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O Universo está crescendo mais rápido do que o esperado

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Os cientistas não sabem ao certo por que, mas novos cálculos mostram que o universo está se expandindo mais rápido do que o esperado, possivelmente por resultado de algo que nós só suspeitamos que existe – a radiação escura. A mais recente pesquisa sobre os movimentos das estrelas descobriu que o universo está se expandindo entre 5% e 9% mais rápido do que no início de sua existência. Uma consequência disto poderia ser um rasgo bem no meio do cosmos. Um universo engraçado ficou mais engraçado”, diz o pesquisador australiano e astrofísico da Universidade Nacional da Austrália, Brad Tucker. RAZÕES - “Pode ser uma nova força semelhante à energia escura, ou uma nova partícula, ou pode ser que a energia escura em si mudou ao longo do tempo”, acrescenta ele. “Nós pensamos que estávamos perto de compreender a energia escura, mas agora sabemos que não estamos perto de saber a resposta. Há um monte de trabalho a fazer. Estrelas, planetas e gás representam apenas 5% do universo. O re

Onde é o limite do universo?

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O que está além do universo conhecido? Onde acaba o universo? Ou melhor, ele acaba?  Definir o “além do universo” implicaria que o universo tem uma borda. E é aí que as coisas ficam muito complicadas, porque os cientistas não estão certos se tal borda existe. A resposta depende de como se vê a questão. Princípio cosmológico  -  Existiria algum lugar ao qual poderíamos ir e “ver” o que está “além do universo”, como se pode espiar além da borda de um penhasco ou para fora de uma janela?  Essa questão envolve o “princípio cosmológico”, de acordo com Robert McNees, professor de física na Universidade Loyola em Chicago, nos EUA. O princípio cosmológico dita que a distribuição da matéria em qualquer parte do universo parece praticamente a mesma que em qualquer outra parte, independentemente da direção que você olha.  Em termos científicos, o universo é isotrópico. Há muita variação local – estrelas, galáxias, aglomerados etc -, mas, em média, em grandes pedaços de espaço, nenh

Seis fatos bem pesados sobre a gravidade

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Fatos sobre a gravidade - A gravidade determina a estrutura do Universo, governando o movimento dos planetas em torno das estrelas, mantendo as galáxias coesas e tudo o mais. Mas não pense que sabemos tudo sobre a gravidade. Por exemplo, não sabemos a forma exata como ela se encaixa com as outras forças fundamentais - apenas reconhecemos que a gravidade é uma das quatro forças fundamentais da natureza, juntamente com o eletromagnetismo, a força fraca e a força forte. Por outro lado, quando queremos explicar os fenômenos, nós desenvolvemos teorias. E a teoria da gravidade moderna - essencialmente a Teoria Geral da Relatividade de Einstein - é uma das teorias mais bem-sucedidas que temos. Assim, para começar a procurar pelo que ainda não sabemos, é bom fazer um resumo do que já sabemos - ou acreditamos saber - sobre a gravidade. 1. A gravidade é de longe a força mais fraca que conhecemos A gravidade apenas atrai - não há nenhuma versão negativa da força para separar as coisas.

Astronomos encontram planeta gigante em torno de estrela muito jovem

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Esta imagem a cores falsas de um telescópio interferométrico sub-milimétrico mostra o disco circunstelar de gás e poeira que rodeia a estrela CI Tau.  Crédito: Stephane Guilloteau/Universidade de Bordéus E m contradição com a ideia de longa data de que os planetas maiores levam mais tempo a formar-se, astrónomos anunciaram a descoberta de um planeta gigante numa órbita íntima em torno de uma estrela tão jovem que ainda mantém um disco circunstelar de gás e poeira. Durante décadas, a sabedoria convencional afirmou que planetas grandes como Júpiter demoram pelo menos 10 milhões de anos para se formar," afirma Christopher Johns-Krull, o autor principal do novo estudo acerca do planeta CI Tau b, que será publicado na revista The Astrophysical Journal. "Isso tem sido posto em causa ao longo dos últimos 10 anos, têm surgido muitas ideias novas, mas a questão-chave é: se queremos entender completamente a formação planetária, precisamos de identificar um número de planetas re

