Survey ) começou oficialmente suas observações. O objetivo do projeto é entender porque a expansão do universo está se dando de forma acelerada - ao invés de desacelerar pelo efeito da gravidade - e sondar a misteriosa energia escura, que se acredita ser a causa desse fenômeno. Instalada no Chile, a câmera de 570 megapixels do DES (DECam) será utilizada, nos próximos cincos anos, para mapear um oitavo do céu, ou 5 mil graus quadrados, com um detalhamento sem precedentes. Este é o ponto culminante de dez anos de planejamento, construção e testes realizados por 25 instituições em seis países, incluindo o Brasil.   "É um momento emocionante na cosmologia, quando podemos utilizar observações do universo distante para nos dizer sobre a natureza fundamental da matéria, energia, espaço e tem

Estrela cefeida variável próxima RS Pup

Imagem
Créditos da Imagem: Hubble Legacy Archive , NASA , ESA - Processing: Stephen Byrne Essa é uma das estrelas mais importantes no céu. Isso ocorre parcialmente, pois, por coincidência, ela é circundada por uma nebulosa de reflexão. A pulsante RS Puppis, a estrela mais brilhante no centro da imagem, é cerca de dez vezes mais massiva que o nosso Sol e na média 15000 vezes mais luminosa. De fato, a RS Pup, é uma estrela variável do tipo Cefeidas, uma classe de estrelas cujo brilho é usado para estimar as distâncias de galáxias próximas como um dos primeiros passos para se estabelecer a escala da distância cósmica. Como a RS Pup pulsa num período de aproximadamente 40 dias, suas mudanças de brilho regulares são também vistas juntamente com um tempo de atraso causado pela nebulosa, efetivamente, um eco de luz. Usando as medidas do atraso de tempo e do tamanho angular da nebulosa, a conhecida velocidade da luz, permite que os astrônomos possam geometricamente determinar a distância

IC 2560 - Uma espiral na bomba de ar

Imagem
Localizada a mais de 110 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Antlia (A Bomba de Ar) está a galáxia espiral IC 2560, mostrada aqui numa imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble das agências espaciais NASA e ESA. A essa distância ela é considerada uma galáxia espiral relativamente próxima, e é parte do Aglomerado Antlia – um grupo com mais de 200 galáxias que fica unido pela gravidade de seus membros. Esse aglomerado é incomum, diferente da maior parte dos aglomerados, ele não parece ter uma galáxia dominante. Nessa imagem, é fácil registrar os braços espirais da IC 2560 e a sua estrutura barrada.   Essa espiral é o que os astrônomos chamam de uma galáxia do tipo Seyfert-2, um tipo de galáxia espiral caracterizada por um núcleo extremamente brilhante e linhas de emissão de certos elementos, como o hidrogênio, o hélio, o nitrogênio e o oxigênio muito forte. Acredita-se que o centro brilhante da galáxia é causado pela ejeção de grandes quantidades de g

Resumo da teoria da Criação do Universo

Imagem
Confirmada a observação de que o Universo se expande em todos os sentidos, os cientistas passaram a levantar a hipótese de que as milhões de galáxias que povoam os céus tenham surgido a partir de uma fantástica explosão cósmica, segundo essa hipótese, os corpos celestes de hoje são produtos da transformação física dos fragmentos daquilo que explodiu no Big Bang que originou o universo. E essa explosão teria ocorrido há cerca de 20 bilhões de anos atrás. O que hoje nós chamamos de galáxias, surgiram à partir de um mesmo ponto, de um provável bloco de matéria original A mesma foi proposta pelo astrofísico belga Georges Lemaître, que acreditava que no passado remoto o Big Bang teria originado todo o Universo.   Naquela matéria original, que deve ter existido no centro do espaço cósmico, certamente estiveram reunidos todos os prótons, nêutrons e elétrons que hoje existentes em qualquer parte do Universo. Essa massa ainda não teria a estrutura atômica ou molecular. Essa matéria teri

O gigantesco meteorito “brasileiro” que pode ter extinto milhares de espécies

Imagem
É bem conhecido que os dinossauros foram aniquilados 66 milhões de anos atrás, quando um grande impacto de meteoro ocorreu no que é hoje o sul do México. Agora, novas evidências corroboram a ideia de que um impacto que mudou o clima terrestre teve um papel decisivo na maior extinção de todas, no fim do período Permiano, mas em um local diferente. Embora a teoria do meteoro e da extinção já seja bem aceita há um bom tempo, faltava uma cratera adequada para confirmá-la. O Professor Eric Tohver, da Universidade Ocidental da Austrália, acredita ter encontrado a cratera de impacto que define que essa foi, mesmo, a causa da extinção dos dinos, mas com detalhes significativamente diferentes.   No ano passado, o Dr. Tohver estudou uma estrutura de impacto que fica na fronteira dos estados de Mato Grosso e Goiás, no Brasil – a chamada cratera do Araguainha, com 254,7 milhões de anos, com uma margem de erro de 2,5 milhões, mais ou menos. Estimativas anteriores tinham sugerido que o Arag

