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Não é a mamãe ... dos meteoritos

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A região entre  Marte  e  Júpiter  encontra-se repleta de corpos rochosos chamados  asteroides . Estima-se que este  cinturão de asteroides  contenha milhões de pequenos corpos rochosos, sendo que cerca de 1,1 a 1,9 milhões destes objetos têm dimensões superiores a um quilômetro. Pequenos fragmentos destes corpos caem frequentemente na Terra sob a forma de meteoritos. Curiosamente, 34% de todos os meteoritos encontrados na Terra são de um tipo particular: condritos-H. Pensa-se que estes meteoritos têm origem no mesmo corpo progenitor — e um potencial suspeito é o asteroide 6 Hebe, o qual pode ser visto nesta imagem. Com aproximadamente 186 km de diâmetro e com o nome da deusa grega da juventude, 6 Hebe foi o sexto asteroide a ser descoberto, em meados do século XIX. Estas imagens foram obtidas durante um estudo deste mini-mundo feito com o auxílio do instrumento  SPHERE  montado no  Very Large Telescope do ESO , estudo este que pretendia testar a ideia de que os condritos-H te

O espirógrafo do HUBBLE

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Nessa imagem clássica do Hubble feita em 2000, a nebulosa planetária IC 418 brilha como uma joia multifacetada com padrões enigmáticas. A IC 418 localiza-se a cerca de 2000 anos-luz da Terra na direção da constelação de Lepus. Uma nebulosa planetária representa o estágio final na evolução de uma estrela similar ao Sol. A estrela no centro da IC 418 foi uma gigante vermelha alguns milhares de anos atrás, mas então ejetou suas camadas externas para espaço para formar a nebulosa, que tem agora se expandido até um diâmetro de cerca de 0.1 anos-luz. A remanescente estelar no centro é o núcleo quente da gigante vermelha, da qual a radiação ultravioleta invade o gás ao redor causando sua fluorescência. Nos próximos milhares de anos, a nebulosa gradativamente irá dispersar no espaço, e então a estrela irá esfriar e apagar por bilhões de anos como uma anã branca. O nosso sol deve passar por esse mesmo destino daqui aproximadamente 5 bilhões de anos. A imagem do Hubble da IC 418 é mostra

Sonda CASSINI registra o verão chegando no polo norte de TITÃ

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Nessa bela imagem feita pela sonda Cassini do satélite de Saturno Titã, é possível ver as nuvens de metano cruzando sobre os mares de hidrocarbonetos. A imagem é como um cartão postal de verão: a Cassini, fez essa imagem em 9 de Junho de 2017, pouco mais de duas semanas depois do verão ter chegado no hemisfério norte de Saturno. Os mares escuros visíveis nessa nova imagem localizam-se perto do polo norte de Titã e ficaram escondidos na escuridão durante boa parte da missão da sonda Cassini. Para lembrar, Saturno leva 29.5 anos terrestres para orbitar o Sol, assim, cada estação no sistema do planeta dos anéis dura 7.5 anos. A Cassini estava a cerca de 507 mil quilômetros de Titã, quando fez essa imagem.  Com seus 5150 km de diâmetro, Titã é o segundo maior satélite do nosso Sistema Solar, atrás somente do satélite Joviano Ganimedes. Titã, tem uma atmosfera espessa dominada pelo nitrogênio e um sistema climático baseado em hidrocarbonetos: o etano e o metano líquidos caem como ch

As nuvens multicoloridas de Júpiter

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No dia 19 de Maio de 2017, a sonda Juno da NASA, passou a cerca de 46900 km de distância das nuvens de Júpiter, e através da sua câmera, a JunoCam, registrou essa bela imagens da atmosfera do gigante gasoso. A sonda estava sobre a latitude 65.9 graus sul, com uma bela visão da região polar sul do planeta, quando fez essa imagem. Essa imagem foi processada para realçar as diferenças de cores, mostrando a maravilhosa variedade da atmosfera tempestuosa de Júpiter. O resultado é um mundo surreal de cores vibrantes, claridade e contraste. Quatro das tempestades brancas ovaladas conhecidas como Colar de Pérolas, são visíveis perto da parte superior da imagem. Uma tempestade laranja pode ser vista na zona de divisão dos cinturões, enquanto outras tempestades aparecem com uma cor mais voltada para o creme. As imagens brutas obtidas pela JunoCam estão disponíveis para que qualquer um possa processar no site: www.missionjuno.swri.edu/junocam Mais informações sobre a sonda Juno, podem

Uma galáxia maciça existia apenas 1,7 bilhão de anos após o Big Bang, mas cientistas não sabem como

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Podemos estar errado sobre como as galáxias se formam. Pela primeira vez, astrônomos descobriram uma galáxia maciça e inativa de quando o universo tinha apenas 1,7 bilhões de anos, e ninguém pode explicar como isso aconteceu.  Nossa compreensão atual da formação de galáxias afirma que todas as galáxias que existiam naquela época deveriam ter sido pequenas e de baixa massa, além de estarem ocupadas formando estrelas. Em vez disso, esta gigante morta já era cinco vezes mais maciça do que a nossa Via Láctea é agora, condensada ​​em uma área 12 vezes menor, e já tinha terminado o seu pico de formação de estrelas. Se a descoberta for verificada por outras equipes, isso significa que os cientistas precisarão repensar a forma como as galáxias se formam e revisar nossas suposições sobre o que aconteceu nos primeiros bilhões de anos após o Big Bang. Ela também sugere que há uma abundância de surpresas ainda a ser encontradas no início do nosso universo. “Esta descoberta estabelece u

