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NGC 7023 – A Nebulosa da Íris

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Essas nuvens de gás e poeira interestelar têm sido sopradas a 1300 anos-luz de distância da Terra num campo estelar fértil da constelação de Cepheus. Algumas vezes chamada de Nebulosa da Íris, a NGC 7023 não é somente uma nebulosa no céu para evocar as imagens de flores. A imagem telescópica profunda mostrada acima apresenta a grande variedade de cores e de simetrias da Nebulosa da Iris com detalhes impressionantes. Dentro da Íris, o material nebular empoeirado circunda uma estrela jovem e quente. A cor dominante da nebulosa de reflexão mais brilhante é azul, cor característica dos grãos de poeira refletindo a luz da estrela. Os filamentos centrais das nuvens empoeiradas brilham com uma apagada fotoluminescência avermelhada já que os grãos de poeira efetivamente convertem a radiação ultravioleta invisível da estrela em luz vermelha visível. Observações em infravermelha indicam que essa nebulosa pode conter moléculas complexas de carbono conhecidas como PAHs. As belas pétalas azu

Via Láctea, a galáxia modesta

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Esta é a última da série “Não há nada de especial em nossas circunstâncias cósmicas”: segundo dois grupos independentes de astrônomos britânicos, nossa galáxia é bem menos pujante do que antes se pensava. Na verdade, ela tem apenas metade da massa de nossa vizinha, Andrômeda. Andrômeda (na foto), também chamada de M31, tem o dobro da massa da nossa pobre Via Láctea. Os dois trabalhos, aceitos para publicação no periódico “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”, acabam de uma vez por todas com a discussão sobre quem é a maioral no chamado Grupo Local, conjunto de galáxias próximas à Via Láctea que orbitam em torno de um centro gravitacional comum. E, surpresa!, não somos nós. “Sempre suspeitamos que [a galáxia de] Andrômeda fosse mais massiva que a Via Láctea, mas pesar ambas as galáxias simultaneamente se mostrou um desafio extremo”, disse Jorge Peñarrubia, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, líder de um dos trabalhos. Já o estudo paralelo foi conduzi

Sonda Rosetta mostra que seu cometa alvo possui um núcleo duplo

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Por que o núcleo desse cometa tem dois componentes? A surpreendente descoberta que o Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko tinha um núcleo duplo veio no final da semana passada à medida que a sonda robótica interplanetária Rosetta da ESA continua a se aproximar na direção do antigo núcleo do cometa. Ideias especulativas sobre como o núcleo duplo foi criado inclui, atualmente, que o Cometa Churyumov-Gerasimenki é na verdade o resultado da fusão de dois cometas, que o cometa é uma pilha de rocha separada por forças de marés, que a evaporação do gelo no cometa tem sido assimétrica, ou que o cometa está passando por um tipo de evento explosivo. A imagem acima mostra o incomum núcleo cometário com 5 km de tamanho do cometa que está em rotação no decorrer de poucas horas, com cada frame obtido com 20 minutos de intervalo. Imagens melhores – e talvez teorias mais refinadas – são esperadas à medida que a Rosetta está na rota para entrar na órbita ao redor do núcleo do Cometa Churyumov-Gerasi

8 mistérios galácticos da Via Láctea

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O espaço está cheio de mistérios. Desde as perguntas que ainda temos que responder acerca de estrelas até aos planetas e luas no nosso próprio sistema solar, há muito para descobrir. No entanto, alguns mistérios estão numa escala ainda maior, e os seguintes são literalmente galácticos. 8. Local de nascimento do Sol Estrelas como o Sol nascem em grupos com outras estrelas semelhantes. Estes irmãos estelares formam-se a partir da mesma nuvem de gás, e por isso têm a mesma composição química. No entanto, nós examinamos 100.000 estrelas num raio de 325 anos-luz da Terra e encontrou apenas duas que são semelhantes ao Sol. O nosso sol está sozinho, o que significa que foi expulso ou abandonou o seu conjunto há 4,5 bilhões de anos. O melhor candidato para o seu lugar de nascimento é Messier 67, um aglomerado na constelação de Câncer a cerca de 2.900 anos-luz de distância. As estrelas lá têm uma idade, temperatura e química semelhante ao Sol. No entanto, os astrofísicos da Uni

Astrônomos explicam formação de família esquisita de asteroides

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Eufrosina O caráter atípico da família de asteroides de Eufrosina - uma das várias situadas entre os planetas Marte e Júpiter, que durante anos intrigou os astrônomos - acaba de ser explicado pela equipe liderada por Valério Carruba, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Guaratinguetá. A descoberta do primeiro asteroide com anéis contou com participação de 11 astrônomos brasileiros.[Imagem: Cortesia sunflowerscosmos.com ] A peculiaridade dessa família, composta por mais de 2,5 mil objetos, vem do fato de que - exceto pelo asteroide principal, Eufrosina, que dá nome ao grupo - ela tem poucos asteroides grandes ou médios, com diâmetros entre 8 e 12 quilômetros. O Eufrosina concentra 99% da massa da família. Os demais objetos são muito pequenos. Alguns asteroides do cinturão principal - entre as órbitas de Marte e Júpiter - são agrupados em famílias, cada uma das quais supostamente originada a partir de um corpo progenitor, fragmentado após colisões com out

