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Radiação de galáxias vizinhas ajudou a formar os primeiros buracos negros supermassivos

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O buraco negro supermassivo visto aqui à esquerda é capaz de crescer rapidamente à medida que a radiação intensa de uma galáxia vizinha desliga a formação estelar na sua galáxia-mãe. Crédito: John Wise, Georgia Tech O aparecimento de buracos negros supermassivos no alvorecer do Universo tem intrigado os astrónomos desde a sua descoberta há mais de uma década atrás. Pensa-se que um buraco negro supermassivo se forme ao longo de milhares de milhões de anos, mas foram avistados mais de duas dúzias destes gigantes 800 milhões de anos após o Big Bang, que ocorreu há 13,8 mil milhões de anos atrás.  Num novo estudo publicado na revista Nature Astronomy, uma equipa de investigadores da Universidade da Cidade de Dublin, de Georgia Tech, da Universidade de Columbia e da Universidade de Helsínquia acrescenta evidências a uma teoria de como estes buracos negros antigos, aproximadamente mil milhões de vezes mais massivos que o nosso Sol, podem ter-se formado e ganho massa rapidamente.

TRAPPIST-1: faça um tour pelos 7 exoplanetas que podem abrigar vida

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OS ASTRÔNOMOS descobriram o primeiro sistema conhecido que hospeda sete planetas do tamanho da Terra  em torno de uma estrela, três deles em sua zona habitável.  A apenas 39 anos-luz de distância de nós, os pesquisadores já identificaram os tamanhos, órbitas e massas da maioria dos planetas, sugerindo que todos podem ser rochosos. Em alguns, água líquida pode existir na superfície.  A notícia é empolgante justamente porque esse pode ser o sistema com melhores chances de abrigar vida extraterrestre até agora. Faça um passeio conosco pelo notável TRAPPIST-1: PRIMEIRA PARADA: A estrela TRAPPIST-1 é uma estrela fraca um pouco mais grande do que Júpiter. Ela possui cerca de 8% do tamanho do nosso sol e brilha apenas 0,05% quanto ele.  Os planetas em sua volta realizam órbitas apertadas, todas mais próximas do que Mercúrio em torno do sol.  A maior parte da luz de TRAPPIST-1 está em comprimentos de onda infravermelhos, invisíveis ao olho humano, razão pela qual o telescópio

IOTA ORIONIS:Farol pulsante de uma constelação

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  Iota Orionis é um sistema binário facilmente visível a olho nu - a estrela mais brilhante na espada de Orionte, o Caçador. Crédito: Danielle Futselaar Astrónomos do projeto BRITE (BRight Target Explorer) e do Observatório Ritter descobriram um aumento repetitivo de 1% na luz de uma estrela muito massiva que poderá mudar a nossa compreensão de este tipo de estrelas. O sistema binário Iota Orionis é facilmente visível a olho nu, sendo a estrela mais brilhante na espada de Orionte, o Caçador. A sua variabilidade única, relatada na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, foi descoberta usando os satélites astronómicos mais pequenos do mundo, chamados "nanosats".  "Como a primeira missão, funcional, de astronomia nanosatélica, o projeto BRITE está na vanguarda desta revolução espacial," afirma Gregg Wade, investigador principal do projeto canadiano, do Colégio Militar Real do Canadá em Ontário.  A luz de Iota Orionis é relativamente está

TRAPPIST-1 sob os olhos JAMES WEBB

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Com o anúncio da descoberta dos sete exoplanetas no sistema TRAPPIST-1, cientistas já estão otimistas com as possíveis grandes revelações que o telescópio James Webb irá dar sobre eles. Entre as respostas que os cientistas desejam obter está sobre as questões de habitabilidades e demais sinais que indiquem a presença de bioassinaturas.   Os planetas estão a cerca de 40 anos-luz de distância da Terra e James Webb será os olhos dos cientistas nas próximas fases de pesquisas. “Se esses planetas tiverem atmosferas, o Telescópio Espacial James Webb será a chave para desvendar seus segredos”, diz Doug Hudgins, cientista exoplanetário da NASA. “Enquanto isso, missões da NASA como Spitzer, Hubble e Kepler continuarão com suas observações”. “Estes são os melhores planetas do tamanho da Terra para o Telescópio Espacial James Webb caracterizar”, explica Hanna Wakeford, pós-doutora na Goddard Space Flight Center da NASA. “O Telescópio James Webb irá aumentar a informação que temos sobre ess

Uma galáxia de perfil

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A faixa colorida de estrelas, gás e poeira que vemos nesta imagem é a galáxia espiral NGC 1055. Aqui capturada pelo Very Large Telescope do ESO (VLT), acredita-se que esta enorme galáxia é 15% maior em diâmetro que a Via Láctea. NGC 1055 parece não ter os braços rodopiantes característicos duma galáxia espiral, mas isso deve-se meramente ao fato de estarmos observando-a de perfil. Podemos no entanto ver estranhas estruturas distorcidas, muito provavelmente causadas pela interação com uma galáxia vizinha grande. As galáxias espirais que observamos no Universo podem estar orientadas de todas as maneiras relativamente à Terra. Vemos algumas de cima ou “de face” — um bom exemplo disso é a galáxia em forma de redemoinho  NGC 1232 . Este tipo de orientações revela os braços em espiral das galáxias e o núcleo brilhante em grande detalhe, mas torna difícil termos uma noção tridimensional destes objetos. Vemos outras galáxias, como  NGC 3521 , com determinados ângulos. Estes objeto

