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Supertelescópio espacial pode ser feito com espelho controlado por laser

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O espelho é constituído por nanopartículas reflexivas que são mantidas em formação por raios laser. [Imagem: NASA/ESA/E. Sabbi (STScI)/T.M. Grzegroczyk et al.] Espelho formado por laser Se você quiser fazer os olhos de um astrônomo brilharem, fale com ele sobre um telescópio espacial gigantesco - do tamanho de um campo de futebol, por exemplo. Mas ele logo vai lhe dizer que isso não pode se tornar realidade com a tecnologia atual porque um equipamento desses pesaria milhares de toneladas, o que inviabiliza sua colocação no espaço. Agora você já tem com o que retrucar: pode ser possível construir um telescópio gigantesco no espaço que não pesaria mais do que alguns gramas. A ideia não é nova: em 1979, o astrônomo Antoine Labeyrie propôs o uso de lasers para aprisionar e manter juntas minúsculas partículas, formando no espaço uma superfície reflexiva, o espelho de um telescópio. Os cálculos indicam que um telescópio com um espelho de 35 metros de diâmetro construído c

O planeta Mercúrio contraiu além do que era estimado

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A superfície de Mercúrio está encolhendo mais rápido do que se pensava anteriormente, revelam as fotos obtidas pela sonda MESSENGER da NASA que está na órbita do pequeno planeta do Sistema Solar. A primeira pesquisa compreensiva da superfície de Mercúrio feita pela sonda MESSENGER mostra que a crosta do planeta tem contraído em 7 quilômetros à medida que ele esfria, significantemente mais do que se estimava anteriormente. Esses novos resultados resolveram um paradoxo que dura mais de uma década sobre os modelos da história termal e a contração estimada de Mercúrio, diz um estudo liderado pelo autor Paul Byrne do Carnegie Institution for Science. A superfície de Mercúrio é feita de apenas uma placa continental que cobre todo o planeta. Seu enorme núcleo de ferro, estimado em 4.040 km de diâmetro, deixa um manto e uma crosta com somente 420 km de espessura, uma camada extremamente fina para o menor planeta do Sistema Solar. O manto da Terra, para comparação tem cerca de 2.900 km

Primeira evidência direta da inflação cósmica

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Há quase 14 mil milhões de anos, o Universo em que vivemos foi criado num evento extraordinário a que chamamos Big Bang. Na primeira fracção de segundo, o Universo expandiu-se exponencialmente, esticando-se muito além da visão dos nossos melhores telescópios. Tudo isto, claro, era apenas teoria. Cientistas da colaboração BICEP2 anunciaram ontem a primeira evidência directa desta inflação cósmica. Os seus dados também representam as primeiras imagens de ondas gravitacionais, ou ondulações no espaço-tempo. Estas ondas têm sido descritas como os "primeiros tremores do Big Bang". Por fim, os dados confirmam uma profunda ligação entre a mecânica quântica e a relatividade geral. A detecção deste sinal é um dos objectivos mais importantes da cosmologia. Chegámos a este ponto graças a muito trabalho, feito por muita gente," afirma John Kovac (Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica), líder da colaboração BICEP2. Estes resultados revolucionários vêm de observações d

"Estrelas da morte" em Orionte destroem planetas até mesmo antes de estes se formarem

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A Nebulosa de Orionte é o lar de centenas de estrelas jovens e até mesmo proto-estrelas ainda mais novas conhecidas como "proplyds". Muitos destes sistemas emergentes vão continuar a desenvolver planetas, enquanto outros terão a sua poeira e gás que forma planetas expelidos pela intensa radiação ultravioleta emitida por estrelas massivas do tipo-O que se escondem nas proximidades.  Uma equipa de astrónomos do Canadá e dos Estados Unidos usou o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) para estudar a relação muitas vezes mortal entre as estrelas altamente luminosas do tipo-O e proto-estrelas próximas na Nebulosa de Orionte. Os seus dados revelam que as proto-estrelas até 0,1 anos-luz (cerca de 946 mil milhões de quilómetros) de uma estrela do tipo-O estão condenadas a ter os seus casulos de gás e poeira arrancados em apenas alguns milhões de anos, muito mais rápido do que os planetas se conseguem formar. "As estrelas do tipo-O, que são realmente monstros q

Buracos negros são ainda mais estranhos na nova teoria de Hawking

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Os buracos negros podem ser ainda mais estranhos do que os cientistas pensavam, de acordo com um novo estudo feito pelo famoso astrofísico Stephen Hawking. O documento, que tenta resolver um paradoxo entre as teorias gerais da relatividade e da mecânica quântica, foi publicado a 22 de janeiro na revista arXiv.org, e não passou por revisão de pares. No artigo, Hawking afirma que a noção de que nem a luz consegue escapar da atração gravitacional de um buraco negro, uma vez que passa um certo ponto - conhecido como o horizonte de eventos - pode não ser verdadeira. Ainda assim, nem todos os físicos estão convencidos: Alguns dizem que acabar com o conceito de horizonte de eventos não resolve o paradoxo dos buracos negros. Paradoxo Fundamental A teoria geral da relatividade de Einstein prediz a existência de buracos negros - objetos tão incrivelmente enormes e densos que puxam tudo nas proximidades para si mesmos, e após um ponto conhecido como o horizonte de eventos, nem mesmo

