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Raios gama vindos do espaço poderiam acabar com a vida na Terra

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Se você quer que a vida na Terra continue, torça para que dois grandes astros não colidam na nossa galáxia. O choque entre duas estrelas, por exemplo, poderia produzir radiação gama em intensidade suficiente para nos levar à extinção. É o que explica uma teoria de astrônomos americanos.   O estudo foi formulado por cientistas da Universidade Washburn (em Topeka, Kansas, EUA), e será apresentado em um congresso na semana que vem. A ideia, grosso modo, seria a seguinte: em algum ponto do outro lado de nossa galáxia, duas estrelas colidem.  E não precisa ser uma colisão completa e destruidora, basta um pequeno atrito entre elas. Segundo estimativas, ocorre um destes eventos a cada 100 milhões de anos, em média.  Este leve choque, enfim, já seria suficiente para iniciar uma explosão radioativa de imenso alcance no espaço. No caso da explosão ocorrer dentro da Via Láctea, praticamente tudo o que está nela sentiria o impacto. A extinção da vida na Terra, nesse caso, dependeria do tip

Cometa passará perto da Terra em 1º de abril — e não é mentira

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© image/jpeg  _Comet-41P-Tuttle-Giacombini-Kresák Um  cometa   passará perto da Terra em 1º de abril deste ano.  Detectado pela primeira vez em 1858, o cometa chamado 41P/Tuttle-Giacobini-Kresak estará a apenas 21,24 milhões de kms de distância do nosso planeta. Apesar da passagem do astro ser segura, esta será a menor distância da Terra já registrada em sua trajetória. O cometa dá a volta no sol a cada cinco anos e meio, ou seja, seu deslocamento é mais lento do que o do nosso planeta.  Ele faz parte de um grupo chamado cometas de Júpiter, já que foi capturado pela gravidade do gigante gasoso e tem sua rota entre o sol e o planeta. Com 1,4 km de diâmetro, o astro em questão não é muito brilhante, mas ele pode ter luz acima da média neste ano devido a sua aproximação ao sol. Com isso, avistá-lo poderá ser mais fácil. O porém: ele terá visibilidade no hemisfério Norte. Lá, binóculos ou um telescópio podem ser usados para observação às 20h30 EDT (19h30 no horário de Brasília).

Mistério dos brilhantes RAIOS-X de ANDRÓMEDA resolvido pelo NUSTAR

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O NuSTAR (Nuclear Spectroscope Telescope Array) da NASA identificou um candidato a pulsar em Andrómeda - a grande galáxia mais próxima da Via Láctea. Este provável pulsar é mais brilhante a altas energias do que toda a população de buracos negros da Galáxia de Andrómeda. Crédito: NASA/JPL-Caltech/GSFC/JHU A vizinha da Via Láctea, Andrómeda , contém uma fonte predominante de emissão de raios-X altamente energéticos, mas a sua identidade permanecia misteriosa até agora. Relatado num novo estudo, a missão NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) da NASA localizou um objeto responsável por esta radiação de alta energia.  Segundo os investigadores, o objeto Swift J0042.6+4112 é um possível pulsar, o remanescente denso, altamente magnetizado e giratório de uma estrela moribunda.  Esta interpretação é baseada na sua emissão de raios-X altamente energéticos, que o NuSTAR é excecionalmente capaz de medir. O espectro do objeto é muito semelhante aos pulsares conhecidos da Via Lác

Astrónomos identificam anã castanha mais pura e massiva

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Impressão de artista da recém-descoberta anã castanha. Crédito: John Pinfield Uma equipe internacional de astrónomos identificou uma anã castanha (uma estrela demasiado pequena para despoletar fusão nuclear) com a composição mais "pura" e a massa mais alta já conhecida. O objeto, conhecido como SDSS J0104+1535, é um membro do chamado halo - as orlas externas - da nossa Galáxia, composto por estrelas antigas. Os cientistas relatam a descoberta na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. As anãs castanhas são objetos intermédios entre os planetas e as estrelas. A sua massa é demasiado pequena para a plena fusão nuclear de hidrogénio em hélio (com a consequente libertação de energia), mas geralmente são significativamente mais massivas que os planetas. Localizada a 750 anos-luz de distância na direção da constelação de Peixes, SDSS J0104+1535 é composta por gás cerca de 250 vezes mais puro que o Sol, de modo que consiste de mais de 99,99% de hidr

Nibiru, também conhecido como Planeta X, existe?

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Era uma vez um planeta esquivo, que por 200 anos pareceu explicar a órbita vacilante de Urano. Havia também a estrela-irmã do sol, que em teoria estava perto do nosso sistema solar e fazia com que asteroides se desviassem em direção à Terra. Há apenas um problema: pesquisadores dizem agora que nem o “Planeta X” (ou “Nibiru”) nem “Nemesis” jamais existiram. Pelo menos “provavelmente” não. Nibiru jamais existiu “O sistema solar exterior provavelmente não contém um grande planeta gigante de gás (que seria o ‘Planeta X’) nem uma pequena estrela companheira (‘Nemesis’)”, concluiu o astrônomo Kevin Luhman, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, que liderou o estudo, usando o telescópio WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer), da NASA. Os resultados foram publicados na edição mais recente da revista especializada “The Astrophysical Journal”. A maioria das teorias sobre o assunto havia estimado que o Planeta X tivesse até quatro vezes o tamanho de Júpiter, o maior pla

