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As Estranhas Luas de Marte

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Foi somente em 1877, ao observar uma noite o céu com seus instrumentos, que o astrônomo americano Asaph Hall viu pela primeira vez duas luas circundando Marte; luas que nenhum outro astrônomo declarara ter visto até então. Contudo, Jonathan Swift, autor da fantasia política As Viagens de Gulliver, escreveu sobre elas muito antes de Hall, chegando a dar-lhes, sem muito interesse, as proporções e órbitas. Mas isso foi em uma narrativa imaginária, escrita em 1726, cerca de 150 anos antes que Asaph Hall as tivesse descoberto "oficialmente".  Swift escreveu sobre "as duas pequenas estrelas ou satélites, que giram ao redor de Marte. A estrela que gira na órbita menor dista do centro do planeta primário exatamente três de seus diâmetros, e a que gira na órbita maior, cinco; aquela gira ao redor do planeta no espaço de dez horas, e esta em vinte e uma horas e meia".  Como é que Swift sabia? Teria ele lido a respeito do assunto em algum lugar, em alguma publicação descon

Sonda detecta fluxo de água em Marte

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Estruturas no solo seriam formadas por água corrente, diz estudo.Descoberta é o mais perto que se chegou de detectar água líquida. Talvez seja possível prever como será nosso planeta daqui a alguns bilhões de anos olhando para como Marte está agora. É o que indica um estudo do Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA). A partir da análise de um fragmento vulcânico, os cientistas acreditam que a atmosfera do Planeta Vermelho há 3,5 bilhões de anos era muito mais densa, o que possibilitaria a existência de vastos oceanos por lá naquela época. O planeta Marte, atualmente, tem uma superfície seca. Recentes descobertas de vestígios de água fazem referência apenas ao passado: houve água um belo dia, hoje já não há mais. Existe um consenso entre os cientistas que uma das principais razões para isso é a baixa densidade da atmosfera. Cerca de cem vezes menos densa que a nossa, uma atmosfera como aquela não permite, por condições de pressão, que haja fontes estáveis de água em estado líquid

Reciclagem pode ser resposta para mistério galáctico

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Imagens das seis galáxias com detectadas e tiradas com a Câmera Avançada de Pesquisas do Telescópio Espacial Hubble. Imagem divulgada 14 de março de 2012.CRÉDITO: K. Rubin, MPIA As galáxias não parecem ter tanta matéria para que continuem formando tantas estrelas como as que vemos. Agora, astrônomos pegaram uma no ato de reciclar material que havia jogado fora antes, o que pode explicar esse mistério. Novas observações ofereceram a primeira evidência direta de gás fluindo para dentro de galáxias distantes, que estão criando estrelas. Isso oferece suporte para a teoria da “reciclagem galáctica”. A própria Via Láctea, por exemplo, parece transformar o equivalente à massa solar em matéria, em novas estrelas, a cada ano. Isso acontece mesmo que a nossa não possua material cru suficiente, como gás e poeira, para ter continuado esse processo por mais do que um par de bilhões de anos. E observações de muitas ouras galáxias sugerem que o comportamento da Via Láctea é comum. De acordo co

A Cratera Vibidia em Vesta

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Créditos de imagem : NASA / JPL- Caltech / UCLA / MPS / DLR / IDA Essa imagem feita com a câmera de enquadramento da sonda Dawn está centrada na cratera Vibidia, que tem aproximadamente 10 quilômetros de diâmetro. Existe uma distinta distribuição de material brilhante e escuro ao redor da cratera Vibidia. Existem raios brilhantes que se estendem por aproximadamente 15 quilômetros em um padrão circular ao redor da Vibidia. Esses raios cortam crateras mais velhas e algumas crateras mais jovens que se formaram no topo delas. Os raios escuros estão na sua maior parte dentro da cratera e alguns se estendem por distâncias menores para fora do anel da cratera. Essa imagem mostra a região localizada no Quadrante Tuccia do Vesta e o centro da imagem localiza-se nas coordenadas 26.6 graus de latitude sul e 220.4 graus de longitude leste. A sonda Dawn, obteve essa imagem com sua câmera de enquadramento através do seu filtro limpo no dia 21 de Outubro de 2011. A distância entre a sonda

