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Cinco nebulosas que valem (estas sim!) uma espiadinha

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Os leitores devem perdoar o trocadilho bobo, mas são as nebulosas as verdadeiras estrelas do céu. Formadas por gás e poeira que ficam no espaço interestelar, atuam frequentemente como berçários estelares. Não são tão grandes para serem consideradas galáxias, nem tão pequenas para serem consideradas meros sistemas estelares. E, mesmo ocupando uma posição intermediária no ranking de classificação dos objetos astronômicos, conquistam especialistas e leigos. Abaixo, uma seleção de algumas das mais bonitas nebulosas já fotografadas 1 – Nebulosa de Órion – NGC 1976 Não é apenas a sua beleza que chama a atenção. É a beleza e a proximidade. Esta imensa nuvem interestelar está localizada ao sul do Cinto de Órion, casa das famosas ‘Três Marias’, na constelação do equador celeste, a apenas (considerando distâncias astronômicas) 1.500 anos-luz da Terra. Além disso, possui muitas estrelas energéticas capazes de criar ondas de choque luminosas, abrindo a visão do que seria bloqueado pela p

Erupção de um sol furioso

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Créditos da Imagem e Direitos Autorais: Alan Friedman (Averted Imagination) A região que você vê na foto se chama Região Ativa 1429 (RA 1429), e é uma das piores regiões de manchas solares dos últimos anos. E ela não só parece furiosa; a região de fato tem lançado algumas das mais poderosas chamas e ejeções de massa coronal do atual ciclo solar. As plumas estendidas dessas explosões até choveram partículas na magnetosfera da Terra, que resultaram em auroras coloridas. Na foto acima, RA 1429 foi capturada em grande detalhe na cromosfera do sol há três dias. Os cientistas isolaram a cor da luz emitida principalmente pelo hidrogênio. A imagem resultante é mostrada em uma cor falsa, sendo que as regiões escuras são as mais brilhantes e quentes. Envolvendo o chão da cromosfera do sol, tubos de gás quente gigantes magneticamente canalizados, alguns maiores do que a Terra, podem ser vistos. Eles são conhecidos como espículas. Conforme nos aproximamos do máximo solar, que será nos próxim

Sistema Planetário Compacto

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Crédito de imagem : NASA / JPL -Caltech A imagem acima é na verdade um desenho artístico que tem por objetivo mostrar um sistema planetário tão compacto que ele se parece mais com Júpiter e com suas luas do que com uma estrela com planetas. Os astrônomos usaram dados da missão Kepler da NASA e de telescópios baseados em terra para recentemente confirmar a existência do sistema, chamado de KOI-961, que hospeda os três menores planetas conhecidos até hoje orbitando uma estrela que não seja o Sol. Um exoplaneta é o nome dado a um planeta que reside fora do Sistema Solar. A estrela, que está localizada a aproximadamente 130 anos-luz de distância na constelação de Cygnus é uma estrela do tipo anã vermelha que tem um sexto do tamanho do Sol, ou seja, é apenas 70% maior que Júpiter. A estrela é também mais fria que o Sol, emite mais luz vermelha que amarela. O menor dos três planetas, chamado de KOI-961.03, está na verdade localizado mais distante da estrela e é mostrado no desenho ac

A Flare Solar No Céu de Raios-Gamma

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Créditos: NASA, DOE, International Fermi LAT Collaboration O que brilha no céu no comprimento de onda dos raios-gamma? A resposta é que normalmente os mais exóticos e energéticos ambientes astrofísicos, como galáxias ativas energizadas por buracos negros supermassivos, ou pulsares incrivelmente densos, ou seja, a parte giratória remanescente de uma explosão de estrelas emite energia nessa faixa e brilham com intensidade quando olhamos para o céu nos raios-gamma. Mas no dia 7 de Março de 2012, uma poderosa flare solar, parte de uma série de recentes explosões no Sol dominou o céu de raios-gamma em energias superiores a 1 bilhão de vezes a energia emitida pelos fótons da luz visível.    Os dois painéis acima ilustram a intensidade dessa flare solar em imagens feitas de todo o céu e registradas pelo Telescópio Espacial de Raios-Gamma Fermi. No dia 6 de Março de 2012, como na maioria dos dias, o Sol estava quase que invisível nos detectores de imagem do Fermi. Mas durante a ener

. . . e assim surgiu nosso planeta!