Poeira estelar antiga lança luz sobre as primeiras estrelas

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O objeto mais distante observado até hoje pelo ALMA Astrônomos usaram o ALMA para detectar uma enorme quantidade de poeira estelar resplandescente numa galáxia observada quando o Universo tinha apenas 4% da sua idade atual. Esta galáxia foi observada pouco depois da sua formação e trata-se da galáxia mais distante onde já se detectou poeira. Estas observações mostraram também a mais distante detecção de oxigênio no Universo. Estes novos resultados fornecem novas pistas relativas ao nascimento e morte explosiva das primeiras estrelas. Uma equipe internacional de astrônomos, liderada por Nicolas Laporte da University College London, utilizou o  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array  (ALMA) para observar A2744_YD4, a galáxia mais jovem e mais distante observada até hoje pelo ALMA. Surpreendentemente, a equipe descobriu que esta jovem galáxia contém poeira interestelar em abundância — poeira formada pela morte de estrelas da geração anterior. Observações de acompanha

O ALMA e o Hubble observam LL Pegasi

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Embora esta imagem pareça ser o padrão de uma concha na praia, a espiral intrigante que aqui vemos é na realidade um fenômeno astronômico da natureza. O  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array  (ALMA) obteve esta imagem de um  sistema estelar binário , onde duas estrelas — LL Pegasi e a sua companheira — estão presas numa valsa estelar, orbitando em torno do centro de gravidade comum. A velha estrela LL Pegasi perde material gasoso de forma contínua, à medida que se transforma numa  nebulosa planetária , sendo a forma em espiral bem marcada que observamos criada pelas duas estrelas que orbitam neste gás. A espiral tem uma dimensão de vários anos-luz e enrola-se com uma regularidade extraordinária. Baseados na taxa de expansão do gás em espiral, os astrônomos estimam que uma nova “camada” aparece a cada 800 anos — aproximadamente o mesmo tempo que as estrelas demoram a completar uma órbita em torno uma da outra. LL Pegasi foi bem observada pela primeira vez há cerca d

Um novo olhar sobre a natureza da matéria escura

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O objeto de microlente na galáxia no plano da frente pode ser uma estrela (como ilustrado), um buraco negro primordial, ou um outro objeto compacto. Crédito: NASA/Jason Cowan (Astronomy Technology Center) Um novo estudo sugere que as ondas gravitacionais detetadas pela experiência LIGO devem ter vindo de buracos negros formados durante o colapso de estrelas, não das primeiras fases do Universo.  A natureza da matéria escura, que aparentemente compõe 80% da massa das partículas no Universo, é ainda um dos grandes mistérios não resolvidos da Ciência.  A ausência de evidências experimentais, que nos permita identificá-la com uma ou outra das novas partículas elementares previstas pelos teóricos, bem como a recente descoberta de ondas gravitacionais provenientes da fusão de dois buracos negros (com massas cerca de 30 vezes a do Sol) pelo LIGO (Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory), reavivaram o interesse pela possibilidade de que a matéria escura pode assumir a f

Armadilha de poeira espontâneas: Astrônomos descobrem elo perdido na formação planetária

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Uma imagem de um disco protoplanetário, obtida usando resultados de um novo modelo, após a formação de armadilhas de poeira espontâneas, visível como um brilhante anel de poeira. O gás tem tons de azul e a poeira de vermelho.  Crédito: Jean-François Gonzalez Pensa-se que os planetas se formam nos discos de gás e poeira encontrados em redor de estrelas jovens. Mas os astrónomos têm lutado para montar uma teoria completa da sua origem e que explica como é que a poeira inicial se desenvolve em sistemas planetários. Uma equipa francesa, britânica e australiana pensa que tem agora a resposta. As suas simulações mostram a formação de "armadilhas de poeira" onde fragmentos do tamanho de seixos se reúnem e aglomeram, para dar origem aos blocos de construção dos planetas. Publicaram os seus resultados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. O nosso Sistema Solar (e outros sistemas planetários) começou com discos de gás e grãos de poeira em redor de u

Encontradas as primeiras galáxias que deram luz ao universo

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Uma nova técnica que remove a luz de conjuntos de galáxias em primeiro plano ofereceu aos astrônomos um olhar direto sobre uma geração de galáxias antigas que remonta aos primeiros anos do universo.  A descoberta é considerada uma peça-chave para entender um período de tempo crítico do universo, quando ele passou de ser escuro para irradiar luz.  Nova técnica Os cientistas teorizam que a energia da primeira geração de galáxias transformou o universo escuro e eletricamente neutro em plasma ionizado e radiante. Mas essas galáxias são fracas e nada fáceis de encontrar.  O que não impediu a astrônoma Rachael Livermore, da Universidade do Texas, nos EUA, e seus colegas de identificar algumas delas, graças a uma nova técnica que combina imagens de campo profundo do Telescópio Espacial Hubble com o que é conhecido como “decomposição wavelet ou onduleta”. Esse tipo de decomposição é como um fone de ouvido que cancela ruído, mas com a luz. Usando a tecnologia, os pesquisadores re