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Nadando na escuridão

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Espiando profundamente no início do universo, essa pitoresca observação feita pelo Telescópio Espacial Hubble, revela milhares de galáxias coloridas nadando na escuridão do espaço. Algumas estrelas da nossa própria galáxia, a Via Láctea, podem ser vistas no primeiro plano da imagem. Em Outubro de 2013, a Wide Field Camera 3 (WFC3) e a Advanced Camera for Surveys (ACS) do Hubble, começaram a observar essa porção do céu como parte do programa Frontier Fields. Essa espetacular paisagem cósmica foi capturada durante o estudo do aglomerado de galáxias Abel 2744, também conhecido como Caixa de Pandora. Enquanto que as câmeras do Hubble estavam concentradas no Abel 2744, a outra câmera observava essa porção adjacente do céu perto do aglomerado, no que os astrônomos chamam de campo paralelo. Contendo incontáveis galáxias de várias idades, formas e tamanhos, essa observação de campo paralelo, é tão profunda quanto o super conhecido Hubble Ultra Deep Field. Além de mostrar a beleza eston

Estrada para a Via Láctea a partir de La Silla

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Nesta fotografia a nossa casa galáctica, a  Via Láctea , estende-se ao longo do céu por cima da paisagem dos Andes chilenos. Em primeiro plano, as estradas para o Observatório de  La Silla  do ESO encontram-se cravejadas de telescópios astronômicos de vanguarda que apontam na direção da Via Láctea. Vários telescópios multinacionais foram capturados nesta imagem. O  telescópio de 3,6 metros do ESO  aparece no pedestal central e é neste telescópio que está montado o instrumento High Accuracy Radial velocity Planet Searcher ( HARPS ) — o melhor “caçador” de exoplanetas no mundo. Junto à cúpula principal, encontra-se o  Coudé Auxiliary Telescope ( CAT ), que era utilizado para alimentar um potente espectrógrafo Coudé Echelle; neste momento estão ambos desativados.  No sopé do pequeno monte está o  Rapid Action Telescope for Trasient Objects  (TAROT) francês, que segue eventos altamente energéticos chamados  explosões de raios gama . Estes fenômenos são também estudados pelo tele

Neve de metano nos picos de Plutão

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Imagem de Plutão, cuja inserção mostra o sudeste da região Cthulhu Regio.  Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI Uma das características mais identificáveis de Plutão , a Cthulhu se espalha por quase metade do equador do planeta anão, começando do oeste da grande planície de gelo de nitrogênio, conhecida como Sputnik Planum. Medindo aproximadamente 3000 quilômetros de comprimento por 750  quilômetros de largura, a Cthulhu é um pouco maior do que o estado norte-americano do Alasca. A Cthulhu é caracterizada  por ter uma superfície escura, que os cientistas acreditam seja devido à cobertura de tolinas escuras – moléculas complexas que se formam quando o metano é exposto à luz do Sol. A geologia da Cthulhu exibe uma grande variedade de paisagens, desde montanhas, passando por regiões suaves, até regiões repletas de crateras e fraturas. A cor avermelhada realçada nessa imagem revela uma cadeia de montanhas localizada na região sudeste da Cthulhu que tem cerca de 420 quilômetros de compr

Tudo que você precisa saber sobre a passagem do asteroide 2013 TX68 pela Terra

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Um pequeno asteroide da família dos Apollos com um diâmetro estimado em 30 metros que passou pela Terra a uma distância confortável de 2 milhões de quilômetros em 13 de Outubro de 2013, irá novamente passar pelo nosso planeta agora no m6es de Março de 2016. Agora conhecido como 2013 TX68, o objeto foi descoberto pelo Catalina Sky Survey no dia 6 de Outubro de 2013. Inicialmente, as previsões eram que ele passasse pela Terra no seu ponto de máxima aproximação, em 5 de Março de 2016, porém observações adicionais feitas do asteroide, fizeram com que fosse possível refinar seus parâmetros orbitais e a data de maior aproximação com a Terra será 8 de Março de 2016. As observações, na verdade, imagens de arquivo fornecidas pelo Pan-STARRS Asteroid Survey, um programa financiado pela NASA, permitiu que os cientistas do Center for Near-Earth Object Studies, o CNEOS da NASA, no Laboratório de Propulsão a Jato da agência, em Pasadena, na Califórnia, pudesse refinar as previsões anteriores

Equipe do HUBBLE quebra recorde de distância cósmica

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A galáxia remota GN-z11. Crédito: NASA, ESA e P. Oesch (Universidade de Yale) Puxando o Telescópio Espacial Hubble da NASA aos seus limites, uma equipe internacional de astrónomos quebrou o recorde de distância cósmica ao medir a galáxia mais longínqua já vista no Universo. Esta galáxia surpreendentemente brilhante, chamada GN-z11 , é vista como era há 13,4 mil milhões de anos atrás, apenas 400 milhões de anos após o Big Bang. GN-z11 está localizada na direção da constelação de Ursa Maior. "Demos um grande passo para trás no tempo, para lá do que esperávamos ser capazes de ver com o Hubble. Observamos GN-z11 numa altura em que o Universo tinha apenas 3% da sua idade atual," explicou Pascal Oesch, investigador principal que pertence à Universidade de Yale. A equipa inclui cientistas dessa universidade, do STScI (Space Telescope Science Institute) e da Universidade da Califórnia. Os astrónomos estão aproximando-se das primeiras galáxias formadas no Universo. As nova