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Nada é eterno! Temos fortes razões para acreditarmos que o próprio Universo (matéria tempo espaço) teve um início e deverá ter um fim. Hoje acreditamos que o início do Universo se deu há aproximadamente 13,7 bilhões de anos e o Sistema Solar se formou há aproximadamente 5 bilhões de anos. O Sol é uma estrela como outra qualquer. Só na nossa galáxia (agrupamento de estrelas com seus respectivos sistemas planetários; gases e poeira do qual fazemos parte) acreditamos que existam entre 200 e 250 bilhões de estrelas. As estrelas, e seus sistemas planetários, têm pelo menos uma característica em comum com os seres vivos: elas 'nascem', 'vivem' e 'morrem'. As estrelas se formam a partir da contração de imensas nuvens de gás e poeira que existem nas galáxias, entre as estrelas (3/4 da massa de uma galáxia está na forma de gás e poeira). Uma nuvem interestelar se mantêm em equilibrio durante bilhões de anos. Por um lado, a atração gravitacional de cada partícula

As viagens no tempo

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A ciência estuda seriamente, há décadas, as viagens no tempo. Agora, o tema vem sendo revisitado, com base em ideias da informação quântica. No artigo de capa da CH de março, pesquisador discute a possibilidade de viajar no tempo sob esse novo enfoque. Cena de ‘The Time Machine’ (1960), filme de ficção científica dirigido por George Pal e baseado no livro homônimo de H. G. Wells. Embora seja estudada há décadas, a ideia de viajar no tempo ainda impõe muitos desafios à ciência. (imagem: reprodução) De certa forma, somos todos viajantes no tempo. E isso se dá a um ritmo constante, de 60 segundos por minuto. Seguimos, assim, rumo ao futuro. Mas, agora, imagine, leitor, uma ‘mágica’ que fizesse o tempo passar mais lentamente para você que para o resto do universo. Sob o efeito desse, digamos, encanto, você veria tudo ao seu redor envelhecer em marcha acelerada, o que, efetivamente, o levaria mais rapidamente para o futuro. Em 1905, o físico de origem alemã Albert Einstein descreve

Os hábitos alimentares das galáxias adolescentes

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Esta imagem profunda de uma minúscula zona do céu na constelação da Baleia mostra a seleção de galáxias, marcadas com cruzes vermelhas, que foram utilizadas no novo rastreio feito sobre os hábitos alimentares das galáxias jovens em crescimento ao longo do tempo cósmico. Cada uma das pequeníssimas manchas, galáxias que estamos a observar tal como eram entre três e cinco mil milhões de anos depois do Big Bang, foram estudadas em detalhe utilizando o VLT do ESO e o instrumento SINFONI. Créditos: ESO/CFHT Novas observações obtidas com o Very Large Telescope do ESO estão contribuindo de forma significativa para a compreensão de como crescem as galáxias adolescentes. No maior levantamento já feito sobre estes objetos, os astrônomos descobriram que as galáxias alteram os seus hábitos alimentares durante os anos da adolescência - o período que vai desde os 3 aos 5 bilhões de anos depois do Big Bang. No início desta fase, correntes de gás eram o lanche preferido, enquanto que mais tarde

A estrutura do universo: a sua organização no espaço e no tempo

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Galáxias, galáxias e mais galáxias: este é o universo em que vivemos Há 400 anos, mais precisamente, em 1638, o astrônomo italiano Galileu Galilei (1564-1642) propôs, pela primeira vez na história da ciência, um método para se medir a velocidade da luz. O método é descrito em seu livro intitulado 'Discorsi e dimonstrazioni matematiche intorno a due nuove scienze, attinenti alla meccanica e i movimenti locali', ou, resumidamente, 'Discurso das duas novas ciências, mecânica e cinemática'. Um assistente se posicionaria no alto de uma montanha, a alguns quilômetros, munido de uma lanterna coberta por um pano. Par de galáxias ligadas gravitacionalmente. Elas estão a 280 milhões de anos-luz de nós. Esta imagem foi obtida em março de 1991, no Observatório do Pico dos Dias (OPD), localizado em Brazópolis, no sul de Minas Gerais. Foi utilizado um detector CCD de 0,2 Megapixel. As cores da imagem são artificiais. O nome de catálogo da galáxia maior é ESO-LV5100560. Ela