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Uma régua para o Universo

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Nessa concepção artística, cada círculo, com raio de 500 milhões de anos-luz, representa as regiões com maior concentração de galáxias Astrônomos determinaram distâncias entre aglomerados de galáxias com uma precisão recorde, que estabelece um pouco melhor as propriedades da energia escura, uma forma de energia ainda pouco entendida, presente no espaço vazio e que vem acelerando a expansão do Universo desde o seu nascimento, no Big Bang. Nos seus primeiros 300 mil anos, o Universo era preenchido por um gás quente e denso, feito de núcleos atômicos, elétrons livres e radiação. A expansão do Universo fez esse gás esfriar e se tornar rarefeito, formando estrelas e galáxias. Mas as ondas que se propagavam no gás primordial deixaram vestígios na distribuição das galáxias no Cosmo. As galáxias tendem a se acumular mais em regiões que um dia foram as cristas dessas ondas, chamadas de oscilações acústicas bariônicas. O espaçamento regular entre essas cristas cria uma régua cósmica

Bombas atômicas contra asteroides

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Concepção artística da nave nuclear que destruiria asteroides ameaçadores É um dos maiores terrores do mundo moderno: a ameaça de que um asteroide colida com a Terra e acabe conosco. Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual do Iowa, nos Estados Unidos, propõe combater essa ameaça com outro horror contemporâneo: armas atômicas. Bong Wie, líder da equipe do Centro de Pesquisa de Deflexão de Asteroides, apresentou a pesquisa no começo do mês, em um encontro promovido pela Nasa na Universidade Stanford, Califórnia. E agora ele quer testá-la numa missão espacial de verdade. O pesquisador diz que sua estratégia pode impedir que asteroides de grande porte (até 2 km de diâmetro) prejudiquem a vida na Terra, mesmo que o alerta de impacto seja dado com pouco tempo. Até então, todas as estratégias discutidas pelos cientistas para desviar um bólido celeste que pudesse estar em rota de colisão conosco exigiam um aviso prévio de mais de 10 anos. SOLUÇÃO NUCLEAR

Vida pode ter surgido dez bilhões de anos antes do que pensávamos

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50 anos atrás, dois jovens astrônomos do Bell Laboratories apontaram sua antena de 6 metros em forma de chifre para o céu sobre Nova Jersey (EUA), com objetivo de medir a Via Láctea, galáxia que abriga o planeta Terra. Para sua perplexidade, Robert W. Wilson e Arno A. Penzias ouviram um assobio insistente de sinais de rádio vindo de todas as direções e de além da Via Láctea. Demorou um ano inteiro de testes para que eles e um outro grupo de pesquisadores da Universidade de Princeton (EUA) explicassem o fenômeno: foi descoberta a radiação cósmica de fundo em micro-ondas, um resíduo da explosão primordial de energia e matéria que deu origem ao universo, cerca de 13,8 bilhões de anos atrás. Os cientistas haviam finalmente encontrado evidências que confirmavam a teoria do Big Bang, proposta inicialmente por Georges Lemaître em 1931. Avi Loeb era apenas uma criança em uma fazenda em Israel quando Wilson e Penzias começaram a investigar esses sinais misteriosos. Hoje, ele é colega de

Sonda caçadora de exoplanetas terá 34 telescópios

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Em vez de uma única lente ou espelho, o observatório espacial usará um conjunto de 34 telescópios montados em uma plataforma única. [Imagem: ESA] Visão Cósmica A missão PLATO venceu a seleção feita pela Agência Espacial Europeia (ESA) dentro do seu programa Visão Cósmica 2015-2025. O observatório PLATO ( Planetary Transits and Oscillations , oscilações e trânsitos planetários) tem um projeto inédito, congregando nada menos do que 34 pequenos telescópios na mesma nave. O principal objetivo da missão será a busca por exoplanetas e o estudo de suas atmosferas. O observatório múltiplo vai monitorar estrelas relativamente próximas de nós, procurando oscilações pequenas e regulares de brilho à medida que os planetas passam à sua frente, bloqueando uma pequena fração da luz da estrela. Telescópio múltiplo A missão PLATO tem um projeto inédito em relação aos demais telescópios espaciais: em vez de uma única lente ou espelho, ela usará um conjunto de telescópios montados

Estamos a viver dentro de um buraco negro?

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O nosso universo pode residir dentro de um grande buraco negro. Veja porque alguns astrofísicos acreditam que o nosso universo se originou num buraco negro maciço. Vamos voltar atrás o relógio. Antes dos seres humanos existirem, antes da formação da Terra, do sol se acender, antes das galáxias surgirem, antes da luz poder brilhar, houve o Big Bang. Isso aconteceu há 13,8 bilhões de anos atrás.  Mas o que aconteceu antes disso? Muitos físicos dizem que não há antes disso. O tempo começou a funcionar, insistem, no instante em que ocorreu o Big Bang, e ponderar sobre algo anterior não é do reino da ciência. Nós nunca vamos entender qual era a realidade pré-Big Bang, ou do que ela era formada, ou porque ela explodiu para criar o nosso universo. Tais noções estão para além da compreensão humana. Mas alguns cientistas não convencionais discordam dessa visão. Esses físicos teorizam que, um momento antes do Big Bang, toda a massa e energia do universo emergente estava compa