ALMA descobre estrela dupla com estranhos discos protoplanetários

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Esta impressão artística mostra um notável par de discos de gás muito desalinhados situados em torno de ambas as estrelas jovens do sistema binário HK Tauri. Observações deste sistema obtidas com o ALMA deram-nos a melhor imagem de sempre de discos protoplanetários numa estrela dupla. Os novos resultados demonstram uma possível maneira de explicar por que é que tantos exoplanetas - contrariamente aos planetas do Sistema Solar -  apresentam estranhas órbitas excêntricas ou inclinadas.Créditos: R. Hurt (NASA/JPL-Caltech/IPAC). Os astrónomos descobriram, com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), um par de discos de gás muito desalinhados a formar planetas em torno de ambas as estrelas jovens do sistema binário HK Tauri. Estas novas observações ALMA deram-nos a imagem mais nítida de sempre de discos protoplanetários numa estrela dupla. Este novo resultado ajuda também a explicar por que é que tantos exoplanetas - contrariamente aos planeta

E o maior mistério do universo é…

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São 15 anos a coçar a cabeça, desde que percebemos que algum agente misterioso está empurrando o universo para longe. Nós ainda não sabemos o que é. Ele está em toda parte e não podemos vê-lo. Reponde por mais de dois terços do universo, mas não temos ideia de onde vem ou de que é feito. “A natureza não está pronta para nos dar alguma pista ainda”, diz Sean Carroll, físico teórico do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena (EUA). Um nome já lhe foi dado: energia escura.  Agora, a busca é sobre o que realmente é. Ainda este ano, os astrônomos irão começar um novo levantamento do céu para procurar sinais do material entre as explosões de estrelas e antigos aglomerados de galáxias. Um pacote de missões espaciais e gigantescos telescópios baseados na Terra em breve se juntarão à missão.  Até o momento, nosso conhecimento é bastante escasso. Ele é limitado a, talvez, três coisas. Primeiro, sabemos que a energia escura empurra. Em 1998, observaram-se inesperadas explosões de su

M31 – A Galáxia de Andrômeda

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Andrômeda é a maior galáxia mais próxima da Via Láctea. Acredita-se que a nossa galáxia se pareça muito com Andrômeda. Juntas essas duas galáxias dominam o Grupo Local de Galáxias. A luz difusa de Andrômeda é causada pelas centenas de bilhões de estrelas que a constitui. As poucas estrelas distintas que circundam a imagem de Andrômeda são na verdade, estrelas da nossa própria galáxia, e que estão bem na frente do objeto de segundo plano. Andrômeda é frequentemente chamada de M31, já que é o trigésimo primeiro objeto listado no catálogo de Messier de objetos difusos no céu. A M31 está a uma distância, que a sua luz leva cerca de dois milhões de anos para nos atingir. Embora seja visível a olho nu, como uma pequena mancha no céu, a imagem acima da M31 foi feita com uma câmera padrão acoplada a um telescópio pequeno. Muito sobre a M31 permanece ainda desconhecido e sendo tema de estudos, incluindo como ela adquiriu seu centro que tem feições que lembram dois picos e que é algo inco

Uma fatia de estrelas

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O fino raio brilhante, que cruza a imagem, corta uma figura solitária, com poucas estrelas em primeiro plano e galáxias num distante segundo plano para fazer companhia. Contudo, tudo isso é uma questão de perspectiva, já que localizada logo fora do frame está outra espiral próxima. Juntas, as duas galáxias formam um par, que se move através do espaço, unidas e uma fazendo companhia para a outra. O tema dessa imagem do Hubble é chamada de NGC 3501, com a NGC 3507 sendo sua companheira fora do frame. As duas galáxias parecem bem diferentes – outro exemplo da importância da perspectiva. A NGC 3501 aparece de lado, dando a ela uma forma alongada e bem estreita. Sua parceira, contudo, aparece bem diferente, de frente nos dando a fantástica visão dos braços barrados em forma de redemoinho. Enquanto os mesmos braços não possam ser visíveis nessa imagem da NGC 3501, é também uma galáxia espiral – embora um pouco diferente de sua companheira. Enquanto que a NGC 3507 tem barras

Épsilon de Auriga: o misterioso piscar de uma estrela gigante

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Épsilon de Auriga: a estrela tem 6 bilhões de quilômetros de raio e é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. Crédito: Alson Wong and Citizen Sky/Nasa Desde o século 19, um misterioso fenômeno acontece na constelação de Auriga, sem que os cientistas saibam exatamente por que. Ali, a cada 27 anos, a gigantesca estrela Épsilon perde metade de seu brilho e permanece assim por dois anos, até que lentamente se fortalece novamente. Afinal, o que acontece em Épsilon de Auriga? Situada a cerca de 2 mil anos-luz da Terra e medindo quase 6 bilhões de quilômetros de raio, Épsilon de Auriga é a mais forte candidata ao posto de maior estrela conhecida. É tão grande que se fosse colocada no centro do Sistema Solar chegaria até a órbita de Urano, o penúltimo planeta a partir do Sol. O último "apagão" de Épsilon de Auriga começou em agosto de 2009 e em dezembro do mesmo ano atingiu seu ponto de menor brilho, provavelmente eclipsada por um escuro objeto. A nat