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Uma ostentação de novas estrelas

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Esta imagem, obtida pela OmegaCAM montada no VLT Survey Telescope, no Observatório do Paranal, mostra uma parte da associação estelar Ara OB1. No centro da imagem está o jovem aglomerado aberto NGC 6193 e à sua direita vemos a nebulosa de emissão NGC 6188, iluminada pela radiação ionizante emitida pelas estrelas brilhantes mais próximas.Crédito:ESO Esta paisagem extraordinária na constelação austral do Altar contém um tesouro de objetos celestes. Aglomerados de estrelas, nebulosas de emissão e regiões de formação estelar ativa são apenas alguns dos objetos mais ricos observados nesta região, que se situa a cerca de 4000 anos-luz de distância da Terra. Esta bela imagem mostra-nos a vista mais detalhada até hoje desta parte do céu e foi obtida com o VLT Survey Telescope, instalado no Observatório do Paranal, no Chile. No centro da imagem encontra-se o aglomerado estelar aberto NGC 6193 , que contém cerca de trinta estrelas brilhantes e forma o centro da associação OB1 do Altar

Lua tem camadas, descobre robô lunar chinês

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As letras de "a" a "i" indicam as nove camadas identificadas pelo radar do robô Yutu. [Imagem: Long Xiao et al. - 10.1126/science.1259866] Camadas da Lua Resultados preliminares da sonda espacial chinesa Chang'E-3 e seu jipe Yutu sugerem que a história geológica da Lua é mais complexa do que os cientistas pensavam. Medições de um radar de penetração no solo, feitas pelo Yutu, revelaram ao menos nove camadas no subsolo no local de pouso da sonda, indicando que vários processos geológicos ocorreram lá. Long Xiao e seus colegas, que publicaram seus resultados na revista Science, atribuem essas camadas a antigos fluxos de lava e intemperismo das rochas para formar o regolito - a poeira que agora recobre quase toda a Lua - ao longo dos últimos 3,3 bilhões de anos. Eles também sugerem que o local onda a sonda chinesa pousou tem uma composição distinta dos locais de pouso anteriores na Lua. Percurso em zigue-zague A sonda espacial Chang'E-3 f

OBSERVAÇÕES DO HUBBLE SUGEREM EXISTÊNCIA DE OCEANO SUBTERRÂNEO EM GANIMEDES

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Nesta impressão de artista, a lua Ganimedes orbita o planeta gigante Júpiter. O Telescópio Espacial Hubble observou auroras na lua geradas pelos campos magnéticos de Ganimedes. Um oceano salgado por baixo da crosta gelada é a melhor explicação para a deslocação angular das cinturas aurorais medida pelo Hubble. Crédito: NASA/ESA Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA recolheu a melhor evidência, até agora, de um oceano de água salgada em Ganimedes, a maior lua de Júpiter. Pensa-se que este oceano subterrâneo tem mais água que toda a água à superfície da Terra. A identificação de água líquida é crucial na busca de mundos habitáveis para lá da Terra e na busca de vida como a conhecemos. Esta descoberta é um marco significativo, destacando o que somente o Hubble consegue fazer," afirma John Grunsfeld, administrador associado do Diretorado de Missões Científicas da NASA na sua sede em Washington, EUA. "Durante os seus 25 anos em órbita, o Hubble fez muitas descobertas c

Cassini sugerem que o oceano de Encélado pode ter atividade hidrotermal

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Esta imagem de Encélado é uma impressão de artista que ilustra a possível atividade hidrotermal no fundo oceânico - e por baixo - subterrâneo, com base em resultados publicados recentemente da missão Cassini. Crédito: NASA/JPL A sonda Cassini da NASA forneceu aos cientistas a primeira evidência clara de que a lua de Saturno, Encélado , exibe sinais de atividade hidrotermal atual, que podem ser semelhantes ao que vemos nas profundezas dos oceanos da Terra. As implicações de tal atividade, num mundo que não o nosso, abrem possibilidades científicas sem precedentes. "Estes resultados acrescentam força à possibilidade de que Encélado, que contém um oceano subterrâneo e que exibe notável atividade geológica, poderá conter ambientes adequados para organismos vivos," afirma John Grunsfeld, astronauta e administrador associado do Diretorado de Missões Científicas da NASA em Washington, EUA. "Os locais no nosso Sistema Solar com ambientes extremos e em que a vida pos

Alô, alô, Philae. Você está me ouvindo? Câmbio!

