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Há um ano que a ROSETTA orbita o cometa 67P/C-G

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Momentos chave do primeiro ano da Rosetta em órbita do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Crédito: ESA/Rosetta/MPS para Equipa OSIRIS PS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA; ESA/Rosetta/NavCam; sonda: ESA/ATG medialab A missão Rosetta da ESA celebrou ontem um ano em redor do Cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko e a sua maior aproximação ao Sol ocorrerá para a semana. Foi uma viagem longa mas emocionante para a Rosetta desde o seu lançamento em 2004. Passou pela Terra, por Marte e por dois asteroides antes de alcançar o seu destino final no dia 6 de agosto de 2014. Nos meses seguintes, a missão tornou-se a primeira a orbitar um cometa e a primeira a pousar suavemente um módulo - o Philae - à superfície. As equipas da missão tiveram que superar muitos desafios, tiveram que aprender a voar num ambiente imprevisível e por vezes inóspito. A sonda enviou um tesouro de dados científicos deste cometa intrigante, abrangendo o seu interior, a sua superfície dramática e a nuvem circundante de

Cientistas não confirmam planeta rochoso em Alpha Centauro

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Em 2012 , uma equipe de astrônomos europeus anunciou a existência de um novo planeta a apenas 4.3 anos-luz da Terra, mas até agora não foram encontradas evidências concretas da sua existência. Afinal, o que está acontecendo em Alpha Centauro? Vista a olho nu, a estrela Alpha da constelação do Centauro é apenas um ponto brilhante no céu, mas observada através de telescópio, mesmo de pequeno porte, é possível observar mais uma estrela próxima. Juntas, formam um sistema estelar binário onde Alpha Centauro A e Alpha Centauro B orbitam uma ao redor da outra a cada 80 anos. No entanto, se observarmos através de telescópios poderosos veremos que esse sistema possui ainda mais uma estrela - Alpha Centauro C - que leva cerca de 1 milhão de anos para orbitar as outras duas. Em 2012, após cinco anos de pesquisa, uma equipe de cientistas ligados a diversas instituições europeias, em especial ao Observatório de Genebra, anunciou a possibilidade de que um planeta poderia estar orbitando a

Mapeando a morte lenta do Universo

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Rastreio GAMA divulga primeiros dados na Assembleia Geral da UAI Esta imagem composta mostra como é que uma galáxia típica aparece a diferentes comprimentos de onda no rastreio GAMA. Este enorme projeto mediu a produção de energia de mais de 200.000 galáxias, representando a estimativa mais completa de produção de energia no Universo próximo. Os resultados confirmam que a energia produzida nesta região do Universo de hoje é apenas cerca de metade da produzida há dois mil milhões de anos atrás e mostram que este desvanecimento ocorre em todos os comprimentos de onda que vão desde o ultravioleta ao infravermelho longínquo. Crédito: ICRAR/GAMA e ESO Uma equipe internacional de astrônomos estudou mais de 200 000 galáxias e mediu a energia gerada numa enorme região do espaço com a maior precisão até hoje. Este estudo representa a estimativa mais completa de produção de energia no Universo próximo. A equipe confirmou que a energia produzida nesta região do Universo de hoje é apenas

O fantasma de uma estrela moribunda

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A nebulosa planetária ESO 378-1Crédito:ESO Embora esta bolha extraordinária, que brilha como o fantasma de uma estrela na vastidão negra do espaço, pareça sobrenatural e misteriosa, trata-se simplesmente de um objeto astronômico familiar: uma nebulosa planetária, isto é os restos de uma estrela moribunda. Esta é a melhor imagem feita até hoje de ESO 378-1, um objeto pouco conhecido, e foi obtida com o Very Large Telescope do ESO no norte do Chile. Conhecida por Nebulosa da Coruja do Sul , esta orbe reluzente é uma nebulosa planetária com um diâmetro de quase quatro anos-luz. Este nome informal tem a ver com a sua "prima visual" que se encontra no hemisfério norte, a Nebulosa da Coruja . A ESO 378-1, também catalogada como PN K 1-22 e PN G283.6+25.3, situa-se na constelação da Hidra. Tal como todas as nebulosas planetárias , a ESO 378-1 trata-se de um fenômeno relativamente curto, com uma duração de apenas algumas dezenas de milhares de anos — isto comparado com a v

Descoberta a maior coisa do universo

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Uma equipe de astrônomos descobriu o que parece ser a maior “coisa” no universo observável: um anel de nove explosões de raios gama, com cinco bilhões de anos-luz de diâmetro. Explosões de raios gama (ERGs) são os eventos mais luminosos do universo, liberando tanta energia em poucos segundos quanto o sol durante sua vida útil de 10 bilhões de anos. Os cientistas creem que as ERGs são o resultado de estrelas massivas colapsando em buracos negros. Explosões enormes As ERGs que formam o anel recém-descoberto foram encontradas utilizando uma variedade de observatórios espaciais e terrestres. Elas parecem estar a distâncias muito similares de nós – cerca de 7 bilhões de anos-luz – em um círculo de 36° em todo no céu, ou mais de 70 vezes o diâmetro da lua cheia. Isto implica que o anel tem mais de 5 bilhões de anos-luz de diâmetro. De acordo com o principal autor do estudo, Lajos Balazs do Observatório Kokoly em Budapeste, na Hungria, há uma probabilidade de 1 em 20.000 das ERGs

