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Vendo as coisas de lado

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Essa imagem feita pela Wide Field Camera 3, ou a WFC3 do Telescópio Espacial Hubble, mostra a NGC 1448, uma galáxia espiral localizada a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação de Horologium. Nossa tendência sempre é pensar nas galáxias espirais como sendo objetos massivos e aproximadamente circulares, então essa imagem ovalada parece não se ajustar com o que pensamos sobre as espirais. O que está acontecendo? Imagine uma galáxia espiral como disco circular girando no espaço. Quando nós as observamos de frente, nossas observações revelam uma quantidade de detalhes impressionantes e da sua estrutura. O próprio Hubble já nos presenteou com belas imagens de galáxias espirais observadas de frente. Contudo, a NGC 1448 não está de frente, mas sim está quase que totalmente de lado com relação a Terra, nos dando essa aparência mais ovalada do que circular. Os braços espirais que curvam ao redor do centro da NGC 1448 quase que não podem ser vistos. Embora as

Protoestrela ganha brilho resplandecente, remodelando o seu berçário estelar

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No interior da Nebulosa Pata de Gato, vista numa imagem infravermelha obtida pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA (esquerda), o ALMA descobriu que uma estrela jovem está a sofrer um surto de crescimento intenso, brilhando quase 100 vezes do que antes e remodelando o seu berçário estelar (direita). Crédito: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), T. Hunter; C. Brogan, B. Saxton (NRAO/AUI/NSF); NASA Spitzer Uma protoestrela gigante, profundamente aninhada no seu berçário estelar poeirento, recentemente "rugiu" para a vida, brilhando quase 100 vezes mais do que antes. Esta explosão, aparentemente desencadeada por uma avalanche de gás formador de estrelas que chocou contra a superfície da estrela, apoia a teoria de que as estrelas jovens podem sofrer surtos de crescimento intenso que remodelam o seu ambiente.  Os astrónomos fizeram esta descoberta comparando novas observações do ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), no Chile, com observações anteriores do SMA (Submillime

Telescópio espacial JAMES WEBB - Fantasmas e Espelhos

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Não se assustem, não são fantasmas flutuando sobre o Telescópio Espacial James Webb. O que nós vemos nessa bela imagem são as luzes apagadas enquanto o gigantesco telescópio espacial com seu suporte de sustentação dos instrumentos e seus espelhos dourados se preparam para testes na sala limpa do Spacecraft Systems Development and Integration Facility do  Goddard Space Flight Center. Com o teste de vibração e teste acústico, flashes brilhantes de luz e luz ultravioleta são apontados para o telescópio com a finalidade de detectar qualquer contaminação, que é mais fácil de ser detectada numa sala escura. A foto de longa exposição é que cria as aparições fantasmagóricas, misturando as luzes e os engenheiros. Considerado como sendo o sucessor científico do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb é otimizado para a exploração do universo primordial no infravermelho. Seu lançamento está planejado para acontecer em Outubro de 2018, direto da Guiana Francesa, a bordo de um foguete Ariane 5

Falsa Aurora

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O céu está cheio de fenômenos ópticos que nos dificultam uma visão clara do cosmos, o que representa muitas vezes um desafio frustrante para os astrônomos. No entanto, estes fenômenos são perfeitos do ponto de vista dos astrofotógrafos! Esta imagem mostra o centro da  Via Láctea  a ser atravessado pelo brilho fantasmagórico da  luz zodiacal , repleto de estruturas criadas pela poeira que dificultam as observações científicas - apesar disso, a vista é tão bonita que nem nos importamos. Nesta imagem, o centro da Via Láctea parece estar repleto de gás preto. De fato, estas regiões escuras ondulantes devem-se simplesmente à ausência de luz visível, porque enormes nuvens de poeira obscurecem a radiação emitida por estrelas mais distantes. No entanto, a poeira, tal como pode dar a ilusão de escuridão, também pode dar-nos a ilusão de luz. É o caso da  luz zodiacal , uma banda difusa de luz que vemos projetada ao longo das constelações do zodíaco.  Este fenômeno é causado quando

SWIFT mapeia "ESPIRAL DA MORTE" de uma estrela em direção a buraco negro

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Impressão de artista da rutura de maré ASASSN-14li. Crédito: NASA/CXC/U. Michigan/J. Miller et al.; ilustração: NASA/CXC/M. Weis Há cerca de 290 milhões de anos atrás, uma estrela muito parecida com o Sol vagueou demasiado perto do buraco negro central da sua galáxia. As marés intensas rasgaram a estrela, o que produziu um surto de radiação visível, ultravioleta e raios-X que chegou à Terra em 2014. Agora, uma equipa de cientistas usou observações do satélite Swift da NASA para mapear como e onde estes vários comprimentos de onda foram produzidos no evento, denominado ASASSN-14li, enquanto os destroços da estrela desintegrada orbitavam o buraco negro. "Descobrimos mudanças de brilho em raios-X que ocorreram cerca de um mês após alterações semelhantes no visível e no ultravioleta," comenta Dheeraj Pasham, astrofísico do MIT (Massachusetts Institute of Technology) em Cambridge, EUA, investigador principal do estudo. "Achamos que isso significa que a emissão óti