Físico da NASA tem o melhor candidato para a matéria escura

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A matéria escura parece exercer uma força gravitacional, mas não emite qualquer forma de luz ou radiação que os cientistas possam detectar. Logo, é como se o universo estivesse sendo assombrado pelo fantasma mais bem sucedido da história: podemos sentir a sua presença, mas não temos nenhuma maneira de flagrá-lo no ato. Agora, um astrofísico da NASA diz que pode ser capaz de explicar por que nossos modelos atuais do universo requerem a existência de algo como a matéria escura, mas mesmo assim não conseguimos encontrá-la: é porque a matéria escura pode consistir de buracos negros que apareceram dentro de uma fração de segundo após o Big Bang. NÃO É ISSO, ENTÃO O QUE É ? É aquela história: o universo está cheio de matéria escura, mas só o que podemos ver é a matéria normal, a que compõe os planetas, as estrelas e nós. Agora, para explicar esse fenômeno, Alexander Kashlinsky do Goddard Space Flight Center da NASA sugere que a existência dos chamados “buracos negros primordiais

Um nascimento espetacular!

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As estrelas , quando estão se formando, sempre deixam um sinal. Algumas gostam de dar espetáculo, outras são mais discretas e acabam só compondo um belo retrato. No geral, isso não é exagero de quem estuda formação de estrelas, que nem eu, basta dar uma olhada nos locais propícios para estrelas se formarem.  As estrelas se formam em grandes nuvens de gás e poeira frias na galáxia. Com grande quantidade de hidrogênio, monóxido de carbono e outras substâncias químicas, elas são convenientemente chamadas de nuvens moleculares gigantes. Quando há alguma perturbação externa, como uma onda de choque originária de uma explosão de supernova, a nuvem se desestabiliza. Então ocorre sua fragmentação e posterior colapso, quando novas estrelas são criadas. Conforme o colapso progride, a protoestrela acumula matéria, encolhe por causa da força da gravidade e a temperatura do gás aumenta. Isso já a torna uma fonte de radiação infravermelha e telescópios operando nessa faixa podem detectá-la

Alma revela "PEGADAS" de formação planetaria num disco de gás

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Imagem ALMA do disco de poeira em torno de HL Tauri. Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) Uma nova análise de dados obtidos pelo ALMA fornece evidências ainda mais firmes de "planetas bebé" em torno da estrela HL Tauri. Os investigadores descobriram duas lacunas no disco de gás. As localizações destas divisões no gás coincidem com as encontradas na poeira numa imagem de alta-resolução obtida em 2014 pelo ALMA. Esta descoberta suporta a ideia de que os planetas se formam em escalas de tempo muito mais curtas do que se pensava e pede uma reconsideração de cenários alternativos de formação planetária. Em novembro de 2014, o ALMA divulgou uma imagem surpreendente de HL Tauri e do seu disco de poeira. Essa imagem, a melhor já captada para este tipo de objeto, mostra claramente várias lacunas no disco de poeira em torno da estrela. Os astrónomos ainda não chegaram a uma resposta definitiva sobre o que origina as falhas no disco de poeira. Dado que estes discos são os locais

Um belo exemplo de ornamentação estelar

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Nesta imagem obtida com o Very Large Telescope do ESO (VLT ), a radiação emitida por estrelas azuis resplandecentes energiza o gás que restou da sua recente formação. O resultado é esta colorida nebulosa de emissão, chamada LHA 120-N55 , na qual as estrelas se encontram “adornadas” por um manto de gás brilhante. Os astrónomos estudam este tipo de fenómenos para aprender mais sobre as condições existentes nos locais onde novas estrelas se desenvolvem. A LHA 120-N55 , ou N55 como é normalmente conhecida, é uma nuvem de gás brilhante situada na Grande Nuvem de Magalhães , uma galáxia satélite da Via Láctea localizada a cerca de 163 000 anos-luz de distância. A N55 situa-se no interior de uma enorme concha, ou superbolha, chamada LMC 4. As superbolhas , muitas vezes com centenas de anos-luz de dimensão, formam-se quando ventos fortes lançados por estrelas recém formadas e ondas de choque de explosões de supernovas trabalham em uníssono, soprando para longe a maioria do gás e poe

Telescópios da Nasa encontram pistas de como os buracos negros gigantes se formaram tão depressa