Primeira detecção de lítio numa estrela em explosão

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Esta imagem obtida pelo NTT (New Technology Telescope) instalado no Observatório de La Silla do ESO mostra a Nova Centauri 2013 em julho de 2015, facilmente visível como a estrela mais brilhante no centro da fotografia. A imagem foi obtida mais de 18 meses após a explosão inicial. Esta nova foi a primeira onde se encontrou evidências de lítio. Crédito: ESO O elemento químico lítio foi encontrado pela primeira vez em material ejetado por uma nova. Observações da Nova Centauri 2013 obtidas com o auxílio de telescópios no Observatório de La Silla do ESO e perto de Santiago do Chile, ajudaram a explicar por que é que muitas estrelas jovens parecem ter mais quantidade deste elemento químico do que o esperado. Esta nova descoberta acrescenta uma importante peça que faltava ao quebra-cabeças que representa a evolução química da nossa Galáxia e é um enorme passo em frente na compreensão das quantidades dos diferentes elementos químicos nas estrelas da Via Láctea. O elemento quí

Há um planeta rochoso apenas a 21 anos-luz de distância

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Concepção artística do HD 219134b Usando o telescópio espacial Spitzer da NASA, astrônomos confirmaram a descoberta do planeta rochoso mais próximo do nosso sistema solar. Apelidado de HD 219134b, este exoplaneta, que orbita muito perto da sua estrela para sustentar a vida, está a meros 21 anos-luz de distância. Enquanto o planeta em si não pode ser visto diretamente, mesmo por telescópios, a estrela a qual orbita é visível a olho nu em céus escuros na constelação de Cassiopéia, próximo a Estrela do Norte. Localização do HD 219134b Logo ali HD 219134b é o exoplaneta mais próximo da Terra a ser detectado transitando, ou passando em frente, sua estrela. Portanto, é perfeito para uma extensa pesquisa. A maioria dos planetas conhecidos estão a centenas de anos-luz de distância. Este é praticamente um vizinho”, disse o astrônomo e coautor do estudo Lars A. Buchhave, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica em Cambridge, Massachusetts, nos EUA. Para referência, o plan

ALMA observa pela primeira vez formação de galáxias no Universo primordial

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Esta imagem mostra uma combinação de dados do ALMA e do Very Large Telescope. O objeto central é uma galáxia muito distante chamada BDF 3299, que está sendo observada quando o Universo tinha menos de 800 milhões de anos de idade. A nuvem brilhante vermelha logo à esquerda e abaixo da galáxia é a detecção feita pelo ALMA de uma vasta nuvem de material que se encontra a “construir” a galáxia muito jovem.Crédito:ESO/R. Maiolino Com o auxílio do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) foram detectadas as nuvens de gás de formação estelar mais distantes observadas até hoje em galáxias normais no Universo primordial. As novas observações permitem aos astrônomos começar a ver como é que as primeiras galáxias se foram construindo e como é que limparam o nevoeiro cósmico durante a era da reionização. Esta é a primeira vez que tais galáxias são observadas com melhor detalhe do que simples manchas tênues.  Quando as primeiras galáxias se começaram a formar algumas centenas

Astrónomos descobre poderosa aurora pra lá do sistema solar

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Impressão de artista de uma aurora por cima da região polar de uma anã castanha.  Crédito: Chuck Carter e Gregg Hallinan, Caltech Astrónomos descobriram a primeira aurora jamais vista num objeto para lá do nosso Sistema Solar. A aurora - semelhante às auroras boreais da Terra - é 10.000 vezes mais poderosa do que qualquer outra já vista. Encontraram a aurora não num planeta, mas numa estrela de baixa massa no limite entre estrelas e anãs castanhas. Os cientistas dizem que a descoberta revela uma grande diferença entre a atividade magnética de estrelas mais massivas e de anãs castanhas e planetas. Toda a atividade magnética que vemos neste objeto pode ser explicada por auroras poderosas," afirma Gregg Hallinan, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). "Isto indica que a atividade auroral substitui a atividade coronal tipo-Sol em anãs castanhas e objetos mais pequenos," acrescenta. Os astrónomos observaram o objeto, chamado LSR J1835+3259, usando o

Rara lua azul ocorre hoje

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Eventos astronômicos raros são sempre muito legais, mas, antes que você me chegue ao fim desse texto me amaldiçoando mentalmente, quero deixar claro que a lua azul de hoje será espetacular pela sua singularidade, mas não será azul. 31 de julho é um dia especial porque, hoje, teremos a segunda lua cheia do mês. Essa será a primeira ocorrência do tipo nas Américas desde agosto de 2012. Cada mês tem apenas uma lua cheia, mas como o ciclo lunar e o ano civil não estão perfeitamente sincronizados, cerca de três em três anos, acabamos com duas luas cheias no mesmo mês. Mas e o “azul”? Isso por si só é bem legal por ser raro, mas, infelizmente, o satélite da Terra provavelmente não parecerá azul. Digo infelizmente porque isso seria incrível, mas felizmente porque uma lua azul poderia significar uma catástrofe. Normalmente, a lua só assume uma tonalidade azulada por causa de fumaça ou partículas de poeira na atmosfera, como durante uma erupção vulcânica cataclísmica. Um exemplo dis