O reino das gigantes enterradas

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Nesta nova imagem enorme vemos nuvens de gás vermelhas iluminadas por estrelas massivas raras que começaram a brilhar há pouco tempo e por isso ainda se encontram profundamente enterradas em espessas nuvens de poeira. Estas estrelas muito jovens e extremamente quentes são apenas personagens passageiras no palco cósmico, e a sua origem permanece um mistério. A enorme nebulosa onde estas gigantes se formaram, juntamente com o meio rico e fascinante que as envolve, foi capturada em grande detalhe pelo Telescópio de Rastreio do VLT do ESO (VST) no Observatório do Paranal, no Chile.  RCW 106 é uma extensa nuvem de gás e poeira situada a cerca de 12 000 anos-luz de distância na constelação da Régua . O nome da região foi assim definido por se tratar da entrada nº 106 num catálogo de regiões H II da Via Láctea austral . As regiões H II como RCW 106 são constituídas por nuvens de hidrogênio gasoso que está sendo  ionizado pela intensa radiação estelar de estrelas jovens muito que

Galáxias contêm apenas 1/500 da massa do universo: onde está o resto?

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Imagem gerada pela simulação illustris. Ela mostra a distribuição da matéria escura, com uma largura e uma altura de 350 milhões de anos-luz O nosso universo não é feito só de matéria visível (aquela que compõe as galáxias, estrelas, eu e você), mas é na realidade dominado por matéria invisível, como a matéria e a energia escuras. Olhando para a radiação cósmica de micro-ondas, observatórios modernos como o Cosmic Background Explorer (COBE) e o Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP) têm gradualmente refinado nossa compreensão da composição do universo. As medições mais recentes sugerem que ele é composto de 4,9% de matéria “normal” (a visível), 26,8% de matéria escura e 68,3% de energia escura.  Agora, um grupo de astrônomos da Áustria, Alemanha e Estados Unidos estão afirmando que os buracos negros podem conter tanto quanto 20% da massa do cosmos e que as galáxias representam apenas 1/500 do volume do universo. Onde está a massa do universo Complementando estas missõ

Especial Matéria Escura: Neutrinos estéreis e neutralinos

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O Observatório AMS (Espectrômetro Magnético Alfa), em sua busca por galáxias de antimatéria , é um dos instrumentos que mais concentra esperanças na busca pela matéria escura - ele já detectou um excesso de pósitrons que condiz com algumas teorias.[Imagem: MIT] NEUTRALINOS Exemplo mais típico de um WIMP , o neutralino surgiu da Teoria da Supersimetria, geralmente abreviada como SUSY. Apesar de estar balançando frente a várias negações de suas predições pelo LHC, a supersimetria propõe que cada partícula tem um parceiro "super" - com spins diferentes -, o que ajudaria a preencher alguns buracos no Modelo Padrão da Física.  Algumas dessas superpartículas, como as contrapartes do fóton e do bóson Z, teriam propriedades semelhantes às que se calcula para os constituintes da matéria escura. A matéria escura poderia ser uma mistura dessas partículas supersimétricas, e a que parece mais fácil de ser encontrada é conhecida como neutralino - não confundir com o neutrino

Os desfiladeiros do polo norte de Plutão

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Imagem melhorada a cores de Lowell Regio, a região informalmente assim chamada em honra a Percival Lowell, no norte de Plutão. Crédito: NASA/JHUAPL/SwR Esta cena etérea capturada pela sonda New Horizons da NASA conta ainda outra história da diversidade das características geológicas e da composição de Plutão - desta vez, numa imagem melhorada a cores da área polar norte. Longos desfiladeiros correm verticalmente em toda a área polar norte - parte da informalmente chamada Lowell Regio, em honra a Percivall Lowell, que fundou o Observatório Lowell e iniciou a pesquisa que levou à descoberta de Plutão. O mais amplo dos desfiladeiros (amarelo na segunda imagem) - mede aproximadamente 75 km de largura e passa perto do polo norte. Alguns desfiladeiros subsidiários passam paralelamente a este e a oeste (verde) e têm aproximadamente 10 km de largura. As paredes degradadas destes desfiladeiros parecem ser muito mais velhas do que os sistemas de gargantas mais bem definidos noutros

Por que os planetas giram?

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Pode parecer óbvio, mas é a pura verdade: os planetas rodam porque não existe nenhuma força para brecá-los. O fato é que tudo tende a manter seu movimento se não aparecer nada que se oponha. Essa história começou com o Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo há 15 bilhões de anos. Desde então as partículas do cosmos se atraem e se chocam sem parar. Foi justamente dessas trombadas que nasceram os movimentos de rotação. É como se o Universo fosse uma imensa mesa de sinuca imaginária em que não houvesse nenhuma força capaz de parar as bolas. Imagine a bagunça: bastaria uma tacada para começar um bate-bate eterno! Nessa confusão, as bolas fatalmente raspariam umas nas outras, dando origem aos movimentos de rotação. O giro da Terra, por exemplo, pode ser reconstituído desde a época em que a matéria que hoje compõe tudo o que existe no sistema solar era só uma nuvem de gás e poeira perdida no meio da galáxia. Acompanhando o pique da Via Láctea, essa nuvem já girava. Mas, há