Estrelas nascidas em ventos de buracos negros supermassivos

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O VLT do ESO encontra novo tipo de formação estelar Concepção artística de uma galáxia formando estrelas no interior de poderosos fluxos de matéria que são lançados a partir do buraco negro supermassivo situado no núcleo da galáxia. Com o auxílio do Very Large Telescope do ESO, uma equipe de astrônomos fez as primeiras observações confirmadas de estrelas em formação neste tipo de ambiente extremo. A descoberta tem muitas consequências para a compreensão da evolução e propriedades das galáxias. Crédito: ESO/M. Kornmesser Com o auxílio do Very Large Telescope do ESO foram descobertas estrelas formando-se nos poderosos fluxos de matéria lançados por buracos negros supermassivos, situados nos núcleos de galáxias. Tratam-se das primeiras observações confirmadas de estrelas em formação neste tipo de ambiente extremo. A descoberta tem muitas consequências para a compreensão da evolução e propriedades das galáxias. Estes resultados foram publicados na revista Nature. Um grupo de

Protoestrela brilha intensamente alterando a forma da sua maternidade estelar

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Esta imagem , obtida pelo  Atacama Large Millimeter/submillimeter Array  (ALMA), instalado no Chile, mostra poeira resplandescente no interior do proto aglomerado NGC 6334l. Com o auxílio do ALMA e do  Submillimeter Array  (SMA) instalado no Havaí, astrônomos estudaram esta nuvem de formação estelar situada na Nebulosa da Pata do Gato (NGC 6334) e aperceberam-se de que algo dramático ocorreu, o que levou à alteração da forma desta maternidade estelar num espaço de tempo surpreendentemente curto. Sabe-se que as estrelas se formam no interior dos proto aglomerados, quando bolsões de gás se tornam tão densos que começam a colapsar sob o efeito da sua própria gravidade. À medida que o tempo passa, formam-se discos de poeira e gás em volta destas estrelas bebês, discos estes que deslocam material para as superfícies estelares, ajudando as estrelas a crescer. No entanto, esta nova imagem do ALMA mostra uma  protoestrela  massiva, aninhada profundamente nesta maternidade estelar p

Gelo nas crateras permanentemente à sombra de CERES ligado ao passado Da inclinação axial

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Esta animação mostra como a iluminação do hemisfério norte de Ceres varia com a inclinação axial do planeta anão. As regiões à sombra são realçadas para inclinações de 2 graus, 12 graus e 20 graus. Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA O planeta anão Ceres pode estar a centenas de milhões de quilómetros de Júpiter, e ainda mais longe de Saturno, mas a tremenda influência gravitacional destes gigantes gasosos tem um efeito apreciável na orientação de Ceres. Num novo estudo, investigadores da missão Dawn da NASA calcularam que a inclinação axial de Ceres - o ângulo de inclinação do seu eixo enquanto viaja em redor do Sol - varia muito ao longo de aproximadamente 24.500 anos. Os astrónomos consideram que este é um período de tempo surpreendentemente curto para tais dramáticos desvios. As mudanças na inclinação do eixo, ou "obliquidade", ao longo da história de Ceres, estão relacionadas com a maior questão de onde a água gelada pode ser encontrada à superfície d

O Paradoxo de Marte: Por que ainda não entendemos as águas de Marte

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A simulação à esquerda é como Marte deveria ser no passado para explicar sua geologia atual. Mas nada indica que ele já tenha sido tão parecido com a Terra.[Imagem: NASA] Sinais de água sem água Alguma coisa não está batendo. Marte tem calotas de gelo de água nos polos e há marcas no solo que indicam que a água fluiu em rios e lagos há bilhões de anos - há poucos dias, a agência espacial europeia apresentou um estudo detalhado sobre uma  megainundação em Marte . De fato, temos uma compreensão decente de como a água se comporta na Terra, e não há razão para pensar que as leis da física ou a geologia sejam diferentes em Marte.  Contudo, mais do que não encontrar água hoje no planeta, ninguém consegue explicar sequer como a água poderia ter existido em forma líquida em Marte mesmo no passado. Este mistério é conhecido como o "Paradoxo de Marte" - os dados e as teorias mostram que parece ter havido água lá, mas os dados e as teorias também indicam que nunca houve c

Estas estrelas fugiram de uma guerra gravitacional

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Imagem da Nebulosa Kleinmann-Low, parte do complexo da Nebulosa de Orionte, composta por imagens óticas e infravermelhas do Hubble. A radiação infravermelha permite perscrutar através da poeira da nebulosa e ver as estrelas no seu interior. As estrelas reveladas têm um tom avermelhado. Os astrónomos procuravam planetas flutuantes e anãs castanhas. Como efeito colateral, descobriram uma veloz estrela fugitiva. Crédito: NASA, ESA/Hubble Enquanto os descobridores portugueses do século XV exploravam terras africanas, um grupo de estrelas travava uma luta contenciosa - uma guerra estelar na distante Nebulosa de Orionte.  As estrelas lutavam entre si num conflito gravitacional, que terminou com o sistema a afastar-se e com pelo menos três estrelas expelidas em direções diferentes. As velozes estrelas desertoras passaram despercebidas durante centenas de anos até que, nas últimas décadas, duas delas foram detetadas em observações no rádio e no infravermelho, comprimentos de onda que po