Superterra tem atmosfera rica em água, diz estudo

Imagem
Concepção artística da estrela Gliese 1214, em azul, com o planeta GJ 1214b passando à sua frente, em preto Um grupo de astrônomos diz ter detectado a assinatura da atmosfera de um planeta que não tem análogo no Sistema Solar. E ela seria rica em água. O trabalho foi liderado por Norio Narita, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, e usou dois instrumentos do Telescópio Subaru para investigar uma superterra ao redor da estrela anã vermelha GJ 1214 , localizada a 40 anos-luz da Terra. Infelizmente, esse mundo é quente demais para abrigar vida. As superterras são planetas com tamanho intermediário entre os menores gigantes gasosos do Sistema Solar (Urano e Netuno) e os maiores planetas rochosos (Terra e Vênus).   Como não há correspondente em nosso sistema planetário, os astrônomos têm vários modelos de como podem ser esses mundos. Agora, com essa nova observação, eles parecem ter mais segurança de que não se trata de uma versão em miniatura de Netuno. "Se fosse

Metais em Galáxias: Nós observamos o que nós queremos

Imagem
Por muitas décadas tem sido difícil para os teóricos explicarem as diversas propriedades químicas vistas em diferentes tipos de galáxias próximas. Isso leva a questão: nós podemos reconciliar essas diferentes observações, ou existe algo fundamentalmente errado com nosso modelo padrão da formação das galáxias? Uma equipe internacional de astrofísicos, liderada por membros da MPA, descobriram que eles podem na verdade reconciliar as propriedades químicas numa grande variedade de galáxias com um modelo único e auto consistente que segue o cenário de fusão hierárquica padrão da formação de estruturas. Esse é um passo importante no campo da modelagem de galáxias, e confirma que, no mínimo a esse respeito, o que nós vemos no nosso universo é o que nós esperamos ver.   Observações astronômicas de elementos químicos mais pesados que o lítio (conhecidos simplesmente como metais na astrofísica) pode nos dizer muito sobre como as galáxias se desenvolvem. Por exemplo, a quantidade total d

Nasa cria programa para ajudar amadores a detectar exoplanetas

Imagem
Projeto 'Oscaar' está disponível para download gratuito na internet. Astrônomos amadores poderão achar planetas de tamanho similar a Júpiter. Concepção artística de um exoplaneta passando perto de sua estrela (Foto: Nasa/ESA/G. Bacon)   A agência espacial americana (Nasa) lançou um programa para ajudar astrônomos amadores a "caçar" exoplanetas - planetas localizados fora do Sistema Solar. O software pode ser acessado gratuitamente pela internet e promete "corrigir" distorções e mudanças no brilho de estrelas que venham a ser causadas pela atmosfera da Terra ( veja o link aqui ). Batizado de de Oscaar (sigla para "Código de Fotometria Diferencial de Fonte Aberta para a Pesquisa Astronômica Amadora", em inglês), o programa permite medir as mudanças de brilho de todas as estrelas no campo de visão do telescópio simultaneamente, o que facilita a busca por exoplanetas.   Telescópio  É necessário um telescópio equipado com um detector el

Vazamento de energia inter-universos pode revelar mundos paralelos

Imagem
Experimentos recentes não confirmam e nem descartam a teoria dos multiversos .[Imagem: Peiris et al.]     Realidades alternativas   Quando um físico afirma ter uma ideia para um experimento de laboratório que pode ser capaz de detectar a existência de mundos quânticos paralelos - mais conhecidos como multiversos - a reação padrão é dar um sorriso amarelo e sair de fininho. Mas quando o físico em questão é um ganhador do Prêmio Nobel, mais precisamente o Dr. Frank Wilczek, é provavelmente uma boa ideia não ir saindo tão rápido. Sua ideia, ainda em estágio preliminar, é que pode ser possível detectar "vazamentos de energia" fluindo entre realidades alternativas - as "multiversalidades", como ele as chama.   Múltiplos mundos paralelos   O termo multiverso - ou multiuniverso - tem sido usado para descrever a ideia da cosmologia de que regiões muito distantes podem ser governadas por leis da física diferentes , e conteriam diferente