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Esta ilustração representa a melhor evidência, até à data, que o colapso direto de uma nuvem de gás produziu buracos negros supermassivos no Universo primordial. Os investigadores combinaram dados do Chandra, do Hubble e do Spitzer para fazer esta descoberta. Crédito: NASA/CXC/STScI Usando dados dos Grandes Observatórios da NASA, os astrónomos descobriram as melhores evidências, até à data, das sementes cósmicas no Universo primordial que cresceram para buracos negros supermassivos. Os investigadores combinaram dados do Observatório de raios-X Chandra, do Telescópio Espacial Hubble e do Telescópio Espacial Spitzer para identificar estas possíveis sementes de buracos negros. Eles discutem as suas descobertas num artigo que será publicado numa próxima edição da revista Monthly Notices da Sociedade Astronómica Real.   "A nossa descoberta, se confirmada, explica como é que estes buracos negros monstruosos nasceram," afirma Fabio Pacucci da SNS (Scuola Normale Superiore) em Pis

Novo retrato de Marte pelo Hubble

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Fotografia de Marte, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, quando o planeta estava a 80,4 milhões de quilómetros da Terra no dia 12 de maio de 2016. Crédito: NASA, ESA, Equipa do Hubble (STScI/AURA), J. Bell (ASU), e M. Wolff (Space Science Institute) Calotes polares brilhantes e geladas, e nuvens por cima de uma paisagem da cor da ferrugem, mas vívida, revelam Marte como um planeta sazonal e dinâmico nesta imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA no dia 12 de maio de 2016, quando Marte estava a 80,4 milhões de quilómetros da Terra. A imagem do Hubble revela detalhes tão pequenos quanto 32 a 48 km de comprimento. A grande região escura na secção direita extrema é Syrtis Major Planitia, uma das primeiras características identificadas à superfície do planeta por observatórios do século XVII. Christiaan Huygens usou esta característica para medir a rotação de Marte (um dia marciano corresponde a aproximadamente 24 horas e 37 minutos). Hoje sabemos que Syrtis Major

Descoberta estrela com "motor interno" diferente do Sol

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O posicionamento polar das manchas indica que o campo magnético da estrela é gerado por dinâmicas internas totalmente diferentes daquelas que operam no Sol. [Imagem: R. M. Roettenbacher - 10.1038/nature17444] MANCHAS ESTELARES Pela primeira vez, manchas solares - ou manchas estelares - foram fotografadas diretamente em uma estrela que não o Sol.  Enquanto manchas solares por imagiologia foram uma das primeiras coisas que Galileu fez quando começou a usar o telescópio recém-inventado, demorou mais de 400 anos para que fazermos um telescópio poderoso o suficiente que pudesse fotografar pontos em estrelas além do Sol," disse John Monnier, astrônomo da Universidade de Michigan, nos EUA.  E os resultados foram surpreendentes: a estrela parece ter um "motor interno" diferente do Sol, o que se manifesta em um campo magnético muito diverso. Como o único modelo de estrela que os astrônomos tinham até hoje era o próprio Sol, os dados não batem com as atuais teorias d

Ocultações estelares pela atmosfera de Plutão; Primeiros dados cientifícos de objeto PÓS-PLUTÃO

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Esta ilustração mostra como o espectrómetro Alice da New Horizons "observou" a passagem de duas estrelas por trás de Plutão e da sua atmosfera. A luz de cada estrela diminuiu enquanto passava por camadas cada vez mais profundas da atmosfera, absorvida por vários gases e neblinas. Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI Cientistas da equipe da New Horizons da NASA dizem que a sonda conseguiu observar as primeiras ocultações de estrelas ultravioletas pela atmosfera de Plutão, uma meta importante da missão. Estes dados, armazenados na memória digital da New Horizons desde o encontro do último verão e só recentemente transmitidos para a Terra, confirmam várias grandes descobertas sobre a atmosfera de Plutão. Aproximadamente quatro horas depois da maior aproximação da New Horizons por Plutão, no dia 14 de julho de 2015 - quando estava aproximadamente 320.000 km para lá do planeta anão - o espectrómetro ultravioleta Alice a bordo da sonda "assistiu" à passagem de duas estre