A Nebulosa da Estrela Binária AB7

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A imagem acima mostra a AB7, uma das maiores nebulosas localizada nas Nuvens de Magalhães, duas galáxias satélites da nossa Via Láctea. AB7 é uma estrela binária que consiste de uma estrela WR, uma estrela massiva altamente desenvolvida e uma estrela massiva de meia idade companheira e do tipo espectral O. Essas estrelas excepcionais geram ventos estelares muito fortes, eles continuamente ejetam partículas energéticas, como o vento estelar do nosso Sol, mas entre 10 e 1000 vezes mais intensamente do que a nossa estrela. Esses poderosos ventos exercem uma enorme pressão no material interestelar ao redor e formam de maneira forçada nuvens em bolhas, que podem ser visíveis claramente na imagem acima em coloração azul. A AB7 é particularmente destacável, a imensa nebulosa associada indica que essa estrela é uma das se não a mais quente estrela do tipo WR conhecida com uma temperatura superficial que excede os 120000 graus. Um pouco fora dessa nebulosa, uma pequena rede de filamentos ve

Um olhar profundo à Centaurus A

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Esta nova imagem do Observatório Europeu do Sul mostra-nos a estranha galáxia Centaurus A. Com um tempo total de exposição de mais de 50 horas, esta é provavelmente a imagem mais profunda alguma vez criada deste espectacular e invulgar objeto.  A imagem foi produzida com o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros, instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile. Centaurus A, também conhecida como NGC 5128, é uma galáxia elíptica peculiar de grande massa com um buraco negro supermassivo no seu centro. A galáxia peculiar Centaurus A (NGC 5128) aparece nesta imagem obtida pelo instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile. Com um tempo total de exposição de mais de 50 horas, esta é provavelmente a imagem mais profunda já criada deste espectacular e incomum objeto. Crédito: ESO Situa-se a cerca de 12 milhões de anos-luz de distância na constelação do Centauro e dist

A Beleza da Galáxia NGC 891

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Créditos:ESA / Hubble & NASA.Agradecimento: Nick Rose Visível na constelação de Andrômeda , a NGC 891 está localizada a aproximadamente 30 milhões de anos-luz de distância da Terra. O Telescópio Espacial Hubble das Agências Espaciais NASA e ESA virou seu vasto campo da Advanced Camera for Surveys em direção a essa galáxia espiral e fez essa imagem detalhada da metade norte da galáxia. O bulbo central da galáxia está fora da imagem na parte inferior esquerda. A galáxia se espalha por aproximadamente 100000 anos-luz e é vista de lado, revelando seu espesso plano de poeira e gás interestelar.  Enquanto inicialmente se pensava que ela parecia com a nossa Via Láctea se fosse vista de lado, pesquisas mais detalhadas revelara a existência de filamentos de poeira e gás escapando do plano da galáxia em um halo por mais de centenas de anos-luz. Eles podem ser claramente vistos aqui contra o brilhante plano de fundo do halo da galáxia, expandindo no espaço a partir do disco da galáxia.

Preparando o VLT Para Imagens Ainda Mais Nítidas

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Esta fotografia mostra um dos telescópios que compõem o Very Large Telescope (VLT), o telescópio 4 (UT4, sigla do inglês), enquanto esteve recentemente nas mãos dos engenheiros do ESO. O telescópio foi rodeado por uma série de andaimes temporários, que faziam parte das preparações para a instalação da nova Infraestrutura de Óptica Adaptativa (AOF, sigla do inglês). Este processo vai converter o UT4 num telescópio completamente adaptativo. A AOF corrigirá os efeitos de imagens difusas e indefinidas devido à atmosfera terrestre e permitirá a obtenção de imagens muito mais nítidas por parte dos instrumentos HAWK-I e MUSE. Estão a ser acrescentados ao UT4 muitos componentes novos que fazem parte da AOF. Entre eles encontra-se o espelho secundário deformável (DSM, sigla do inglês): um espelho muito fino, com 1,1 metros de diâmetro mas apenas 2 milímetros de espessura. O espelho é suficientemente fino para se deformar facilmente sob a ação de mais de mil atuadores, mais de mil vezes por

Superfície de Plutão talvez tenha moléculas orgânicas

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O telescópio Hubble encontrou evidências de moléculas orgânicas complexas – os blocos de carbono que formam a vida como conhecemos – na superfície rígida de Plutão. As observações revelaram que algumas substâncias na superfície de Plutão estão absorvendo mais luz ultravioleta do que o imaginado. De acordo com os pesquisadores, esses componentes podem ser complexos de hidrogênio e carbono ou moléculas com nitrogênio. O planeta anão é conhecido por ter gelo de metano, monóxido de carbono e nitrogênio na superfície. Os químicos que absorvem a luz talvez sejam produzidos quando a luz solar ou partículas subatômicas muito rápidas (chamadas de raios cósmicos) interagem com esses compostos. “É uma descoberta excitante porque os hidrocarbonetos complexos e outras moléculas de Plutão talvez sejam responsáveis pela cor avermelhada do planeta, entre outras coisas”, comenta o líder do estudo, Alan Stern. Plutão circunda o sol em um anel distante de corpos gelados, conhecido como Cinturão de Ku

