Sonda Solar da NASA voa por Vênus em seu caminho para ‘tocar’ o Sol

Impressão artística da Sonda Solar Parker da NASA, lançada em 11 agosto de 2018 (verão de 2018 no hemisfério norte), com o Sol ao fundo. Crédito: NASA / Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory

O registro do primeiro sobrevoo de Vênus da sonda espacial da NASA que irá “tocar” o Sol é oficial. A Sonda Parker Solar da NASA realizou com sucesso seu primeiro sobrevoo em Vênus em 3 de outubro de 2018, enquanto a espaçonave se dirige para o Sol. A espaçonave será a primeira a voar através da atmosfera externa da nossa estrela. Mais outros seis sobrevoos em Vênus estão planejados.

A Sonda Parker Solar (PSP, sigla inglesa para “Parker Solar Probe”), da agência espacial dos Estados Unidos, passou a 2.400 quilômetros (1.500 milhas) de Vênus, como planejado, na manhã do dia 3 de outubro, recebendo em sua órbita uma ajuda da gravidade do planeta, informaram as autoridades da NASA.

A espaçonave, portanto, permanece em curso para seu primeiro encontro com as proximidades do Sol, o qual é esperado para ocorrer de 31 de outubro a 11 de novembro. Durante este trecho de 12 dias, a Sonda Solar Parker reunirá uma grande quantidade de dados sobre o Sol, registrando dados científicos sobre estrutura, composição e atividade do astro-rei.

A espaçonave, que foi lançada em 12 de agosto deste ano, tem muitos outros encontros como esse — um total de 24 nos próximos sete anos. E haverá mais seis sobrevoos em Vênus, que servirão para encolher a órbita da Sonda Solar Parker, permitindo que ela se aproxime cada vez mais da estrela ao longo do tempo.

Durante a aproximação final, planejada para o encerramento da missão em 2025, por exemplo, a espaçonave fará um zoom em 6,16 milhões de quilômetros (3,86 milhões de milhas) da superfície do Sol. Por uma perspectiva, o recorde atual de proximidade — que a Parker quebrará no final deste mês, a propósito — é de 43 milhões de quilômetros (27 milhões de milhas), estabelecido pela missão alemã-estadunidense Helios 2 em 1976. Por isso, os cientistas e a imprensa especializada dizem que a missão irá “tocar” o Sol.

Quando tudo estiver dito e feito, os dados coletados pela missão devem melhorar muito a compreensão dos cientistas sobre o Sol e o clima espacial, disseram as autoridades da NASA. Por exemplo, a Sonda Solar Parker pode ajudar a resolver dois enigmas solares de longa data: por que a atmosfera exterior do Sol, ou corona, é muito mais quente do que a superfície; e como, exatamente, as partículas carregadas que compõem o vento solar são aceleradas a suas velocidades impressionantes.
Fonte: Socientífica.com.br

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