Onda de choque de uma estrela veloz

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Estrelas fugitivas podem ter um granse impacto na região ao seu redor à medida que elas vagam pela Via Láctea. Suas altas velocidades se chocam de encontro com a galáxia, criando arcos, como o visto nessa imagem recém-lançada do Telescópio Espacial Spitzer. Nesse caso, a estrela em alta velocidade é conhecida como Kappa Cassiopeiae, ou HD 2905 pelos astrônomos. Ela é uma estrela supergigante, massiva e quente que se move a cerca de 2.5 milhões de milhas por hora com relação à sua vizinhança, 1100 quilômetros porsegundo. Mas o que realmente faz a estrela se destacar nessa i agem é o material que brikha intensamente na cor vermelha ao redor. Essas estruturas são agora chamadas de ondas de choque, e elas podem ser frequentemnte observadas em frente das estrelas mais rápidas e mais massivas da galáxia. As ondas de choque se formam onde o campo magnético e o vento de partículas fluem para fora da estrela e colidem com o difuso e incomumente invisível, gás e poeira que preenche o e

Nemesis - A teoria da estrela da morte companheira do sol

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Nemesis é uma estrela anã teórica que se imagina ser uma companheira do nosso sol. A hipótese foi postulada para explicar um ciclo percebido de extinções em massa na história da Terra. Os cientistas especularam que uma estrela poderia afetar a órbita de objetos num sistema solar distante exterior, enviando-os em rota de colisão com a Terra. Porém pesquisas astronômicas recentes, não conseguiram encontrar qualquer evidência de que Nemesis (que recebeu o apelido de estrela da morte) realmente exista. Os argumento para a existência da estrela da morte – Nemesis No início de 1980, os cientistas notaram que as extinções na Terra pareciam cair em um padrão cíclico. As extinções em massa parecem ocorrer com mais freqüência a cada 27 milhões de anos. O longo período de tempo fez com que eles se voltassem para os eventos astronômicos como uma explicação, começa então a teoria de Nemesis a estrela da morte. Em 1984, Richard Muller, da Universidade da Califórnia  sugeriu que u

Pela primeira vez, viu-se uma galáxia a rodar sobre si própria

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Foi possível observar o movimento de rotação real das estrelas na Grande Nuvem de Magalhães. A velocidade aparente de rotação das estrelas na Grande Nuvem de Magalhães é representada pelas setas vermelhas NASA/ESA Uma equipe de astrónomos utilizou o telescópio espacial Hubble das agências espaciais norte-americana NASA e europeia ESA para medir precisamente, pela primeira vez, a velocidade de rotação de uma galáxia com base na visualização da rotação de estrelas individuais em torno do centro galáctico, anunciou a NASA em comunicado. A galáxia escolhida por Roeland van der Marel, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial, e de Nitya Kallivayalil, da Universidade da Virgínia (ambos nos EUA) – que publicaram os seus resultados na revista Astrophysical Journal  – foi a Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa Via Láctea, em forma de disco, situada a 170 mil anos-luz de distância. Conclusão: aquela galáxia completa uma rotação sobre si própria em cada 250 m

Astrônomos examinam núcleo de uma estrela antes de explodir

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Um grupo de cientistas conseguiu pela primeira vez na História penetrar no coração de uma estrela minutos antes de sua explosão, levantando o véu de um dos maiores mistérios da Astronomia, presente na origem da matéria e da vida.  As observações feitas com o telescópio de raios-X NuSTAR, lançado pela Nasa em 2012, permitiram recriar o mapa de ondas de choque que provavelmente causaram a morte de uma estrela em 1671 para dar origem à supernova Cassiopeia, que está a 11.000 anos-luz da Terra.  Os vestígios dessa estrela foram fotografados por muitos telescópios, ópticos, infra-vermelhos e de raios-X, mas as imagens obtidas até agora não têm precedentes, explicaram os autores da descoberta, publicado na revista britânica "Nature".  As imagens mostram como os vestígios estelares entram em colisão na onda de choque com o gás e a poeira circundante e se aquecem no processo.  O telescópio NuSTAR foi capaz de recriar a primeira emissão de raios-X de alta energia proveniente de

Conjunto de 34 telescópios espaciais vai procurar exoplanetas parecidos com a Terra

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A agência espacial europeia ESA acaba de dar luz verde a uma missão pioneira, baptizada PLATO, de procura de planetas extra-solares potencialmente habitáveis. O lançamento em 2024 de um inovador observatório espacial, cujo objectivo é descobrir quão comuns são no Universo os planetas como a Terra para depois determinar se possuem condições para o aparecimento de vida, acaba de ser aprovado pela agência espacial europeia ESA, anunciaram em comunicado o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e o Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL), que participam neste projecto.  A missão, baptizada PLATO (PLAnetary Transits and Oscillations of stars – ou, em português, “trânsitos planetários e oscilações estelares”), está integrada no programa Visão Cósmica de exploração do Universo da ESA.  O PLATO é composto por 34 pequenos telescópios, montados numa plataforma dentro de um satélite e equipados com câmaras e sensores de tecnologia de topo. Os telesc