Matéria escura era menos influente no Universo primordial

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Observações do VLT de galáxias distantes sugerem que estes objetos eram dominados por matéria normal Representação esquemática de galáxias com discos em rotação no Universo primordial (à direita) e atual (à esquerda). Observações feitas com o Very Large Telescope do ESO sugerem que tais galáxias massivas com discos que formam estrelas no Universo primordial eram menos influenciadas pela matéria escura (mostrada em vermelho), uma vez que esta se encontrava menos concentrada. Como resultado, as regiões mais exteriores das galáxias distantes giram mais lentamente do que as regiões comparáveis em galáxias do Universo local. As suas curvas de rotação, em vez de se apresentarem planas, decrescem com o aumento do raio. Crédito: ESO/L. Calçada Novas observações indicam que galáxias massivas que estavam formando estrelas durante o pico da formação galáctica, há 10 bilhões de anos atrás, eram dominadas por matéria “bariônica”, ou seja, matéria normal. Este fato está em perfeito contraste

Essa é a luz mais antiga do universo

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A imagem acima combina dois conjuntos de dados para mostrar o efeito Sunyaev-Zel’dovich dentro de um aglomerado denso de galáxias.  O efeito Sunyaev-Zel’dovich (ESZ) é uma das mais promissoras técnicas de investigação cosmológica, envolvendo aglomerados de galáxias e a radiação cósmica de fundo (RCF). Ele é uma modificação no espectro planckiano da RCF devido à interação dos fótons com os elétrons energéticos que permeiam um aglomerado.  Assim, o ESZ permite que vejamos o que resta da luz mais antiga do universo, agora uma fraca radiação de micro-ondas. Essa RCF enche o cosmos com fótons que recebem um pequeno impulso de energia quando viajam através de elétrons de alta energia.  FONTE: HYPESCIENCE.COM [ Wired ,  USP ]

Descoberta estrela que completa, por hora, duas voltas em torno de um provável buraco negro

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  Ilustração de artista de uma estrela descoberta na órbita mais íntima, conhecida, em redor de um buraco negro no enxame globular 47 Tucanae.  Crédito: raios-X - NASA/CXC/Universidade de Alberta/A. Bahramian et al.; ilustração: NASA/CXC/M. Weiss A strónomos encontraram evidências de uma estrela que completa duas voltas em torno de um buraco negro aproximadamente a cada hora. Esta poderá ser a dança orbital mais íntima já testemunhada para um provável buraco negro e uma estrela companheira.  Esta descoberta foi feita usando o Observatório de raios-X Chandra, bem como o NuSTAR e o ATCA (Australia Telescope Compact Array) da CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation). O par estelar - conhecido como binário - está localizado no enxame globular 47 Tucanae, um denso aglomerado de estrelas da nossa Galáxia a cerca de 14.800 anos-luz da Terra.  Embora os astrónomos já observem este binário há muitos anos, foi só em 2015 que observações no rádio, com o ATC

Astrônomos tentam desvendar mistério de objeto isolado

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Uma equipe internacional de astrônomos investigou recentemente um misterioso objeto designado CFBDSIR J214947.2-040308.9, a fim de tentar revelar sua natureza.  Infelizmente, ainda não sabemos do que se trata, mas supõe-se que ele seja uma massa planetária jovem e errante, ou uma anã marrom de baixa massa e alta metalicidade.  Os resultados de novas observações podem ajudar os cientistas a distinguir entre essas duas classes. Dúvida O objeto foi detectado pela primeira vez em 2012 por Philippe Delorme, da Universidade de Grenoble Alpes, na França, e seus colegas.  Na época, a equipe pensou que ele poderia ser um membro do grupo movente AB Doradus.  Após sua descoberta, foi classificado como um candidato a massa planetária isolada. No entanto, devido à falta de evidências convincentes para suportar a hipótese de que o CFBDSIR 2149-0403 se formou como planeta e posteriormente foi ejetado, não se pode excluir a possibilidade de que seja uma estrela anã marrom de baixa massa.  C

Radiação de galáxias vizinhas ajudou a formar os primeiros buracos negros supermassivos

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O buraco negro supermassivo visto aqui à esquerda é capaz de crescer rapidamente à medida que a radiação intensa de uma galáxia vizinha desliga a formação estelar na sua galáxia-mãe. Crédito: John Wise, Georgia Tech O aparecimento de buracos negros supermassivos no alvorecer do Universo tem intrigado os astrónomos desde a sua descoberta há mais de uma década atrás. Pensa-se que um buraco negro supermassivo se forme ao longo de milhares de milhões de anos, mas foram avistados mais de duas dúzias destes gigantes 800 milhões de anos após o Big Bang, que ocorreu há 13,8 mil milhões de anos atrás.  Num novo estudo publicado na revista Nature Astronomy, uma equipa de investigadores da Universidade da Cidade de Dublin, de Georgia Tech, da Universidade de Columbia e da Universidade de Helsínquia acrescenta evidências a uma teoria de como estes buracos negros antigos, aproximadamente mil milhões de vezes mais massivos que o nosso Sol, podem ter-se formado e ganho massa rapidamente.