NASA divulga catálogo do KEPLER com centenas de novos canditatos a planeta

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O telescópio espacial Kepler da NASA identificou 219 novos candidatos a planeta, 10 dos quais são de tamanho quase terrestre e orbitam na zona habitável da sua estrela. Crédito: NASA/JPL-Caltech A equipe do telescópio espacial Kepler da NASA lançou um novo catálogo de candidatos a planeta que introduz 219 entradas, 10 dos quais são de tamanho quase terrestre e orbitam na zona habitável da sua estrela, que é a gama de distâncias, em redor de uma estrela, onde a água líquida pode existir à superfície de um planeta rochoso. Esta é a versão mais compreensiva e detalhada do catálogo de candidatos a exoplaneta, isto é, planetas para lá do nosso Sistema Solar, dos primeiros quatro anos de dados do Kepler. É também o catálogo final da zona de observação original do telescópio, na direção da constelação de Cisne. Com a divulgação deste catálogo, derivado de dados publicamente disponíveis no Arquivo de Exoplanetas da NASA, existem agora 4034 candidatos a planeta identificados pelo Ke

Equipe da NEW HORIZONS examina novos dados do próximo alvo da SONDA

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Paul Maley e Ted Blank, ambos da IOTA (International Occultation Timing Association), observam a ocultação do objeto da Cintura de Kuiper, 2014 MU69, na madrugada de dia 3 de junho de 2017, a partir do deserto de Karoo perto de Vosburg, África do Sul. O campo de visão do alvo - que continha tanto Plutão como MU69 - encontra-se na porção da Via Láctea vista aqui, na direção da constelação de Sagitário. Eles posicionaram o telescópio próximo de um pequena igreja, protegendo-o dos ventos que podiam surgir durante essa fria noite de inverno. A sonda New Horizons da NASA vai passar por MU69 no dia de 1 de janeiro de 2019.  Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI/Henry Throop Foi a campanha de observação de uma ocultação estelar mais tecnicamente desafiadora e complexa já tentada: pelo menos 54 equipes, com dúzias de telescópios espalhados por dois continentes, posicionados para capturar um vislumbre raro e de dois segundos de um pequeno e distante objeto da cintura de Kuiper a passar em frente de

Nosso Sol pode ter nascido com um gêmeo mau: a estrela Nêmesis

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Um novo paradigma sobre como as estrelas são formadas fortaleceu a hipótese de que a maioria delas – se não todas – nascem em pares ou “ninhadas”, com ao menos um irmão. Nossa própria estrela central, rainha do Sistema Solar, provavelmente não é uma exceção: alguns astrônomos suspeitam de que o irmão distante do Sol possa ser o seu gêmeo mau, responsável, segundo eles, pela morte dos dinossauros. Depois de analisar os dados de uma pesquisa via ondas de rádio, realizada em uma nuvem de poeira na constelação de Perseus, dois pesquisadores da UC Berkeley e do Observatório Astrofísico de Harvard-Smithsonian concluíram quem todas as estrelas semelhantes ao Sol nasceram acompanhadas. “Conduzimos séries de modelos estatísticos para verificar se há explicação para as populações parentais de jovens estrelas, singulares e binárias, dentre todas as separações que ocorreram na Nuvem Molecular de Perseu. O único modelo que poderia reproduzir esses dados foi aquele no qual todas as estrelas

Esta missão espacial da Nasa nunca foi realizada antes

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Quase 50 anos depois que a astrofísica britânica Jocelyn Bell descobriu a existência de estrelas de nêutrons de rotação rápida, a NASA lançará a primeira missão mundial dedicada ao estudo desses objetos incomuns. A agência também usará a mesma plataforma para realizar a primeira demonstração mundial de navegação por raios-X no espaço. A NASA planeja lançar o Neutron Star Inside Composition Explorer, ou NICER, a bordo do SpaceX CRS-11, uma missão de reabastecimento de carga para a Estação Espacial Internacional a ser lançada a bordo de um foguete Falcon 9. Cerca de uma semana após a sua instalação como uma carga útil anexada externa, essa pesquisa única começará a observar as estrelas de nêutrons, os objetos mais densos do universo. A missão se concentrará especialmente em pulsares – aquelas estrelas de nêutrons que parecem piscar e desligar porque a sua rotação varre os feixes de radiação, como um farol cósmico. “O momento deste lançamento é apropriado”, explica Keith Gendre

JÚPITER é provavelmente o PLANETA mais antigo do sistema solar

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Júpiter não só é o maior planeta do Sistema Solar, como é também o mais antigo.  Crédito: NASA Ao estudar isótopos de tungsténio e molibdénio em meteoritos ferrosos, a equipa constituída por cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, no estado norte-americano da Califórnia, e do Instituto de Planetologia da Universidade de Monastério, Alemanha, descobriu que os meteoritos são compostos por dois reservatórios nebulosos, geneticamente distintos, que coexistiram, mas permaneceram separados entre 1 e 3-4 milhões de anos após a formação do Sistema Solar.  O mecanismo mais plausível para esta separação eficiente é a formação de Júpiter, abrindo um intervalo no disco de acreção e impedindo a troca de material entre os dois reservatórios," comenta Thomas Kruijer, autor principal do artigo publicado na edição de 12 de junho da revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Anteriormente da Universidade de Monastério, Kruijer está agora no laboratório norte-amer