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A boca do monstro

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VLT obtém imagens do glóbulo cometário CG4 Tal como a boca escancarada de uma criatura celeste gigantesca, o glóbulo cometário CG4 brilha ameaçadoramente nesta nova imagem obtida pelo Very Large Telescope do ESO. Embora pareça grande e brilhante na imagem, este objeto é, na realidade, uma nebulosa bastante tênue, o que o torna muito difícil de observar por astrônomos amadores. A natureza exata de CG4 permanece um mistério. Em 1976 foram descobertos vários objetos alongados parecidos com cometas em fotografias obtidas com o Telescópio Schmidt do Reino Unido instalado na Austrália. Devido à sua aparência, estes objetos ficaram conhecidos por glóbulos cometários embora nada tenham a ver com cometas. Estavam todos situados numa enorme região de gás brilhante chamada Nebulosa de Gum . Tinham núcleos densos, escuros e empoeirados e apresentavam caudas longas e tênues, que apontavam de maneira geral em direção contrária aos restos da supernova Vela, situados no centro da Nebulosa Gum.

Astronomos descobrem sistema solar mais antigo com planetas rochosos

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O sistema compacto, chamado Kepler-444, é o lar de cinco planetas pequenos em órbitas muito íntimas. Os planetas foram detetados através da diminuição de brilho que ocorrem quando transitam o disco da estrela, como ilustrado nesta impressão de artista. Crédito: Tiago Campante/Peter Devine Cientistas liderados por asterosismólogos da Universidade de Birmingham descobriram um sistema com 5 planetas, de tamanho semelhante ao da Terra, que remonta ao início da nossa Galáxia. Graças à missão Kepler da NASA, os cientistas anunciaram no passado dia 27 de janeiro e na revista The Astrophysical Journal, a observação de uma estrela parecida com o Sol (Kepler-444) e de 5 planetas com tamanhos entre Mercúrio e Vénus. Kepler-444 formou-se há 11,2 mil milhões de anos, quando o Universo tinha menos de 20% da sua idade atual. Este é o sistema, conhecido, mais antigo com planetas de tamanho terrestre na nossa Via Láctea - duas vezes e meia mais antigo que a Terra. A equipa realizou a pesqui

Sistema gigante de anéis em torno de J1407B muito maior e maciço que o de Saturno

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Impressão de artista do sistema de anéis que rodeia o jovem exoplaneta ou anã castanha J1407b. A imagem mostra os anéis a eclipsarem a jovem estrela J1407.  Crédito: Ron Miller Astrónomos do Observatório de Leiden, na Holanda, e da Universidade de Rochester, EUA, descobriram que o sistema de anéis que vêm eclipsar a estrela jovem J1407, muito parecida com o Sol, tem proporções enormes, muito maior e massivo que o sistema de anéis de Saturno. O sistema de anéis - o primeiro do género encontrado fora do nosso Sistema Solar - foi descoberto em 2012 por uma equipe liderada por Eric Mamajek da Universidade de Rochester. Uma nova análise dos dados, liderada por Matthew Kenworthy de Leiden, mostra que o sistema de anéis é composto por mais de 30 anéis, cada um com dezenas de milhões de quilómetros em diâmetro. Além disso, encontraram lacunas nos anéis, o que indica a possibilidade de formação de satélites (exoluas). Os resultados foram aceites para publicação na revista The Astrophysi

Nasa revela que asteroide que passou perto da Terra tem minilua

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Primeiras imagens do asteroide 2004 BL86 revelaram pequena lua de 70 m. Objeto passou a 1,2 milhões de km da Terra na madrugada desta terça. As primeiras imagens do asteroide 2004 BL86, que passou perto da Terra entre a noite desta segunda-feira e a madrugada desta terça (27), revelaram que o objeto tem uma pequena lua. Cientistas trabalhando na antena da Rede de Espaço Profundo de Goldstone, da Nasa , observaram nas imagens de satélite a presença da minilua de cerca de 70 metros orbitando ao redor do asteroide, que tem cerca de 325 metros de diâmetro. O astro passou a uma distância de 1,2 milhões de km da Terra, ou 3,1 vezes a distância da Terra à Lua. No Brasil, o asteroide ficou mais visível entre 23h de segunda e 4h da madrugada de terça. Mas era preciso ter um pequeno telescópio ou binóculo para ver o asteroide. A Nasa já tinha divulgado que, apesar do tamanho do asteroide e de sua proximidade com a rota da Terra, não havia perigo de colisão. "Embora não represente

Vênus e Mercúrio em conjução

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Os planetas internos Vênus e Mercúrio nunca podem vagar para longe do Sol, no céu da Terra. Essa semana você provavelmente os verá bem perto do horizonte oeste logo depois do pôr-do-Sol, uma conjunção planetária dos brilhantes corpos celestes ao crepúsculo. O par é registrado nessa bela imagem acima capturada no dia 13 de Janeiro de 2015 desde as ruínas do Castelo de Szarvasko na parte noroeste da Hungria. Acima da silhueta proeminente da paisagem que mostra uma colina vulcânica, Vênus aparece mais brilhante e separado de Mercúrio por uma distância um pouco maior do que duas Luas Cheias. Na sexta-feira, dia 16 de Janeiro de 2015, e para quem gosta de acordar de madrugada  poderá ver uma bela conjunção entre Saturno e a Lua perto do horizonte sudeste . Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap150115.html