Detectado objeto com a aproximação mais rápida do Universo

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A maior parte do Universo está fugindo de nós, pois ele está expandindo, afastando a maior parte das outras galáxias. A luz de galáxias distantes viaja em nossa direção por esse espaço em expansão, que estica sua luz até  comprimentos de onda mais longos, ou mais vermelhos. Como resultado, o espectro da maioria das galáxias apresenta um desvio para o vermelho.  Agora astrônomos descobriram acidentalmente o maior desvio para o azul já visto, em uma estrela que um buraco negro gigante pode ter lançado em nossa direção. Em pequenas distâncias, a gravidade reverteu a expansão do Universo, então modestos desvios para o azul são comuns. Nem o Sistema Solar e nem a galáxia estão se expandindo. Nem mesmo o Grupo Local, o conjunto de aproximadamente 75 galáxias que inclui a Via Láctea, está em expansão. Na verdade, o maior membro do Grupo Local, a Galáxia de Andrômeda, está vindo em nossa direção: ela tem um desvio para o azul de 300 km/s.   Mas astrônomos identificaram um objeto muito além

VLT detecta a maior estrela hipergigante amarela

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Observações recentes e antigas revelam sistema binário exótico O interferômetro do Very Large Telescope (VLT) do ESO revelou a maior estrela amarela já encontrada até hoje. Descobriu-se que esta hipergigante tem um tamanho superior a 1.300 vezes o diâmetro do Sol e faz parte de um sistema estelar duplo, com uma segunda componente tão próxima que ambas as estrelas estão em contato. Observações obtidas ao longo de sessenta anos, algumas por observadores amadores, indicam também que este objeto raro e extraordinário está mudando muito depressa, o que significa que o estamos observando durante uma fase muito breve da sua vida. Com o auxílio do Interferômetro do Very Large Telescope (VLTI) do ESO, Olivier Chesneau (Observatoire de la Côte d´Azur, Nice, França) e uma equipe internacional de colaboradores descobriram que a estrela hipergigante amarela HR 5171 A, é também conhecida como V766 Cen, HD 119796 e HIP 67261, é absolutamente monstruosa. Objetos comparáveis parecem ser tod

Estrela de Planck emerge de buracos negros

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No arXiv foi publicado um novo estudo que introduz a ideia de uma estrela de Planck que resulta de um buraco negro. Esses objetos hipotéticos não são uma estrela no sentido tradicional, mas sim a massa emitida quando um buraco negro morre nas mãos da radiação Hawking.  O artigo não foi ainda revisto por pares, mas apresenta uma ideia interessante e um possível teste de observação. Quando uma estrela gigante chega ao fim da sua vida, explode em supernova, o que pode fazer com que o seu núcleo colapse e se transforme num buraco negro. No modelo tradicional de buraco negro, o material cai num volume infinitesimal conhecido como singularidade. Claro que isso não leva em conta a teoria quântica. Embora não tenhamos uma teoria completa da gravidade quântica, sabemos algumas coisas. Uma delas é que os buracos negros não devem durar eternamente. Devido a flutuações quânticas perto do horizonte de eventos de um buraco negro, é emitida a chamada radiação de Hawking. Como resultado, um

O paradoxo de Olbers e o enigma da escuridão do céu

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Por que ao olharmos o céu noturno não o vemos de uma maneira uniforme ? Se o Universo tem um número infinito de estrelas, então presumivelmente deveria ser tão brilhante quanto o centro da nossa Estela Sol. Uma analogia pode ser feita. Se você ficar em um pequeno bosque de árvores e olhar para o horizonte, é possível ver manchas de céu na distância entre troncos das árvores. Mas se você está em uma grande floresta, a sua visão está em toda parte bloqueada por uma “parede sólida” de troncos de árvores. Entendendo esta  analogia em três dimensões, se o universo das estrelas é grande o suficiente, sua linha de visão deve ser bloqueada em todas as direções por uma “parede sólida” de estrelas. As estrelas de um universo é tão brilhante porque começaram a absorver o calor de suas estrelas vizinhas. E é isso o que acontece quando uma estrela é aquecida. As teorias da termodinâmicas e nuclear estão aí para explicar está questão técnica. Não espera-se que as estrelas esfriem ou que se aqueç

Beta Pictoris: Um dos sistemas solares mais violentas já descobertos

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Há um sistema solar perto daqui que hospeda um campo de destroços extraordinariamente ativo, aquela em que um cometa é aniquilado a cada cinco minutos. Os astrônomos dizem que pode ser o resultado de detritos gravitacionalmente presos – ou uma colisão catastrófica entre dois planetas do tamanho de Marte. O sistema solar, chamado Beta Pictoris, está localizado a cerca de 63 anos-luz da Terra. Ele se formou cerca de 20 milhões de anos atrás, por isso é um parente recém-chegado à galáxia. Tem um planeta conhecido, Beta Pictoris b, localizado a 1,2 bilhões de quilômetros da estrela e uma massa várias vezes maior que a de Júpiter. Mas o sistema também possui um campo de destroços de destaque e luminoso – e dentro dele, uma nuvem compacta de gás venenoso orbita a margem externa do sistema solar. É formada (e continua a ser mantida) por colisões entre um enxame de corpos semelhantes a cometas gelados. Os cientistas têm duas teorias para explicar a sua presença: os restos congelados são