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A agência espacial europeia deve começar nesta quinta-feira as primeiras tentativas de contato com a sonda robótica Philae, perdida na superfície de um cometa desde novembro. Não será uma tarefa fácil, mas as condições orbitais são bastante favoráveis.  Philae está hibernando desde 15 de novembro de 2014, menos de 72 horas após ter pousado dramaticamente na superfície gelada do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Naquela ocasião, o pequeno robô de 100 quilos sofreu um forte impacto no momento da aterrissagem e quicou duas vezes pela superfície irregular do cometa, indo parar a cerca de 1 km do local programado.    Após o pouso, a sonda transmitiu dados e imagens a partir da superfície de 67/P, mas os dados de telemetria mostraram que a nave estava ligeiramente inclinada e escorada entre duas rochas, sendo que uma delas bloqueou os raios de Sol necessários para alimentar os painéis solares. Como resultado, as baterias da Philae se esgotaram três dias após o pouso, interrompendo

A Galáxia ondulada – Via Láctea pode ser maior do que se pensava

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A Via Láctea "ondulada" pode ser 50% maior do que se pensava anteriormente. Crédito: Instituto Politécnico Rensselaer De acordo com novos achados que revelam que o disco galáctico tem várias ondas concêntricas, a Via Láctea é pelo menos 50% maior do que se estimava. A pesquisa, conduzida por uma equipa internacional liderada pela Professora Heidi Jo Newberg do Instituto Politécnico Rensselaer, revisitou dados astronómicos do SDSS (Sloan Digital Sky Survey) que, em 2002, estabeleceram a presença de um anel saliente de estrelas para lá do plano conhecido da Via Láctea.  Em essência, o que descobrimos é que o disco da Via Láctea não é apenas um disco de estrelas num plano achatado - é ondulado," afirma Heidi Newberg, professora de física, de física aplicada e de astronomia na Escola de Ciências de Rensselaer. "A partir da posição do Sol e para fora da Galáxia, vemos pelo menos quatro ondulações no disco da Via Láctea. Apesar de apenas podermos olhar para p

Cientistas vão tentar recriar Big Bang e 'ninguém sabe onde isso vai dar'

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A busca pelos segredos do universo ganhará o que muitos acreditam que seja seu maior capítulo a partir das próximas semanas. Em Genebra, o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) irá religar o maior acelerador de partículas do mundo e, desta vez, com uma potência duas vezes superior àquela que foi utilizada para descobrir o Bóson de Higgs - a partícula elementar que dá massa a todas as outras -, um dos maiores feitos da história da física. Para os especialistas, ao apertar o botão para voltar a dar energia ao acelerador, o que estará sendo feito é abrir uma nova fronteira para a ciência. O acelerador, conhecido como LHC, custou US$ 8 bilhões e levou mais de 20 anos para ser projetado e construído. Hoje, o túnel de 27 km que fica situado cerca de 30 andares por baixo da cidade de Genebra e parte do território da França é considerado como um dos exemplos da cooperação internacional. Ao fazer prótons circular pelo túnel a uma velocidade recorde, os cientistas promoveram choqu

Nave Rosetta envia foto de sua própria sombra sobre o cometa 67P

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A nave Rosetta enviou uma imagem de sua própria sombra sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko , que foi captada por um de seus instrumentos no último dia 14 fevereiro, quando esteve a somente 6 quilômetros de distância. A foto, com resolução de 11 centímetros por pixel, cobre uma superfície de 228 x 228 metros do cometa, e foi tirada pelo instrumento Osiris de duas câmeras, incorporado na Rosetta, cuja sombra ocupa aproximadamente uma área de 100 metros quadrados, informou nesta terça-feira o Instituto Max Planck. A nave esteve mais perto do cometa no dia 14 de fevereiro. O "encontro" ocorreu na região de Imhotep, situada no maior dos dois lóbulos do cometa. Atualmente, a Rosetta está a cerca de 80 quilômetros de distância. A foto mostra os contrastes do terreno do cometa. Algumas partes são de superfícies abruptas e fraturadas. Em outras, o terreno é liso e coberto de pó. Há áreas com cantos arredondados e tamanhos variáveis. Durante o voo, a Rosetta só não pass