O aglomerado estelar que foi "descoberto" três vezes

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Aglomerado estelar perdido Esta imagem obtida pelo telescópio do ESO no Chile mostra que o aglomerado estelar Messier 47 é dominado por estrelas azuis e brilhantes, mas contém também algumas estrelas gigantes vermelhas contrastantes. O aglomerado estelar Messier 47 situa-se a aproximadamente 1.600 anos-luz de distância da Terra, na constelação da Popa (a ré do navio mitológico Argo). Ele foi observado pela primeira vez por volta de 1664 pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna e "redescoberto" mais tarde por Charles Messier que, aparentemente, não tinha conhecimento da observação feita anteriormente por Hodierna. Mas Messier anotou as coordenadas de forma errada, o que fez com que o aglomerado fosse dado como desaparecido. Ele precisou assim ser novamente redescoberto, tendo sido atribuída a ele outra designação de catálogo - NGC 2422. Embora seja brilhante e fácil de observar, o Messier 47 é um dos aglomerados abertos com menor população - são visí

Cientistas determinam posição de Saturno com excelente precisão

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Os investigadores determinaram a posição do centro de massa do sistema saturniano com uma precisão de poucos quilómetros. Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute Cientistas emparelharam a sonda Cassini da NASA com o radiotelescópio VLBA (Very Long Baseline Array) para determinar a posição de Saturno e da sua família de luas até uma precisão de 4 km. A medição é cerca de 50 vezes mais precisa do que aquelas fornecidas por telescópios óticos terrestres. Este feito melhora o conhecimento da órbita de Saturno e beneficia a navegação de sondas espaciais e a pesquisa física básica. A equipa de investigadores usou o VLBA - um conjunto gigante de radiotelescópios espalhados desde o Hawaii até às Ilhas Virgens - para localizar a posição da Cassini à medida que orbitou Saturno durante a última década ao receber o sinal do transmissor de rádio da sonda. Combinaram esses dados com informação acerca da órbita da Cassini obtida pela rede DSN (Deep Space Network) da NASA. As observaçõe

Hubble descobre que o Núcleo da Via Láctea gera ventos de até 3 milhões de km/h

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Na época quando os ancestrais humanos tinham recentemente começado a andar de forma ereta, o coração da Via Láctea passava por uma erupção titânica, fazendo com que gases e outros materiais fossem expelidos a uma velocidade de 2 milhões de milhas por hora. Agora, no mínimo 2 milhões de anos depois, os astrônomos estão testemunhando a consequência dessa explosão: nuvens de gás formando torres de cerca de 30000 anos-luz acima e abaixo do plano da nossa galáxia. A enorme estrutura foi descoberta a cinco anos atrás como um brilho de raio-gamma no céu na direção do centro galáctico. As feições em forma de balão, têm, desde então sido observadas tanto em raio-X, como em ondas de rádio. Mas os astrônomos precisaram do Telescópio Espacial Hubble da NASA para medir pela primeira vez a velocidade e a composição dos misteriosos lobos. Eles agora estão a calcular a massa do material que está sendo soprado para fora da nossa galáxia, e que poderia levar a determinar a causa da explosão, que

Um amanhecer cataclísmico

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Será que esse amanhecer trará outra nova? Esse tipo de dilema pode ser ponderado um dia por futuros seres humanos vivendo num planeta orbitando um sistema estelar binário variável cataclismático. Variáveis cataclismáticas envolvem o gás caindo de uma grande estrela num disco de crescimento ao redor de uma estrela massiva mas compacta anã branca. Eventos cataclismáticos explosivos como uma anã nova podem ocorrer quando uma aglomeração de gás no interior do disco de crescimento aquece e passa de uma determinada temperatura. Nesse ponto, a aglomeração cairá mais rapidamente na anã branca e pousará criando um brilhante flash. Essas novas de anãs não destruirão a estrela e podem ocorrer irregularmente na escala de tempo, de poucos dias até dezenas de anos. Embora uma nova seja muito menos energética do que uma supernova, se novas ocorrerem de forma recorrente e não são violentas o suficiente para expelir mais gás do que o gás que cai em sua direção, a massa acumulará na anã bran

A Terra poderá ser atingida por explosão estelar?

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A morte explosiva de Eta Carinae provavelmente não afetará nosso planeta Quando pensamos sobre ameaças “existenciais”, eventos com o potencial de destruir a vida de todos os seres da Terra, a maioria das possibilidades está em nosso próprio planeta – mudanças climáticas, pandemias globais e guerra atômica. Lançando um olhar paranoico para os céus, normalmente pensamos em impactos de asteroides ou talvez algum disparo perigosamente massivo de nosso Sol. Mas se você acreditar em tudo que lê nas fronteiras da Internet, pode achar que a ameaça celestial mais aterrorizante não é apenas extraterrestre, mas também extrassolar. A cerca de 7.500 anos-luz de distância, na constelação de Carina, uma estrela chamada de Eta Carinae, pelo menos cem vezes mais massiva que nosso Sol, está se aproximando do ponto em que explodirá como supernova. De maneira simples, a Eta Carinae é um supermassivo barril de pólvora estelar com o pavio quase no fim. De fato, ela já pode ter chegado ao fim, e a luz