Planetas solitários são abundantes na Via Láctea

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Estudo publicado nesta quinta-feira mostra que os planetas solitários compõem parte da massa invisível e ajudam a transportar vida em nossa galáxia Cientistas acreditam que para cada estrela da Via Láctea existam alguns milhares de planetas solitários que abrigam vida microbiana (Divulgação)   Um grupo internacional de cientistas acredita que existam muito mais planetas solitários na Via Láctea do que se pensava anteriormente. Em artigo publicado nesta quinta-feira na revista Astrophysics and Space Science, os pesquisadores sustentam essa teoria indicando que esses planetas são parte da matéria invisível da nossa galáxia e que existam centenas de trilhões deles. Estudos anteriores falavam em centenas de bilhões de planetas solitários na Via Láctea. O artigo, liderado pelo professor Chandra Wickramasinghe, da Universidade de Buckingham (Reino Unido), diz que esses planetas são primordiais, ou seja, foram originados pouco tempo após o surgimento do universo. Os autores expli

Anéis de poeira podem não significar planetas

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Concepção de artista da estrela Fomalhaut e do planeta tipo-Júpiter que o Hubble observou. Um anel de detritos parecem rodear a estrela. O planeta, chamado Fomalhaut b, orbita a estrela com 200 milhões de anos aproximadamente a cada 800 anos.Crédito: ESA, NASA, e L. Calcada (ESO para o STScI) Pode haver fumo sem fogo. Os anéis penetrantes de poeira em torno das estrelas não são sempre escavados por planetas mas podem formar-se sozinhos - más notícias para aqueles que usam as estruturas para os guiarem em busca de estrelas que possam conter planetas. A descoberta também tem implicações para a existência de um controverso candidato a planeta. Os discos de poeira e os detritos gasosos que rodeiam as estrelas por vezes produzem anéis alongados bem definidos. Assumiu-se que estes eram cartões-de-visita de planetas ocultos, esculpidos pelos corpos à medida que viajam pelo disco. "Eu chamo-o de argumento de matéria escura," afirma Wladimir Lyra do JPL da NASA em Pasadena,

Burago negro ativo sufoca formação de estrelas

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Crédito de imagem : NASA / JPL -Caltech Novos dados obtidos pelo Observatório Espacial Herschel mostra que as galáxias com os buracos negros supermassivos mais poderosos e ativos em seus núcleos produzem menos estrelas do que aquelas com menores buracos negros. Acredita-se que buracos negros supermassivos residam nos corações de todas as grandes galáxias. Quando o gás cai nesses monstros, os materiais são acelerados e aquecidos ao redor do buraco negro, lançando uma grande corrente de energia. No processo, os buracos negros ativos geralmente geram jatos colossais que explodem em forma de jatos gêmeos de matéria aquecida. O influxo de gás dentro da galáxia também energiza a formação de novas estrelas. Em um estudo de galáxias distantes, o Herschel ajudou a mostrar que a formação de estrelas e a atividade dos buracos negros crescem de forma conjunta, mas somente até um determinado ponto. Os astrônomos acham que se um buraco negro ativo aquece muito, ele começa a emitir radiação qu

Enceladus brilhantemente e Refletiva lua de Saturno

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Crédito da imagem : NASA / JPL -Caltech / Space Science Institute Um brilhante e refletivo Encélado aparece antes dos anéis de Saturno, enquanto que a grande lua do planeta Titã flutua à distância. Jatos de gelo de água e vapor emanam do polo sul de Encélado, o que dá pistas da presença de um mar rico em material orgânico em sua subsuperfície, e depósitos de hidrocarbonetos líquidos na superfície de Titã faz dessas duas as mais fascinantes luas do sistema saturniano. Encélado com seus 504 quilômetros de diâmetro está no centro da imagem. Titã com seus 55150 quilômetros de diâmetro flutua de forma mais apagada no segundo plano na imagem além dos anéis de Saturno. Essa imagem foi feita olhando para a direção oposta de Saturno de Encélado e o lado voltado para Saturno de Titã. O lado norte e iluminado dos anéis é visto um pouco acima de seu plano na imagem acima. Essa imagem foi feita com a luz visível verde com a câmera de ângulo restrito da sonda Cassini no dia 12 de Março de 20